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O Fenômeno psicológico o Burnout surgiu nos Estados Unidos em meados dos anos 70

Por:   •  2/4/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.354 Palavras (6 Páginas)  •  244 Visualizações

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Índice

Introdução

Caracterização da empresa

Enquadramento teórico

Enquanto fenómeno psicológico o Burnout surgiu nos Estados Unidos em meados dos anos 70.

O Burnout é esta cada vez mais presente na nossa sociedade, mas este conceito tem evoluído, inicialmente era dito como o stress associado ao trabalho, o psiquiatra FreudBerger ( 1974) após uma investigação definiu o Burnout como “ estado de fadiga ou frustração surgido pela devoção a uma causa, por forma de vida ou por relação que fracassou no que diz respeita á recompensa esperada” ( 1974, p.162), no entanto anos mais tarde, de acordo com Cameira, Silva e Queirós ( 2018) , em meados dos anos 80  os psiquiatras Pines e Aeroson definiam Burnout como um estado caracterizado por sentimentos de desespero, impotência, cansaço físico e desenvolvimento de uma imagem negativa de si a em relação ao trabalho. De acordo com Fonseca e Queirós (2016)  Burnout é uma expressão de origem inglesa que significa queimar-se, refere-se aquilo que deixou de funcionar corretamente, como afirma Perez ( 1997) é uma forma de expressar um sentimento de perda de esperança no trabalho, ou seja, qualquer esforço para realizar algo é útil.

Já nos dias que decorrem Maslach ( 2008) afirma que o Burnout se caracteriza por três dimensões independentes, mas que se relacionam entre si. A dimensão exaustão emocional, caracterizada por estados de esgotamento emocional e desvitalização física e psicológica.

A dimensão da despersonalização, onde prevalecem atitudes e comportamentos de distanciamento, cinismo, desprezo e evitamento do trabalha e com os indivíduos afetos ao contexto laboral.

Por fim, a dimensão da realização no trabalho, onde se destacam sentimentos de ineficiência profissional e desmotivação, e todas as tarefas que outrora eram realizadas passaram a ser altamente exigentes.

Desde a década de 90, que os estudos sobre o Burnout tem se intensificado, em diversas áreas, no entanto são os profissionais relacionados com a saúde e o ensino, que se destacam, por terem uma profissão mais virada para o paradigma assistencialista.

Atraves do estudos relacionados com o Burnout, foram criados 3 modelos de processo, o Modelo de Processo de Burnout Cherniss em 1980, o Modelo de Golembiewski, entre1981 e 1986 e o Modelo Geral Explicativo do Burnout, desenvolvido por Maslach, Jackson e Pinteus em 2001.

No entanto, após tantas definições, o grupo acha que a definição que mais se assemelha aos dias de hoje, é a definição de Maslach e Jackson, que de acordo com Frasquilho ( 2005), o Burnout pode ser definido como um processo que leva a que um individuo tenha  um comportamento e resposta inadequado a uma situação de stress laboral, os pricipais traços são o esgotamento tanto físico como psicológico, atitudes desprovidas de sentimentos e despersonalizadas, e um sentimento constante de fracasso.

Como afirma Serra ( 2011) este sentimento de fracasso, fadiga ou frustração ocorre devido a ausência de uma recompensa esperada por algo em que se acreditou. O mesmo autor refere ainda que as causas da exaustão física, emocional e mental são causadas pelo envolvimento durante períodos extensos em situações emocionalmente desgastantes.

A despersonalização e a redução de realização ocorre principalmente em indivíduos que tem perspetivas muito elevadas quando começam a sua carreira.

Apesar das inúmeros definições existentes acerca do Burnout, existe uma concordância em todos os autores, no que diz respeito a influencia direita do mundo laboral, como uma condição determinante para este síndrome.

Em suma, o Burnout incia-se com o desenvolvimento de sentimentos de baixa realização pessoal, associados a sentimentos de esgotamento emocional, posteriormente em resposta a estes sentimentos surge a despersonalização  e já na sua fase final, aparece  reação aos stress ocupacional de longa duração que despoleta atitudes e comportamentos negativos, em relação aos colegas, chefes, clientes e até a própria organização.

Sintomas Burnout

De acordo com Neto ( 2018) os principais sintomas e comportamentos que indicam que um individuo padece do síndrome de Burnout são, estados  crónicos de fadiga e esgotamento, frequentes dores de cabeça e musculares, alterações no sono e no peso, distúrbios do foro gastrointestinal, agravamento de doenças cronicas já existentes e no caso das mulheres agravamento do Síndrome Pré Menstrual.

No que diz respeito ao campo emocional, o individuo sente-se desiludido, fracassado, sem esperança, depressivo e não encontra qualquer tipo de significado ou motivação no seu trabalho, consequentemente leva uma a uma mudança de atitude, com os seus pares, chefes, e a demais equipa laboral e por vezes até com o próprio trabalho. Muitas vezes estes factores levam a que o consumo de cafeina, tabaco, bebidas alcoólicas, drogas ilícitas e substancias com efeitos calmantes/tranquilizantes aumentem.

Como afirmam os autores Silva e Carlotto ( 2008) , os sintomas do Burnout podem ser agrupados em 4 grupos, os sintomas físicos, tais como, fadigas, enxaquecas, dores generalizadas e mau estar físico. Os sintomas psíquicos, que dizem respeito á falta de atenção e concentração, lentificação do pensamento, baixa auto estima, depressão, disforia, entre outros. Os sintomas comportamentais que englobam negligencia, irritabilidade, agressividade, perda de iniciativa e por fim os sintomas defensivos onde existe tendência para o isolamento, absentismo, ironia, cinismo e perda de interesse no trabalho. 

Existe uma diferença entre stress e burnout, enquanto é o stress podem ser estímulos causadores de sentimentos positivos ou negativos, o burnout só causa sentimentos negativo.

 

Estratégias de coping

O Burnout  é ainda um processo multifacetado, não seja, não depende apenas do individuo, mas sim depende da interação do indivíduo com as condições de trabalho, desta forma, constitui-se um problema individual, coletivo e organizacional, e acarreta graves prejuízos a saúde do trabalho, interfere na qualidade do seu trabalho, predisposição a acidentes, consequentemente acresce uma vontade abandonar o emprego, isolamento social e conflitos com os seus pares, chefes, entre outros, e tudo isto acaba por se refletir na empresa, pelo que é necessário definir estratégias para colmatar.

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