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Organizacao Burocratica

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Por:   •  15/5/2014  •  1.075 Palavras (5 Páginas)  •  265 Visualizações

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As organizações burocráticas se baseiam na impessoalidade, formalidade, e em um regimento interno praticamente inflexível quanto à contratação de um funcionário de maneira direta. As organizações burocráticas seguem a lógica estatal, que são comandadas pelo estado, que tem a obrigação de zelar pela ordem da sociedade. Já empresas como a IBM, são transnacionais, Quanto a IBM, a contratação é tercerizada, mesmo sendo uma empresa de tecnologia mundial. Obedecendo apenas à lógica do capitalismo, não tem vínculos com o País que está instalada e tem uma alta mobilidade justamente por esses motivos: Estão em busca de custos baixos e leis pouco rígidas.

Grandes empresas tecnológicas e internet, normalmente, são apontadas como empresas que estão sempre inovando no mercado, grande parte delas, possuindo modelos de gestão bem mais flexíveis e enxutos. Em empresas como Facebook e Google, os colaboradores são incentivados a serem autogerenciáveis, assim tendo liberdade para resolver seus próprios problemas com mais autonomia. Portanto, obtendo essa liberdade, se permite que as pessoas desenvolvam sua criatividade e consequentemente fazendo com que a empresa alcance seus objetivos, e promovam a inovação. Quando Ricardo Semler começou a difundir suas idéias sobre gestão empresarial, em 1982, na Semco S/A, pregando de forma radical a liberdade e democracia industrial nas empresas, grande parte começou a achar que ele estava louco. Hoje, seu modelo de gestão é referência internacional para qualquer gestor de grandes empresas.

Na empresa IBM existem três tipos de pessoas contratadas: estagiários (sem vínculo empregatício), contratados por um determinado período de tempo, os “ibmistas” (temporários) e os “subcontratados” (são trabalhadores que freqüentam diariamente os prédios da empresa e trabalham em conjunto com os outros), que têm vínculo empregatício com uma outra empresa que a IBM contrata (terceirização). Existem ainda os chamados vendors, ou trabalhadores mais especializados, como consultores, que permanecem na empresa por período predeterminado, executando trabalho específico.

Referindo-se aos três primeiros grupos, percebe-se uma certa seqüência lógica para o ingresso na empresa – o indivíduo é admitido na empresa como estagiário, se aprovado, é contratado temporariamente e, em seguida, caso haja interesse e uma boa avaliação, efetivado.

Neste processo, o “ibmista” ou efetivado é visto como um privilegiado, pois já superou três etapas, com as inseguranças e obstáculos naturais a transpor em cada uma delas – ser aceito como estagiário, conseguir o contrato temporário e, por fim, a almejada contratação, coroação de seus esforços.

Há, no entanto, jovens executivos, treinados nos Estados Unidos e ocupando posições de gerência, com uma mentalidade mais aberta a mudanças e um perfil mais dinâmico. Percebe-se neste segmento as futuras elites empresariais da IBM.

Os subcontratados (IBM Rio de Janeiro) que trabalham em serviços como cafeteria, ajudantes de secretárias, contínuos, etc., têm mais ou menos a mesma forma de vestir-se e expressar-se, pertencem às classes sociais mais baixas, moram na zona norte carioca ou em bairros pobres, e provavelmente tendem a perceber e interpretar a realidade que os cerca, este “universo IBM”, de forma semelhante, com base nos mesmos valores. Observando-se este grupo, nota-se sua insatisfação por portarem um tipo de crachá que os identifica como não pertencentes ao grupo IBM, por não poderem desfrutar dos benefícios e vantagens dos indivíduos que trabalham na empresa, vistos como privilegiados, “eleitos”. Eles sentem-se uma “minoria” dentro da organização, não tendo real acesso à mesma.

Os “ibmistas” temporários, apesar de serem funcionários, com garantias, usufruindo os benefícios da organização, têm os sentimentos próprios à sua situação: a incerteza de serem ou não posteriormente efetivados. No término de seu contrato, (normalmente de dois anos) poderão encontrar-se desempregados em um mercado como o brasileiro onde um bom emprego em uma empresa multinacional que tenha benefícios é cada vez mais difícil. Sentem-se também discriminados pelo uso do crachá, que os identifica como temporários. Um dos funcionários chegou a solicitar, em nome do princípio ou credo “Respeito ao Indivíduo”, a adoção de um novo tipo de identificação interna que não o crachá, por sentir-se discriminado pela cor do mesmo. Ele expressou seu sentimento, em nome dos temporários, no

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