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O Afogamento

Por:   •  28/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.642 Palavras (7 Páginas)  •  2.114 Visualizações

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                                                 SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO.............................................................................. 3
  2. CAUSAS E FISIOPATOLOGIA.................................................. 3
  3. PRIMEIROS SOCORROS........................................................... 4

  1. INTRODUÇÃO

O afogamento ocorre, por asfixia em virtude da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas e é responsável por alterações nas trocas gasosas, que levam à hipoxemia (insuficiência das taxas de oxigênio no sangue) e acidose (acumulação de ácido ou perda da reserva alcalina do sangue e dos tecidos) metabólica. Contudo, alguns cuidados são fundamentais para diminuir o risco de

afogamentos. O primeiro é evitar o consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar na água. O outro é não perder as crianças de vista nos ambientes em que há água por perto. Especialmente aquelas que não sabem nadar, devem usar boias e coletes salva-vidas o tempo todo. O acesso a piscinas em residências e clubes deve ser dificultado pela colocação de grades. É o afogamento que possui a quarta maior causa de morte acidental em adultos e a terceira em crianças e adolescentes de todo o mundo. Assim, é de extrema importância o conhecimento de algumas informações quando se vai atender vítimas desse acidente. Apresentaremos neste trabalho a explicação dos principais aspectos que envolvem o afogamento, dentre eles, explicar o passo a passo de como deve ser feito o procedimento de primeiros socorros a vítima que tenha sofrido este acidente, apresentar a fisiopatologia e os fatores de risco, demonstrando dados epidemiológicos e enumerando as complicações relacionadas ao afogamento.

  1. CAUSAS E FISIOPATOLOGIA

Afogamento (drowning) é definido como resultado de asfixia por imersão ou submersão em qualquer meio líquido, provocado pela entrada de água em vias aéreas, dificultando parcialmente ou por completo a ventilação ou a troca de oxigênio com o ar atmosférico. Inicialmente a asfixia causada pelo afogamento pode ser provocada por laringoespasmo que é quando a pessoa está se afogando e prende a respiração e começa a se debater de maneira descoordenada ate que não consegue permanecer sem respirar e acaba aspirando uma grande quantidade de água e encharca os pulmões. Em alguns casos de afogamento o espasmo (contração involuntária ) é tão forte e violento que impede

a entrada não só de água como também de ar e a morte ocorre em poucos minutos. Existem duas

causas de afogamento:

  • Afogamento primário: É o tipo mais comum, não apresentando em seu mecanismo nenhum fator desencadeante do acidente. Pode ser considerado como um trauma provocado por uma situação inesperada que foge do controle da pessoa. Um exemplo é quando a pessoa é arrastada pela correnteza.
  • Afogamento secundário: É denominado hoje em dia como causado por patologia associada que precipita o afogamento, já que possibilita a aspiração de água pela dificuldade da vítima em manter-se na superfície da água. Ocorre em 13% dos casos de afogamento, como, por exemplo: uso de drogas (36,2%) (quase sempre por álcool), crise convulsiva (18,1%), traumas (16,3%), doenças cardiopulmonares (14,1%), mergulho livre ou autônomo (3,7%), e outros (homicídio, suicídio, lipotimias, cãimbras, hidrocussão) (11,6%). O uso do álcool é considerado como o fator mais importante na causa de afogamento secundário. O afogamento secundário ocorre pelo uso de drogas, especialmente de álcool, crises agudas de doenças como infarto, AVC e convulsões. Pode ocorrer também em razão de traumatismo craniano ou de coluna decorrente de mergulho em águas rasas, doença da descompressão nos mergulhos profundos, hipotermia e exaustão. A fisiopatologia do afogamento é complexa. A gravidade da hipoxemia, a resposta fisiológica do organismo ao estresse, o dano aos pulmões causado pela aspiração de líquido, os fatores ambientais junto com a capacidade individual de se adaptar à submersão determinarão a extensão das lesões orgânicas.


Água doce versus água salgada

Existem variações fisiopatológicas entre os afogamentos em água do mar e água doce. Apesar de cada um ter especificamente suas características, as variações são de pequena monta do ponto de vista terapêutico. As observações feitas por Modell et al.25-29 demonstraram que as mais significativas alterações fisiopatológicas decorrem de hipoxemia e acidose metabólica. O órgão alvo de maior comprometimento é o pulmão. A aspiração de água promove insuficiência respiratória e consequentes alterações na troca gasosa alvéolo-capilar e distúrbios no equilíbrio ácido-básico. As alterações fisiopatológicas que ocorrem dependem da composição e da quantidade de líquido aspirado. O mecanismo de alteração na ventilação após aspiração de água doce é diferente daquele em água do mar. Estudos demonstraram que os afogamentos em água do mar não alteram a qualidade, somente comprometendo a quantidade do surfactante pulmonar, diferentemente dos afogamentos em água doce, em que ocorrem alterações qualitativas e quantitativas produzindo maior grau de áreas atelectasiadas. A aspiração de ambos os tipos de água promove alveolite, edema pulmonar não cardiogênico e aumento do shunt intrapulmonar, que levam à hipoxemia. Alguns autores descrevem maior gravidade na lesão pulmonar em água doce; outros estudos não apresentaram maior mortalidade

do que os casos em água do mar, ficando a questão ainda em aberto. A reversibilidade total das lesões com a terapia apropriada é o usual. Em seres humanos parece que aspirações tão pequenas quanto 1 a 3ml/kg resultam em grande alteração na troca gasosa pulmonar e redução de 10% a 40% na complacência pulmonar. Fuller39 demonstrou que em 70% dos óbitos há evidências de aspiração de partículas de natureza diversa, como areia, algas e lama, e em 24% há presença de restos de vômito.

  1. PRIMEIROS SOCORROS

Resgate da água

O resgatador deve estar sempre atento à sua segurança pessoal, diminuindo os riscos para ele e para a vítima. Deve-se chegar o quanto antes à vítima, preferivelmente com um meio conveniente (barco, canoa, prancha, etc). Sempre que possível tentar salvar a vítima sem entrar na água. Se for essencial entrar, usar uma boia ou outro dispositivo de flutuação. Remover as vítimas de afogamento da água da maneira mais rápida e segura possível, e iniciar a reanimação o mais rápido possível. A imobilização rotineira da coluna cervical não é necessária (a incidência de fratura de coluna em afogamentos é de 0,5%), a menos que as circunstâncias que levaram à submersão incluam uma história de mergulho, sinais de trauma ou sinais de intoxicação alcoólica, ou sinais neurológicos focais. Na ausência destas condições, é improvável que haja lesão espinhal. A estabilização cervical manual e a imobilização por equipamento podem impedir uma adequada abertura de via aérea e complicam e podem retardar as respirações de resgate. Sempre que possível, remover a vítima da água em uma posição horizontal para minimizar os riscos de hipotensão pós-imersão colapso cardiovascular.

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