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O TRABALHO DO PEDAGOGO NO ESPAÇO EDUCATIVO

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Por:   •  7/10/2013  •  1.900 Palavras (8 Páginas)  •  300 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Vivemos em uma época em que os desafios que a escola enfrenta diariamente são inúmeros e parecem se multiplicar a cada dia que passa.

O professor encontra em sua sala as mais diversificadas situações: alunos com necessidades educacionais especiais, diversidade cultural, alunos que sofrem com problemas familiares, baixa autoestima, etc. e tudo isso acaba acarretando dificuldades na aprendizagem destes alunos.

Não bastasse isso, há os vários tipos de discriminação social.

O que fazer diante desta realidade? Qual o papel do pedagogo dentro de um espaço escolar tão diversificado e desafiador? O que pode ser feito diante todos estes desafios?

Este trabalho tem como objetivo tratar um pouco sobre estas questões. Para colaborar com o desenvolvimento do trabalho foram entrevistados uma pedagoga, uma professora e um aluno, todos da rede pública estadual do Rio Grande do Sul.

2 O TRABALHO DO PEDAGOGO NO ESPAÇO EDUCATIVO

A escola é, sem dúvida, o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural. Deparamo-nos nela com todo tipo de realidades: alunos provenientes de diferentes famílias, experiências cotidianas diversificadas, classes sociais diferentes, necessidades educacionais especiais, entre outros. Devido a este fato, a escola corre o risco de ser também o local mais discriminador. Sendo assim, trabalhar as diferenças é um desafio a ser encarado pelo professor, já que ele é o mediador do conhecimento, tendo o papel importantíssimo de ser um facilitador do processo ensino- aprendizagem.

Ao conversar com uma professora de séries iniciais da rede pública sobre qual a maior dificuldade que ela encontra ao tratar com o aluno portador de necessidade especial em sala de aula, ela fala que, inicialmente, sua maior dificuldade é interagir com o aluno. É entender qual é o seu problema, sua síndrome, para então traçar objetivos e selecionar atividades para este aluno.

Percebe-se que esta declaração soa quase como um pedido por auxílio. E é justamente neste ponto que se torna fundamental o trabalho do pedagogo. Hoje sabemos que sua função não é simplesmente controlar o trabalho do professor. Sua relação com o regente de sala deve ter como objetivo dar suporte, auxiliar o professor em sua prática docente. E cabe salientar que assessorar o professor é especialmente importante quando este se confronta com dificuldades relacionadas à inclusão de alunos que apresentam necessidades diversificadas em sala de aula.

Quando questionada sobre como este auxílio pode ser feito, a pedagoga entrevistada para este trabalho acadêmico destacou justamente a necessidade de estar próxima ao professor, trabalhando junto com ele. Algumas providências práticas podem ser tomadas. A pedagoga citou algumas, como:

 Observar o aluno em aula, podendo assim, descobrir suas limitações reais.

 Conversar com o professor para identificar a procedência da dificuldade apresentada pelo aluno.

 Montar, junto com o professor, um esquema de trabalho, organizando a rotina de aula.

 Se possível, trazer oficinas para a escola onde a questão da inclusão seja o alvo.

Mas ao conversar com profissionais em educação, há unanimidade em afirmar que para um aluno ser integrado e socializar-se no espaço escolar requer motivação e estimulação feitas de maneira eficiente, sendo necessário, também, que os pais e responsáveis sejam instruídos e preparados para colaborarem neste processo. Caso os próprios pais ou responsáveis acharem que o aluno é incapaz, talvez não se importando com os seus direitos em ter uma vida melhor, com qualidade, sem restrições, estarão, na verdade, contribuindo para a exclusão de seus filhos.

A superproteção do indivíduo representa uma forma de rejeição e cria condições desfavoráveis para o surgimento de comportamentos associados à autonomia do deficiente (GIMENEZ, 2005, p.95 apud MIGUEL e MACIEL, 2008).

Segundo a pedagoga entrevistada, a pessoa responsável pelo aluno pode contribuir com sua socialização, desde que esteja consciente das limitações deste e atue em conjunto com a escola, formando uma parceria com o professor e equipe pedagógica.

Para a pedagoga, quando a escola tem o seu trabalho pedagógico organizado, todo o processo se dá de forma mais eficaz. Isto porque a equipe docente terá mais tranquilidade para desenvolver um trabalho de maior qualidade.

Claro que organizar o trabalho pedagógico em uma escola pública não é algo tão fácil. Pelo contrário, pois é algo abrangente e requer um trabalho coletivo que objetive a autonomia, liberdade, emancipação e a participação na construção do projeto político-pedagógico. A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia educacional de grande importância, pois é ela que democratiza o processo ensino-aprendizagem.

Porém, além de tudo que foi citado até aqui, há algo sumamente importante para que o aluno que apresenta alguma dificuldade não desista de estudar: sua relação com seu professor. É essencial que este aluno seja tratado com afeto. O professor precisa incentivá-lo e jamais exagerar suas dificuldades. É preciso levar em conta que o desenvolvimento humano não passa apenas pelos aspectos cognitivos, mas os aspectos afetivos é que são fundamentais. Nós, seres humanos, temos a grande necessidade de ser ouvido, acolhido e valorizado para que possamos construir nossa autoestima. Sendo assim, a relação entre professor e aluno, deve ser mais próxima possível, baseada na partilha de sentimentos e respeito mútuo.

Para OLIVEIRA (1998), o aspecto afetivo influencia diretamente o desenvolvimento intelectual. Ele pode tanto acelerar como diminuir o ritmo de desenvolvimento, e determinar até mesmo em que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. Para SEBER (1997), dentro da teoria de Piaget, o afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência, sendo, inclusive, responsável pela ativação intelectual.

Mas, uma vez que um aluno não consegue aprender com a mesma facilidade que os demais alunos da sala, como avaliá-lo?

Segundo a professora entrevistada, o aluno deve ser avaliado com ele mesmo, pelas suas próprias produções e realizações. Não pode ser comparado com o grupo. Os objetivos dele são diferentes.

Podemos perceber que a professora está ciente da necessidade de fazer uma avaliação individualizada, que leve em conta a heterogeneidade que

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