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O HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO COOPERATIVISMO

Por:   •  24/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.978 Palavras (16 Páginas)  •  146 Visualizações

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Sumário

CAPITULO I        1

1        HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO COOPERATIVISMO        1

1.1        Antes do cooperativismo moderno        1

1.2        O contexto histórico do cooperativismo moderno        2

1.3 A primeira cooperativa        4

1.4 O cooperativismo no Brasil        6

1.7 Motivos do apoio do Estado para as cooperativas        9

CAPITULO I

  1. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO COOPERATIVISMO

Neste capítulo, contam itens históricos básicos do cooperativismo, como forma de compreender o contexto social e a época do surgimento das primeiras cooperativas, como também as regras gerais que regiam estas sociedades.

Como forma de compreender a inclusão e evolução destas organizações no Brasil, na seqüência, aborda-se o nascimento, a organização das primeiras cooperativas, o desenvolvimento das primeiras cooperativas agropecuárias, a participação do Estado, a evolução do tratamento legislativo Federal e a atual  representatividade destas sociedades no contexto econômico e social brasileiro.

  1. Antes do cooperativismo moderno

O estágio de desenvolvimento das cooperativas atuais foi construído a partir de marcantes transformações sociais. No inicio da civilização, as atitudes de cooperação faziam parte da vivência cotidiana dos povos. Os grupos sociais estabelecidos tinham isso como um meio de sobrevivência e melhoria de sua qualidade de vida.

Antes do século XVIII, a cooperação era desenvolvida de maneira informal, quando por ajuda mútua as pessoas procuravam atender suas necessidades de assistencialismo, exploração agrícola e desenvolvimento de atividades comerciais de risco, quando conjuntamente obtinham melhores resultados.

 Porém a atual organização formal das sociedades cooperativas, teve seu marco estabelecido, nas soluções obtidas frente às dificuldades enfrentadas na época da Revolução Industrial, especialmente na Europa.

                De acordo com José Odelso Schneider o cooperativismo anterior ao século XIX detém outros adjetivos, conforme segue:

“Todas as iniciativas de cooperação existentes antes do século XIX caracterizavam-se por uma cooperação informal e assistemática, como as formas de ajuda mútua existentes entre a população rural de vários países. Apenas algumas experiências de exploração coletiva rural, levadas a efeito por grupos religiosos, as “guildas de comerciantes” e as “corporações de ofício” da idade média e dos inícios da idade moderna, junto à escassa população urbana de então, revestiam de caráter mais formal.” (SCHNEIDER, 2003, p. 33).

Ainda, Fábio B. da Rosa contribui para este entendimento:

“Conhecem-se formas cooperativas de trabalho desde a mais remota história, entre os povos primitivos, também na Grécia, em Roma, praticamente em todas as épocas registra-se a conjunção de esforços. A cooperativa moderna não tem muito a ver com as corporações de ofício nem com as guildas, etc. As cooperativas modernas são reflexos da Revolução Industrial, e dela, a partir dela, é que devem ser enfocadas.” (ROSA, 2003, p.28).

Compreende-se que a cooperação é uma prática inserida na cultura dos povos. Ainda, que antes do século XVIII, a vida e a evolução social não eram tão dinâmicas; existia uma certa estabilidade na desigualdade econômica e social, as pessoas que pertenciam à determinada classe ou grupo  não alteravam seu status quo com muita facilidade (SCHNEIDER, 2003. p.34). Foi com a Revolução Industrial que surgiu a necessidade de resolução estratégica de alguns problemas sociais graves, quando então a partir de determinados princípios sociais sobressaíram-se as organizações cooperativas.

  1. O contexto histórico do cooperativismo moderno

                Para entender a situação do cooperativismo atual é importante compreender o momento social que se estabelecia a partir da segunda metade do século XVIII. O processo produtivo e econômico passa por profundas transformações quando se destacam:

  1. A máquina a vapor passa a substituir a mão-de-obra humana, o que desestrutura a produção artesanal, muita difundida na época;
  2. Crescimento e concentração industrial;
  3. Crescimento urbano desordenado, com mão-de-obra despreparada e explorada;
  4. Aumento da demanda de matéria-prima, necessidade de espaço para criação de ovelhas no campo, por causa da demanda de lã.

Naquela época a Europa era o centro das transformações mundiais. A sociedade que até então vinha evoluindo de forma gradativa, naquele momento, século XVIII, institui-se uma mudança econômica que influenciou a estrutura geral da sociedade.

Aquele momento histórico é assim descrito por José O. Schneider:

“Agora, com o incremento mecânico das indústrias de fiação e tecelagem, há sensível aumento da demanda de matéria-prima, a lã, o que motiva os senhores rurais a expandirem seus campos de pastagens para ovelhas, forçando os camponeses a migrarem para as cidades. Essa força de trabalho nova e despreparada enfrenta, durante um século, as mais cruéis e desumanas condições de vida.” (SCHNEIDER, 2003, p. 34).

                Nesses 100 anos difíceis, a sociedade enfrentou os mais variados tipos de problemas, dos quais destaca-se: quatorze a dezesseis horas diárias de trabalho, exploração laboral de crianças e mulheres grávidas, muitas doenças, comerciantes gananciosos, má alimentação, falta de higiene, salários miseráveis, sem aposentadoria, péssimas condições de moradia, desemprego causado pela mecanização, pesados impostos e concentração de renda.

                Diante destas condições a sociedade se divide em:

  1. Capitalistas: Os proprietários;
  2. Proletários: Trabalhadores que vendem sua força de trabalho.

Na medida que a situação se agrava, os trabalhadores começam a se revoltar, inicialmente com manifestações em seguida com atitudes mais rigorosas, chegando a destruição de algumas propriedades industriais. Aos poucos a classe operária amadurece, surgem organizações para a busca dos direitos políticos e trabalhistas básicos.

Todo este processo de luta, faz com que pensadores desenvolvam soluções teóricas para o assunto, chamado de pensamento socialista, “utópico ou científico”, conforme sua estruturação. Entre estes pensadores, o inglês, Robert Owem, filho de artesões, posteriormente co-proprietário de uma fábrica com dois mil operários, tomou uma atitude que contribuiu decisivamente para o surgimento do cooperativismo.

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