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Monotipia Com Aluno Autista: Uma Experiência Sensorial

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Por:   •  25/1/2015  •  4.310 Palavras (18 Páginas)  •  1.020 Visualizações

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MONOTIPIA COM ALUNO AUTISTA

UMA EXPERIÊNCIA SENSORIAL

CURITIBA

2014

RESUMO

O presente artigo visa apresentar um estudo descrevendo a experiência de um aluno autista, regulamente matriculado em cronograma na escola de educação especial José Duda Junior (APAE), com a monotipia, tentando usar tal técnica para estimular seu sensorial e sensitivo, bem como auxiliá-lo em sua comunicação com o meio. Contando com revisões bibliográficas sobre o que é o autismo, suas manifestações e características, como abordar um aluno com tal problema, a arte enquanto educação especial, e o que é a monotipia e como empregá-la. O trabalho foi executado em 10 aulas, de uma hora cada, dentro da própria instituição, com uma abordagem direta, e individual. Neste sentido, apresenta-se então o resultado de tal estudo, visando criar a oportunidades de desenvolvimento do aluno autista, nas áreas da comunicação e coordenações motoras fina e grossa.

Palavras chave: arte, educação especial, autismo, monotipia.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por objetivo revisar bibliograficamente e fazer um estudo de caso, visando apresentar os resultados obtidos na comunicação do aluno com espectro autista, através do ensino da arte na educação, justificando em evidenciar o fator comunicativo e sua integração com o meio, bem como as possíveis contribuições para o avanço e melhora das condições de aprendizagem do educando e a contribuição da monotipia para seu desenvolvimento, trabalhando também as coordenações motora fina e grossa juntamente com o fator da comunicação.

Nesse sentido descrever ações pedagógicas para trabalhar a monotipia no ensino especial demonstra-se importante quando analisamos as práticas da disciplina na escola formal, conhecendo a potencialidade do aluno, realizando, então, um estudo de caso.

A arte é um conhecimento particular, onde o produto que o artista cria propicia um tipo de comunicação, a arte fala por si mesma (PCN, 1997.), sendo assim a arte como instrumento para a comunicação do autista, trabalhará a valorização de sua produtividade, em sua forma plena e não com o imediatismo da ciência, objetivando, acima de tudo, seu bem estar.

Portanto, a questão norteadora do presente artigo tem por objetivo identificar as formas de comunicação do autista, e estudar alternativas para desenvolver benefícios para essa comunicação, com a utilização da técnica da monotipia. Observando e respeitando a importância da arte no ensino especial, as habilidades cognitivas, psicomotoras e afetivas, e principalmente se a comunicação lhe causa interesse, demonstrando a importância desse ensino para o desenvolvimento do aluno.

2. Como é um aluno autista

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento, que se caracteriza pelas alterações na comunicação, na socialização e no usa da imaginação. Porém, algumas crianças autistas têm a fala intacta e inteligência acima da média, já outras parecem fechadas e distantes, presos aos seus restritos padrões de comportamento. Esses diversos modos de apresentação do autismo são englobado no termo espectro autista e nos dias de hoje, em muitos casos, já se pode diagnosticar a síndrome antes dos dois anos de vida.

Quando assistidos desde a infância, junto com o tratamento adequado a cada caso, o adulto autista é capaz de ter uma carreira profissional de sucesso, mas as dificuldades em relacionamentos sociais, bem como seus problemas de comunicação, podem dificultar um pouco esse processo, continuando assim, há necessidade de encorajamento e apoio da família e especialistas, na sua luta por independência.

Segundo SCHWARTZMAN (2010), trata-se de um mito quando dizem que pessoas com autismo vivem em seu próprio mundo, interagindo apenas com o ambiente criado por eles, pois, muitas vezes, quando uma criança autista fica apenas observando as outras crianças brincarem, não quer dizer que ela esteja desinteressada, na maioria dos casos, trata-se da dificuldade que essa criança tem em iniciar, manter e terminar um diálogo.

A falta de desenvolvimento da linguagem, nos autista, os deixa a margem do contexto vivido, cabendo aos pais, especialistas e educadores, criar oportunidades de interação com outras pessoas e com o ambiente em que estão inseridos.

2.1. Características do autismo

Para se trabalhar com autista, devemos conhecer seu diagnóstico e então desenvolver um treinamento de habilidades para melhorar seu desenvolvimento. Segundo o reconhecido site http://www.autism-society.org/ autistas apresentam pelo menos metade das características a seguir:

1. Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;

2. Riso inapropriado;

3. Pouco ou nenhum contato visual - não olha nos olhos;

4. Aparente insensibilidade à dor - não responde adequadamente a uma situação de dor;

5. Preferência pela solidão; modos arredios - busca o isolamento e não procura outras crianças;

6. Rotação de objetos - brinca de forma inadequada ou bizarra com os mais variados objetos;

7. Inapropriada fixação em objetos;

8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade - muitos têm problemas de sono ou excesso de passividade;

9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino - muitos precisam de material adaptado;

10. Insistência em repetição desnecessária de assuntos, resistência à mudança de rotina;

11. Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo);

12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determinada maneira os alisares);

13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);

14. Recusa colo ou afagos - bebês preferem ficar no chão que no colo;

15. Age

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