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O Simulacro e Poder

Por:   •  14/5/2016  •  Resenha  •  1.378 Palavras (6 Páginas)  •  406 Visualizações

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I. Destruição da esfera da opinião pública

Marilena começa abordando que já faz parte do cotidiano da grande maioria da população brasileira ser espectadora de algum tipo de programa de televisão, cujo alvo central é a intimidade das pessoas, um exemplo é o “Big Brother”.

Programas de TV e radio são voltados mais para o sentimental, perguntando sempre para o entrevistado “o que você sentiu/sente com isso?” ou “você gosta/gostou disso?”. Mas nunca o que pensam ou o que julgam sobre tal acontecimento. Como quando ocorreu um atentado à cidade de Paris, os jornais e programas de radio e TV, se voltaram para lá perguntando aos sobreviventes dessa tragédia, “o que elas estão sentindo agora?”, “o que você achou desse ato dos inimigos?” e etc., mas nenhuma pergunta sobre o significado do atentado na politica e na geopolítica dos países envolvidos.

Tornou-se um habito jornais e revistas entrevistarem “personalidades” perguntando o que estão vestindo, que musica gosta de ouvir, qual o ultimo filme que viram, seu perfume favorito e mais outras coisas banais, no qual fixam a atenção dos telespectadores. Tudo se resumindo em “gosto” ou “não gosto”, “achei ótimo” “achei horrível”. A mesma coisa aparece em trabalhos de jornais ou revistas, que não abordam sobre os fatos, acontecimentos, mas sobre seus sentimentos. O resenhista sempre vai começar dizendo que conhece tal assunto mais que o autor, escritor, compositor e sem dizer sobre o que se trata, vai citando o que acha de alguma coisa, o que viu, o que sentiu, somente no ultimo paragrafo ele cita o nome da obra e do autor. No final, não sabemos nada sobre o autor, mas podemos descrever com detalhes as preferencias e gostos do resenhista.

O mesmo acontece nas propagandas, que recorrem sempre a estereótipos, como o da mãe feliz que fica apaixonada por algum produto de limpeza, crianças que estão felizes saudáveis porque consumiram algum tipo de cereal. Podendo atingir seu ponto máximo quando o produto é anunciado por algum ator famoso, que representam para o consumidor o papel que representam em novelas.

II. Encenaçao: A produção do simulacro

“Para muitos, o maior maleficio trazido à cultura pelos meios de comunicação de massa tem sido a banalização cultural e a redução da realidade à mera condição de espetáculo”.  Podemos citar como exemplo, uma pessoa que trabalha em um jornal famoso e faz uma pesquisa para publicar nesse tal jornal, ao publicar, a mesma muda algumas informações, colocando somente o que ela quer que as pessoas saibam, ou seja, nem tudo que ela escreveu ali condiz com a realidade, isso faz com que a população veja aquilo e levem como uma verdade, assim se faz um simulacro. Outro exemplo da história é a ditadura de 64, onde se adulteravam as informações sobre tal acontecimento, destacando que era uma coisa boa, para que a população menos informada veja aquilo e apoiasse por não saber exatamente do que se trata.

A autora cita uma passagem do livro “viagem na irrealidade cotidiana” no qual o autor chama a TV antiga de “Paleotevê” e a atual de “Neotevê”. Cita que na paleotevê o evento acontecia independentemente da sua transmissão. E na neotevê o evento é programado, encenado. Ela também faz uma critica ao “Fantástico” programa da rede globo, ela diz que o programa acompanha de perto os acontecimentos nacionais, mas só em raras ocasiões os menciona diretamente. Pois tal programa não vai falar de tal evento de forma imparcial, sempre irá levar mais o para o pessoal, um exemplo é o impeachment, se o redator for a favor, ele certamente irá fazer uma bela matéria sobre o porquê devemos ser a favor, caso seja contra, irá fazer uma matéria sobre porque devemos ser contra, é meio muito eficaz para destruir opiniões e formar pessoas alienadas, incapazes de opinar sobre qualquer coisa.

Por fim, faz outra critica aos realities shows, mas especificamente ao “Big Brother”, no qual as pessoas param tudo o que estão fazendo no momento exato em que começa, somente para ver pessoas arrogantes, fúteis e vazias brigando numa casa de luxo, sem sequer saber o verdadeiro significado de Big Brother, no qual ela diz significar “Irmão mais velho”. Um personagem de George Orwell, no qual se passa em uma sociedade totalitária, no qual todos estão cercados por câmeras e se infringirem alguma lei serão torturados e submetidos a violentos processos físicos e psíquicos. Solitários e medrosos, não conseguem conversar com ninguém, somente com uma tela gigante no qual aparece um rosto bondoso o “irmão mais velho”, cujo único objetivo é dizer-lhes o que devem fazer.

III. Entretenimento

 Hannah Arendt diz que os seres humanos necessitam vitalmente do lazer e do entretenimento. Seja, como mostrou Marx, para que a força de trabalho aumente sua produtividade, graças ao descanso, seja, como mostram estudiosos marxistas, para que o controle social e a dominação se perpetuem por meio da alienação, seja, como assinala Arendt, porque o lazer e o entretenimento são exigentes vitais do metabolismo humano.

O entrenimento nada mais é que uma alienação para fazer com que você prenda sua atenção com coisas banais e se esqueça da realidade. Um exemplo disso é “politica de pão e circo”, onde o Império Romano temia que a população plebeia se rebelasse contra o mesmo, fazia então um grande espetáculo para alienar e entreter as pessoas, usando gladiadores, animais ferozes e etc. jogando comidas para a plateia prendendo a atenção do publico e assim esqueciam-se da realidade.

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