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O Ensino Do Aluno Autista

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Por:   •  5/3/2014  •  4.384 Palavras (18 Páginas)  •  628 Visualizações

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RESUMO

O artigo a ser apresentado tem como tema o ensino do autista, onde é realizado um estudo sobre como ensinar, bem como auxiliar na prática efetiva com os professores.

O objetivo será analisar como é o ensino do aluno autista e, tentar entender o que é autismo e compreender como se detecta, através de pesquisas bibliografias e de campo.

Foi adotada como metodologia uma experiência que leva o professor a rever e questionar suas idéias sobre o desenvolvimento, educação e competência profissional, tornando-se um desafio o impacto no primeiro contato.

Pretende-se ao educar um autista desenvolver ao máximo suas habilidades e competências, favorecer seu bem estar emocional e seu equilíbrio pessoal o mais harmoniosamente possível, tentando aproximá-lo de um mundo de relações humanas significativas.

A Educação Especial é o tratamento fundamental e pode dar-se na escola específica ou na dedicação muito individualizada. Pode-se recorrer á psicoterapia ainda que os resultados sejam escassos, devido a que o déficit cognitivo e da linguagem dificultam a terapêutica. O apoio familiar é de grande utilidade. Os pais devem saber que a alteração autista não é um transtorno relacional afetivo da criança. Deve-se considerar também o tratamento farmacológico, que deverá ser indicado por um médico especialista.

Com este artigo verificarmos que o autismo é uma síndrome e graus de manifestações variados. Até o presente momento pouco se sabe, com exatidão, quais são as suas causas, sendo o conhecimento fundamentado, principalmente em teorias cognitivas. Vimos também que pesquisas nesta área trouxeram novas maneiras de encarar a síndrome, além de novas hipóteses sobre o funcionamento cerebral.

Palavras-Chave: O ensino do aluno Autista.

INTRODUÇÃO

O artigo inicia-se com a definição do Autismo que é um transtorno no desenvolvimento e o comprometimento da chamada tríade, ou seja, das áreas nobres do desenvolvimento humano: a comunicação, a interação social e a imaginação.

Essas áreas quando afetadas simultaneamente criam um quadro que afeta conseqüências em todo o desenvolvimento. O resultado é uma pessoa que com se costuma dizer: “vive num mundo só dela”.

Enquanto a cura faz parte de um futuro ainda remoto, aprendemos com eles a ter humildade e colocar em prática o que a vida, os livros, as técnicas, as crianças e os adolescentes nos ensinaram. Aprendemos também que o aprendizado é renovável, inesgotável e reciclável. Então quando nos defrontamos com crianças ou adolescentes que apresentam um quadro psiquiátrico: autismo – usualmente nos coloca diante de várias questões extremamente difíceis de serem respondidas e inicia-se uma caminhada em direção a constantes reflexões:

• A primeira dela é proporcionar às pessoas autistas uma vida digna com aprendizado, saúde, lazer e integração à sociedade;

• Já a segunda delas é oferecer à família da pessoa autista instrumentos para a convivência no lar e em sociedade;

• E a terceira delas é promover e incentivar pesquisas sobre o autismo, difundindo o conhecimento acumulado.

Embora todas estas reflexões sejam fundamentais, também é indispensável que não nos esqueçamos de que lidamos com seres humanos e que o trabalho com eles são sempre lentos, intensos, desgastantes, porém levam a surpresas e progressos que muitas vezes não imaginamos.

Portanto, o presente artigo é fruto de anos de estudos teóricos e aplicações práticas, no trabalho educacional com crianças, adolescentes autistas e com suas famílias e também de uma análise pedagógica de uma instituição que oferece atendimentos a alunos autistas.

Mas só atingira o objetivo se puder ser uma contribuição para os profissionais que trabalham na área, se puder ser um veículo de esclarecimento e de apoio para familiares e acima de tudo, se contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas autistas.

Nesta perspectiva abordaremos o trabalho pedagógico de uma escola especial, que oferece atendimento á alunos autistas também que o foco do nosso estudo. Sendo que todo trabalho realizado nesta escola está voltado para que o aluno saia de seu mundo percebendo que existe uma realidade onde temos horários, regras a serem cumpridas e onde todos os objetos têm sua utilidade, deixando claro á todos que neste trabalho os resultados, apesar de serem em longo prazo eles existem.

1 CONCEITO DE AUTISMO

“As outras pessoas são muito complicadas. Meu mundo não é complexo nem fechado, é um mundo simples. Embora possa parecer estranho que te digo, meu mundo é tão aberto, tão sem embustes e mentiras, tão ingenuamente exposto aos outros que é difícil penetrarem nele. Não vivo numa fortaleza vazia, mas numa planície tão aberta que pode parecer inacessível. Sou muito menos complicado de que as pessoas consideradas normais”.

Eric Shopler

A palavra vem do grego “auto” que significa “si mesmo" referindo-se a alguém retraído, absorto em si mesmo.

O Autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, por Ileo Kanner, psiquiatra austríaco residente em Baltimore EUA e em sua descrição as crianças apresentavam um alheamento extremo já ao inicio de suas vidas tipicamente antes dos três anos de idade não respondendo aos estímulos e vivendo “fora do mundo”. Concomitantemente mantinham uma relação “inteligente” com os objetos que, entretanto, não alterava seu isolamento. Em 1954, Kanner define o Autismo infantil como uma psicose, referindo que os exames físicos e laboratoriais falharam em fornecer dados consistentes e usa, então, um termo que se tornaria importante, “refrigeração emocional”.

Continuando sua análise do problema em 1956, Kanner continuar a considerar o Autismo infantil como uma síndrome com história, início e curso clínico distinto da esquizofrenia infantil, com grau de isolamento sendo de extrema importância No estabelecimento de um prognóstico e até o final de seus trabalhos enquadrou o Autismo infantil dentro do grupo das psicoses infantis em que se pese toda a dificuldade diagnóstica observada no processo.

Portanto o Autismo é um defeito de aprendizado social diferente de um defeito intelectual genérico ou retardado mental.

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