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EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE ALUNOS AUTISTA EM ESCOLA REGULAR

Por:   •  20/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.541 Palavras (7 Páginas)  •  511 Visualizações

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE ALUNOS AUTISTA EM ESCOLA REGULAR

1 INTRODUÇÃO

A inclusão provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de nível básico. Incluir é muito mais do que submeter, é abranger e acolher. A tendência hoje é de uma sociedade inclusiva, porque, pelos valores que seguimos na atualidade, é a via que melhor satisfaz ao indivíduo em particular e à sociedade em geral. Quando o indivíduo está e se sente incluído, têm mais chances de vencer na vida, por se sentir mais seguro e ter de fato mais oportunidades. Por sua vez, uma sociedade onde seus cidadãos conseguem se realizar como indivíduos, têm mais chances de sucesso e estabilidade. Para construir uma sociedade com mais aceitação, mais amor, mais cuidado e compaixão, devemos nos esforçar por incluir, acolher a todos, sem exceção e temos que começar pela escola, pois é lá que se adquire a base para exercer a cidadania. O objetivo desse trabalho é entender o autismo aprofundando no conhecimento acerca das especificidades da educação e a importância da educação inclusiva para crianças portadoras de autismo, no intuito de esclarecer os benefícios da inserção escolar para o desenvolvimento destas crianças. 

2 DESENVOLVIMENTO

O tema inclusão escolar tem como objetivo inserir todas as crianças com necessidades especiais na escola de ensino regular independente do grau de comprometimento social e cognitivo dessas. No caso de crianças portadoras de autismo a finalidade da inclusão é diminuir o preconceito e evitar o isolamento social, possibilitando a elas, o desenvolvimento de novas habilidades. A interação entre alunos e educadores é a base fundamental para que ocorra troca de experiências no ambiente escolar comum, o autista tem uma dificuldade na comunicação por isso é necessário descobrir algum meio ou técnica que possibilite a comunicação com essas crianças. (Bosa e Camargo, 2008).

Um aluno portador de algum tipo de deficiência ao entrar em uma escola seja ela pública ou privada, passa por problemas de adaptação, não apenas adaptação física, mas principalmente a adaptação interpessoal. O processo de inclusão é um assunto delicado e que deve despertar interesse de todas as partes relacionadas. Seja criança, adolescente, adulto, todos tem o direito de uma sociedade inclusiva, e no caso, de estudo de qualidade independentemente de deficiência. 

2.1 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

Desde o século XVI a Inclusão Escolar tem sido discutida internacionalmente, e tornou-se lei por se tratar de valores, aceitação e igualdade social. Conforme a Declaração de Salamanca (1994), as pessoas que tenham necessidades especiais devem ter acesso a escola normal, onde se deve acomodá-las com uma pedagogia centrada no aluno capaz de atender às suas necessidades. A educação inclusiva pressupõe escolas abertas a todos, onde todos aprendem juntos, quaisquer que sejam as suas dificuldades, porque o ato educativo se centra na diferenciação curricular inclusiva, construída em função dos contextos de pertença dos alunos, à procura de vias escolares diferentes para dar resposta à diversidade cultural, implementando uma práxis que contemple diferentes metodologias que tenham em atenção os ritmos e os estilos de aprendizagem dos alunos.

As leis de inclusão social e escolar não são tão recentes, porém a grande maioria das instituições educacionais não estão preparadas para receber alunos portadores de necessidades especiais, tanto na acessibilidade quanto a falta de profissionais docentes preparados e especializados para melhor auxiliar no ensino-aprendizagem de cada aluno, sendo que os alunos com algum tipo de necessidade precisem de uma atenção maior e mais qualificada. As dificuldades da educação especial brasileira, entretanto, não se limitam à falta de acesso. Os poucos alunos que têm tido acesso não estão necessariamente recebendo uma educação apropriada, seja por falta de profissionais qualificados ou mesmo pela falta generalizada de recursos. Devemos lembrar também o quão complexo são os graus de necessidades especiais por sua grande variante de criticidade e deficiências, por isso Pacheco (2007) diz não existir uma diretriz correta e única para ser seguida por professores e gestores escolares, deve haver mudanças e readaptações no ambiente escolar, desde os planejamentos de aulas até a parte estrutural da escola que integrará o aluno com necessidades especiais.

2.2 INCLUSÃO DE ALUNOS AUTISTAS EM ESCOLA REGULAR

Em dezembro de 2012, foi sancionada a lei que classifica o autista como deficiente. Esta lei não é apenas para garantir proteção aos direitos do portador, como também o gestor escolar que se recusar a matricular indivíduos com suspeita ou diagnostico de autismo receberam punições que pode levar a perca seu cargo.
Sendo assim, as escolas têm conhecimento das leis acerca da inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais em escolas de ensino regular e que são obrigadas a garantir vagas para essas crianças. Para mostrarem-se favoráveis á política da inclusão escolar, as equipes diretivas respeitam e garantem a entrada desses alunos com necessidades especiais, mas apontam alguns entraves pelo fato de não haver a sustentação necessária, como por exemplo, a ausência de definições mais estruturais acerca da educação especial e dos suportes necessários a sua implementação.

Deste modo, o que pode ser percebido é que há uma fragilidade no entendimento do processo inclusivo, ou seja, a educação ainda estar voltada para a normalidade, não defendendo a inclusão como um processo que abrange todas as diferenças, pois a inclusão é compreendida como um processo que não se restringe a relação professor-aluno, sendo ela concedida como um princípio de educação para todos e valorização das diferenças, que envolve não só os professores, mas também toda a comunidade escolar. 
No caso de crianças com autismo é importante ressaltar que há uma dificuldade ainda maior na inclusão escolar, pois cabe a escola conhecer as características e prover as acomodações físicas e curriculares necessárias, os professores devem sempre estar em busca de novas informações acerca do assunto, estando-os conscientes que o autismo possui diferentes estilos e potencialidades e a avaliação da aprendizagem deve ser adaptadas, ou seja, o educador deve estar ciente que para o aluno autista, conhecimentos e habilidades possuem definições diferentes, para obter resultados satisfatórios é importante quebrar a barreira que isola o individuo autista do mundo normal, para que isso aconteça a escola e os educadores tem o papel fundamental nos esforços para ultrapassar os déficits sociais dessas crianças, pois dependendo do grau de comprometimento é possível que esses aprendam os padrões de comportamentos aceitos pela cultura, possam exercer sua cidadania, adquirindo conhecimentos e integrando-se na sociedade. É muito importante que crianças com autismo tenham oportunidade de conviver com outras crianças da sua mesma faixa etária, isso possibilita o estimulo de suas capacidades de interação, o contato com outras crianças impede que a criança autista fique em constante isolamento. Acredita-se que a convivência compartilhada da criança com autismo na escola a partir de sua inclusão no ensino regular, possa oportunizar os contatos sociais e favorecer não só o seu desenvolvimento, mas também o das outras crianças, que na convivência aprendas a lidar com as diferenças.

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