O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL

RESENHA ACADÊMICA

Textos: O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL; O MAIOR CRIME SOCIO-AMBIENTAL DO BRASIL OCORRIDO EM MARIANA-MG; A PREVENÇÃO E PRECAUÇÃO PODEM EVITAR DESASTRES; MEIO AMBIENTE URBANO E PRÁTICAS SOCIAIS e MEIO AMBIENTE.

Com enfoque mais técnico e legal, o texto O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL traz o conceito a respeito do termo Educação Ambiental, dizendo se tratar da construção de valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para conservação do meio ambiente. Há também no texto a descrição dos princípios, objetivos e o contexto histórico do tema.
Pode-se fazer uma correlação com os textos O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL e O MAIOR CRIME SOCIO AMBIENTAL DO BRASIL OCORRIDO EM MARIANA-MG (Fernando Alcoforado 2016), uma vez que o episódio ocorrido em Mariana-MG é definido como um crime ambiental, pois não segue os valores, conhecimentos e habilidades descritos no texto inicial. Alcoforado (2016) afirma ainda que há omissão por parte do governo representado pelos órgãos fiscalizatórios, visto que o crime poderia ter sido evitado, se as fiscalizações fossem executadas de forma rigorosa, não dando espaço para descumprimento das exigências necessárias à realização de obras do gênero. Ainda segundo o autor, o crime é inafiançável diante de tamanha crueldade e penalidade a natureza e critica o valor da multa imposto pelo IBAMA. No texto A PREVENÇÃO E PRECAUÇÃO PODEM EVITAR DESASTRES, Fernando Alcoforado (2016) aprofunda-se no caso de MARIANA-MG para explicar de forma mais detalhada a importância do da prevenção e precaução em empreendimentos que interfiram diretamente no meio ambiente. Segundo o mesmo, embora o Brasil tenha sido um dos países envolvidos no Marco de Ações de Hyogo (maior e mais importante instrumento para obtenção de redução dos riscos e desastres) o governo segue negligente, no que diz respeito ao cumprimento prático do acordo estabelecido no acordo. O autor ainda explica a distinção entre prevenção e precaução  que está diretamente ligado existência de um fato consumado pretérito no caso da prevenção, ou incerteza quando há, apenas, a probabilidade de ocorrência de um problema, no caso da precaução. Alcoforado (2016) ademais cita dois critérios que também podem ser utilizados para tomada de decisões, são eles: Maximim (visão pessimista do problema) ou Minimax (visão otimista do problema).

No texto MEIO AMBIENTE URBANO E PRÁTICAS SOCIAIS, o autor Pedro Jacobi (2008), traz uma perspectiva acerca da relação direta entre o homem (personificado na sociedade) e a natureza no contexto urbano, dando assim um conceito contemporâneo para o termo meio ambiente. Segundo Jacobi (2008), a sociedade tem papel fundamental nas transformações que ocorrem no meio ambiente, bem como a reponsabilidade sobre a condução dos problemas gerados através de sua interferência. Ainda de acordo com Jacobi (2008), o problema da degradação ambiental nas grandes cidades, decorre, principalmente, da politica habitacional imposta pelo sistema (capitalista) que segrega e exclui a camada social de baixo poder aquisitivo (predominante), fazendo com essa mesma classe social se desloque para áreas de reserva ambiental (a beira de mananciais, por exemplo), por se tratar da única alternativa de sobrevivência e espaço para instalação de seus imóveis.
O texto MEIO AMBIENTE produz um série de reflexões sobre as diversas interpretações referente ao tema e vale-se dessa característica para fundamentar a complexidade que rodeia discussões a respeito do assunto. Segundo Moscovi (1987), torna-se muito difícil chegar a uma definição estática para assunto, em razão das transformações históricas e culturais partindo da intervenção social. Entretanto o texto MEIO AMBIENTE defende que não se busca uma resposta definida para todas as perguntas atreladas ao termo, pois a existência das mesmas permitem o desdobramento de novos significados alinhados com momento um determinado intervalo de tempo. De modo semelhante ao Pedro Jacobi (2008), Medina (2007) alerta para o modelo de desenvolvimento econômico que incentiva o consumo desenfreado da sociedade com exploração ilimitada dos recursos naturais.

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