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O Mito da Desterritorialização

Por:   •  4/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  241 Visualizações

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HAESBAERT, Rogério. “Definindo Território para entender a

Desterritorialização”. In: O Mito da Desterritorialização. Do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro. Editora Bertrand Brasil. 2004 p.35-42.

A priori, H. Rogerio (2004) discute como a desterritorialização pode ter variadas faces, entretanto sempre acompanhada de conflitos territoriais – estes podem ser políticos, culturais e outros. Mas, é pontuado de forma precisa a necessidade de se fazer entender o território e como a territorialização é entendida pelas diversas áreas das ciências sócias e humanas, para que assim possa ser debatido a desterritorialização em suas diversas formas.

Por conseguinte, é debatido os vários conceitos que o território possui. O autor enfatiza alguns, iniciando-se pelo psicológico, este introduz de forma concisa sua perspectiva, partindo da premissa que o território não possui quebras em suas fronteiras, e sim uma continuidade de relações, as quais se diferenciam e fornecem suas características próprias, dessa forma já é possível perceber a desterritorialização e a territorialização em conjunto nesse conceito territorial – o que é facilmente percebido nos dias de hoje.

A posteriori, o autor demonstra a explicação de território pela lente filosófica, a qual disserta sobre a afirmativa de que, o sentimento de território é intrínseco ao homem, por tanto a desterritorialização, territorialização e reterritorialização não ocorrem apenas quando um Estado ou indivíduo se encontram perante as relações sociais, e sim a todo o momento seja de uma forma mental ou física, social ou psicológica.

Não somente, é demonstrado também o viés geográfico da discussão territorial, criando um conceito, mais solido e palpável, possuindo este até seis definições, malha da gestão do espaço; espaço apropriado, território jurídico; território social, território cultural e território metafórico –muito presente nas vertentes filosóficas e psicológicas. Também, é explanado sobre outra forma geográfica de entender o território, dividindo-o em dois, areal e zonal dando sentido de rede ao discurso da territorialidade. Não somente, H. Rogerio (2004) cita Haesbaert (1995 e 1997) e Limonad (1999), uma vez que estes agruparam que a geografia havia criado e as dividiram em três classificações, são essas:

Política: vê o espaço sob a lente do poder, delimitando e dividindo o espaço por meio de subterfúgios jurídicos.

Cultural: entende o espaço e o território como apropriação simbólico-cultural, dando ênfase ao sentimentalismo contido em determinada área, e como indivíduo se apropria desta.

Econômica: refle em uma territorialização baseada nos fluxos de produção e relações trabalho-capital, o que gera uma divisão geralmente que atende a demanda do capital e seus interesses.

Junto a isso é acrescentado o pensamento naturalista que pouco é visto no campo das ciências sócias, pois, visa o conceito de território sob um olhar da relação sociedade-natureza, dando mais enfoque no comportamento natural do homem, e como esta territorialização atende a suas necessidades naturais de recursos. Apesar do autor reconhecer a importância dessas quatro classificações – econômica, política,

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