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O Poker Em 2014 E As Criticas Referentes A Antiga E Nova Geracao

Trabalho Escolar: O Poker Em 2014 E As Criticas Referentes A Antiga E Nova Geracao. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/2/2014  •  4.120 Palavras (17 Páginas)  •  242 Visualizações

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Muito tem se falado recentemente sobre os comentários improvisados que Joe Hachem fez em uma entrevista para a Bluff.

Eu digo improvisados porque todos estão levando o que ele falou muito a sério, mas acho que deveriam pegar leve com ele porque não foi um discurso preparado, mas um desabafo muito apaixonado.

Daniel Negreanu também deu sua opinião sobre a entrevista de Joe Hachem e as respostas do público.

A questão é mais ou menos a maneira com que os jogadores de poker se comportam e o efeito que isso tem no jogo como um todo, e essa é uma discussão muito importante.

Parte do debate é sobre os últimos campeões mundiais, e isso é algo sobre o que não vou falar, não só porque não acho que seja particularmente importante, mas também porque não tenho contato suficiente com essas pessoas para ter uma opinião formada.

O assunto que eu gostaria de falar é algo que já foi discutido antes: a nova geração contra a velha geração.

Acho que estou chegando no fim do período em que posso ser considerado um jogador da “nova geração”, então quero aproveitar a oportunidade para falar como um antes que seja tarde demais.

Questão #1

Para resumir: A velha geração sente que a nova geração (em geral) se comporta de uma maneira que não é boa para o jogo ou a popularidade do poker.

Eu concordo completamente.

Está surpreso?

Bem, não há muitos argumentos contra isso.

A maioria dos jogadores da “nova geração” fala de estratégia avançada nas mesas, não de se divertir com os jogadores recreativos, e jogam lenta e silenciosamente na TV.

Todas essas coisas intimidam jogadores não profissionais e torna o jogo menos interessante para o público em geral assistir.

Faz esses jogadores se sentirem incapazes, indesejados e burros.

Se você é um empresário de sucessos e vai para a mesa de poker descarregar as tensões, a última coisa que quer é se sentir burro. Me colocando no lugar deles, não consigo pensar em mais nada que faça o poker parecer menos divertido.

Falarei sobre isso depois.

Respeito

Por mais idiota que isso pareça, acho que a primeira coisa que precisa parar é isso de apontar os dedos e esse ressentimento geral entre “nova” e “velha” geração.

As coisas têm melhorado desde o início da minha carreira, mas ainda há uma grande falta de respeito de uma geração para a outra.

Você não pode ter um relacionamento de qualidade a menos que seja baseado no respeito. (E amor. Vamos todos nos amar).

(Para esclarecer: nem Daniel nem Joe falaram qualquer coisa desrespeitosa ou irracional sobre minha geração nas entrevistas recentes. Estou falando de maneira mais geral).

A velha

Não posso falar muito sobre as opiniões da velha geração quanto à nova. Acho que há uma falta de respeito pela maneira com que geralmente nos comportamos na mesa, e um (muito compreensível) ressentimento pelo impacto que isso tem no jogo.

Acho que provavelmente há uma falta de respeito sobre como chegamos aqui tão facilmente (embora muitos da minha geração não tenham conseguido... não ouvimos falar sobre muitos deles).

Acho que há algum ressentimento pelo fato de que conseguimos melhor rapidamente com o conhecimento compartilhado, coaching e especialmente com ferramentas e softwares de estudo.

Acho que muitos jogadores da velha geração perceberam que uma parte da nova geração os ultrapassou no fator “habilidade” nos jogos mais caros, e eles não gostaram disso.

A nova

Eu honestamente não faço ideia se a velha geração percebe isso ou não, mas a nova geração tem um grande peso nas costas. Muitos deles (incluindo eu, há muito tempo) acham muito frustrante que haja jogadores (que eles acham que vencem facilmente) ganhando reconhecimento, elogios, festas e o respeito do público, enquanto eles não têm nada disso.

Sempre senti que há um certo nível de desonestidade vindo daqueles que estão nos holofotes. Alguns caras na TV falando mal dos jogadores mais novos, dizendo que são os melhores, que os “garotos” não tem chance contra eles.

Isso nos faz sentir algo como “bem, há mais de 30 caras do online contra quem você pode escolher NL 300/600 online ou ao vivo, e você não joga. Então obviamente você não acredita de verdade no que você está falando (que indiretamente é sobre mim) para a câmera”.

Você pode falar para a nova geração superar isso, mas precisa entender que eles nunca vão deixar de querer ter a habilidade reconhecida. Então, o que você consegue quando os coloca na TV e faz uma entrevista sobre uma mão é que eles soem o mais inteligentes e superiores possível, por que (finalmente) é a chance deles de mostrar ao público que eles têm um talento que deve ser respeitado.

A minha geração

A única coisa que Joe errou feio na entrevista é que a maioria da minha geração na verdade ama o poker. Quase todos os caras que eu conheço pessoalmente tem uma grande paixão pelo poker e se orgulham muito do jogo.

Eu assisti poker na TV sem parar quando estava começando a jogar, incluindo cada episódio da vitória de Joe no Main Event. Eu me espelhava nos jogadores que eu via, e sonhava em um dia poder competir entre os maiores (da mesma forma que eu sonhava estar na NFL quando era adolescente).

Assim que comecei a ganhar $30/hora no poker, peguei papel e caneta e criei um “plano” para quanto eu jogaria, quanto ganharia e o que faria com esse dinheiro (algo que aprendi que é bastante inútil dado ao fato de que há muitas coisas fora do nosso controle).

Qual era o objetivo do meu plano?

Era atingir um certo número de horas por semana (eu ainda estava na escola) e ganhar X por mês para que eu pudesse gastar em eventos do WPT e WPT Circuit e ainda poder bancar meu (muito modesto) custo de vida. Eu imaginei que poderia jogar quatro eventos por ano. Eu definitivamente acreditava na glória e no amor ao poker.

Só neste verão, eu cheguei em 2º no evento de $25.000 6-Max da WSOP. A diferença entre 1º e 2º era em torno de $350.000. Não consigo contar o número de vezes que perdi mais de $350.000 em um dia, e eu normalmente supero isso no dia seguinte.

Aquele 2º lugar me persegui. Por uns dois meses

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