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O Papel Do Educador Na Escola

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Por:   •  8/12/2014  •  9.871 Palavras (40 Páginas)  •  564 Visualizações

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O papel da Escola e do Educador dos/nos tempos atuais

O papel de qualquer escola deve sempre estar ligado aos seus ideais, no que deseja aos seus estudantes e à atuação destes dentro do grupo a que pertencem.

O compromisso dos educadores vai além da simples necessidade de repassar conteúdos acumulados no decorrer da História e preparar os que estão sob sua responsabilidade somente para o mercado de trabalho, mesmo sabendo que vivemos numa sociedade capitalista onde o individualismo reina absoluto.

A preocupação da escola é a de fazer com que o educando participe do seu grupo ativa e afetivamente, apropriando-se de valores, crenças, conhecimentos acadêmicos e referenciais sócio-históricos. Uma apropriação significativa tanto para si como para o outro, tornando-se uma pessoa consciente e responsável pela transformação da realidade em que está inserido.

E possível acreditar em uma modificabilidade cognitiva estrutural e entender o homem como alguém capaz de se modificar, alguém que está em constante e contínuo processo; capaz de conscientizar-se do que sabe e ampliar seus conhecimentos a partir de uma mediação. O professor representa a figura deste mediador que está entre o mediado e a realidade que os cerca. O modo "como se aprende" torna-se importante à medida que ajuda a transcender ao aqui e agora, oportunizando a aplicação, em situações diferentes, dos conteúdos apreendidos; estabelecendo relações com assuntos, fatos e momentos passados ou futuros; entendendo causa e consequência; posicionando-nos crítica e ativamente no grupo que se faz parte. Transcender significa mudar a maneira de ver e viver a realidade.

A prática de teorias não é simples e não acontece de maneira plena. "Arranhados" pela própria história de vida, há momentos que o educador se relaciona com o educando como verdadeiro dono do saber absoluto e faz dele um depósito de informações, um mero ouvinte.

Há momentos, porém, em que o ensino-aprendizagem acontece em "mão-dupla", um ir e vir de conhecimentos através do diálogo aberto, identificando problemas, levantando hipóteses, analisando e sintetizando ideias, descobrindo e estabelecendo relações, transcendendo ao aqui e agora, vivenciando valores e crenças que promovem a vida. Estabelece-se, neste caso, um clima harmonioso em que ambos descobrem e aprendem muitas coisas juntos.

Nesta relação, sempre deve existir mais do que o profissional: devem existir sentimentos que alicercem o que há nas pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem.

É importante perceber que as ações de ensinar e aprender não são somente atividades escolares. São ações que ocorrem durante a vida inteira, em todos os lugares, em todas as idades. Sempre haverá entre aqueles que aprendem e o objeto a ser aprendido, um mediador, um educador. Portanto, entende-se o termo "professor" como algo muito restrito, pois coloca o aprender a uma situação artificial e distante da vida, significa alguém que "professa o que sabe para seus alunos" (a = não; lunos = sem luz; aquele que não tem luz própria), portanto, o aluno seria um mero ouvinte.

Educador é mais que ser professor. É aquele que prepara seu mediado para a vida, pois se responsabiliza em desenvolver neste diferentes habilidades e competências de leitura e escrita. Acredita que a tarefa de ensinar alguém a ler e a entender o mundo é bastante desafiadora e, ao mesmo tempo, traz um retorno gratificante. Todos os educadores têm esta tarefa a cumprir. Ao entrar em sala de aula, não levam apenas o conteúdo a ser ensinado, levam suas vidas, seu jeito de ser, fazer, ler e compreender o mundo. Diante de seus mediados, os mediadores, quando precisam explicar algo novo, diferente, abstrato ou distante da realidade em que vivem, encontram novos desafios e necessitam ser criativos na busca de outras estratégias para conseguir atingir os objetivos a que se propõem.

Nos tempos atuais, saber lidar com novas situações; saber se modificar e ampliar conhecimentos; ter estratégias para resolver problemas; conviver em grupo e saber se relacionar; apontar sugestões são características necessárias a todas as pessoas, em qualquer momento, dentro e fora da escola. Portanto, é importante pensar em tudo isso quando se quer ser um bom educador e no seu papel dentro da sociedade, nestes tempos em que há muitas mudanças e exigências.

Estamos vivendo época de incertezas, mudanças e novos rumos que afetam frontalmente a educação no sentido de modificação de hábitos na prática docente e nas relações que se dão no cotidiano da Escola. O grande problema de tudo isso é que vemos que a estrutura organizacional dos ambientes escolares não se prepararam para as mudanças e acabam provocando um clima de ações que sempre procuram rivalizar professores e alunos tirando sempre a cumplicidade destes no processo de geração e construção do conhecimento. A educação é sobretudo troca, debates , construção de idéias e formação de hábitos que precisam ter como ponto de partida a formação ética e a proposta de construção de novas visões de mundo e busca pela justiça social e na certeza de luta pela igualdade.

As escolas estariam preparadas para o novo contexto de globalização ? Nossos educadores estão preparados para se aliarem aos alunos na construção do conhecimento? Nossos alunos entendem o sentido da educação ? Os pais sabem por que colocam seus filhos na escola? Tais questionamentos devem ser vistos de forma a procurar questionar sempre o papel da Escola no mundo moderno e tentar verificar ações que visem transformar o papel do ambiente escolar e dar ao educando um processo de geração de conhecimento menos traumático revendo modelos avaliativos e buscando relações mais harmônicas entre os personagens do contexto escolar para que o processo de geração de conhecimento tenha sempre uma razão de ser e tenha sempre ações de compromisso de todos no alcance de uma nova forma de entender , analisar e questionar o mundo em que vivemos.

Nos dias de hoje a tecnologia invade nossos lares, nossos locais de trabalho e nos diversos ambientes de vivência dos cidadãos e certamente reserva novas funções aos membros do processo de geração de conhecimento vivenciado na escola onde não é mais possível desenvolver escolas arcaicas em termos de conhecimentos e pautadas em uma lógica de aprendizado que visa apenas o responder a prova e não dá aos educandos oportunidades de conhecimento adequado e voltado essencialmente para a compreensão do valor das transformações e dos aspectos da dinâmica social que molda espaços e faz idéias e concepções. A Escola não é a mesma de décadas passadas , os alunos também não são os mesmos, porém se

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