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Moda Conceitual e Jum Nakao

Por:   •  23/10/2018  •  Resenha  •  620 Palavras (3 Páginas)  •  150 Visualizações

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MODA CONCEITUAL E JUM NAKAO

2018

Moda Conceitual e Jum Nakao

        A Moda Conceitual é utilizada pelos estilistas com o objetivo de expressar sua criatividade, propor uma ideia, mostrar o conceito da marca, contar uma história, causar um impacto visual.

        É um trabalho que utiliza bastante a criatividade e busca transmitir uma mensagem utilizando grandes produções/desfiles com megas cenários, iluminação específica, efeitos sonoros, maquiagens e cabelos artísticos.

        É um tipo de moda diferente onde não exitem regras definidas, nem paradigmas. A moda conceitual utiliza todos os tipos de recursos disponíveis(tecidos, cores, adereços, objetos, formas, etc) para criar algo bem inovador e as vezes bem exagerado. Pois é através do encantamento, do espanto e da admiração que consegue transmitir a ideia desejada.

        A ideia central da moda conceitual não é vender o produto e sim vender uma imagem. Seu propósito é fazer o espectador refletir, analisar para entender a sua intenção. Em uma coleção conceitual o importante é que o espectador internalize a proposta do estilista e que, de alguma forma, aquilo tenha significado para a sua vida, para a sociedade.

        Por isso que vários desfiles de moda conceitual não revelam apenas o conceito do estilista, revelam o contexto artístico, as mudanças da sociedade, os problemas sociais e o momento histórico em que se vive. E esses conceitos são traduzidos nas roupas, no comportamento, nos adereços, nas imagens, nas músicas apresentadas, como uma formar de “protesto” contra preconceitos, comportamentos sociais, problemas ambientais e extremismos religiosos.

        E com base nessas informações podemos citar o último desfile da carreira do estilista brasileiro Jum Nakao, A Costura do Invisível - O Desfile de Roupas em Papel, realizado em 17 de junho de 2004 nas passarelas da São Paulo Fashion Week. Recebeu o título de desfile da década pelo SPFW e foi reconhecido como um dos maiores desfiles do Século pelo Museu da Moda da França.

        Inspirado no século XIX, a coleção foi confeccionada em papel vegetal, com detalhes recortados a laser e estampas com desenhos brocados. Foram consumidas meia tonelada de papel e mais de 700 horas de trabalho envolvendo cerca de 150 profissionais. Ao final do desfile, todos as roupas foram destruídas pelas próprias modelos, causando surpresa e impacto na plateia.

        O desfile teve como objetivo ilustrar a efemeridade e a banalização da moda. Com a produção em larga escala, com o pensamento de vender cada vez mais, vamos deixando de lado a essência das coisas. Temos que valorizar mais o trabalho manual, local, usar a moda de forma mais criativa, diminuir o consumismo exagerado, adaptar as tendências ao nosso estilo pessoal e não viver em função dela.

        “A coleção de papel foi inteira rasgada em seu lançamento sem uma roupa sequer posteriormente ter sido produzida, e perdura através dos tempos como referência maior de moda”. (Jum Nakao)

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