Organização Do Espaço Educativo Presente Na Educação Infantil

A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO PRESENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB Nº 1, de 07/04/1999), o educar e o cuidar devem caminhar juntos, considerando de forma democrática as diferenças individuais e, ao mesmo tempo, a natureza complexa da criança. Nesse sentido, o RCNEI (2001) orienta que o ato de educar significa propiciar situações de cuidados e brincadeiras organizadas em função das características infantis, de forma a favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem. Nesse sentido cuidar e educar implica reconhecer que o desenvolvimento, a construção dos saberes, a constituição do ser não ocorre em momentos compartimentados, pelo contrário, ele estabelece uma visão integrada do desenvolvimento da criança com base em concepções que respeitem a diversidade, o momento e as realidades peculiares à infância, oportunizando a criança situações de aprendizagem significativas e prazerosas.

Essas aprendizagens, associadas às atividades lúdicas, certamente serão decisivas para a formação da criança, pois se trata de um período em que ela está construindo sua identidade, sua estrutura física, sócio-afetiva e intelectual. Portanto, é nesta fase, que se devem adotar várias estratégias, entre elas as atividades lúdicas, que são capazes de intervir positivamente no desenvolvimento da criança, suprindo suas necessidades biológicas, psicológicas e sociais, assegurando-lhes condições adequadas para desenvolver suas competências. É importante assim, destacar que o trabalho pedagógico aliado a atividade lúdica aproxima a criança do universo estudado, proporcionando divertimento e tornando o processo de aprendizado prazeroso com alcance de resultados positivos. Contudo, a aprendizagem proporcionada pelo lúdico não acontece somente nos momentos em que este está aliado a atividades educacionais, pelo contrário, ela também acontece nos momentos em que as crianças brincam de forma livre e natural, sem a influência ou direcionamento do profissional de educação ou de um adulto.

Outra atividade que acontece de forma livre e natural é a roda de conversa, utilizada atualmente pela maioria das escolas destinadas a educação infantil, que também é um momento muito importante e imprescindível para o processo de ensino aprendizagem e que traz inúmeros significados, como a expressão por meio da linguagem oral de sentimentos, idéias, valores que estão presentes em todas elas. Este momento contribui para que as crianças sejam capazes de construir conhecimentos importantes para o seu desenvolvimento. Além de estimular, sobretudo para que aprendam a observar, perguntar, levantar hipóteses, imaginar, pensar e buscar comprovação, além disso, ainda contribui para a sensação de identidade do grupo e facilita o desenvolvimento geral do raciocínio e da inteligência. Entretanto, não podemos nos esquecer que todas essas e outras atividades devem ser planejadas antecipadamente para que o professor tenha uma previsão de todos os meios e recursos necessários nas diferentes etapas do planejamento, do seu desenvolvimento e da sua efetiva execução, podendo dessa forma, alcançar os objetivos desejados. O planejamento deve ser visto como um guia que organiza, direciona e articula a atividade, se tornando assim o principal instrumento de trabalho do professor. Sem ele seria impossível exercer corretamente a função que nos é confiada, a de educar. Porém não podemos nos esquecer que o planejamento é flexível, podendo ser mudado de acordo com a realidade da turma ou de cada aluno. Todavia, nenhuma proposta de organização do trabalho pedagógico está completa sem expressar sua concepção sobre avaliação. Afinal, a forma como os educadores realizam suas avaliações sobre os alunos expressam, em último grau, a sua concepção de educação. Seja como uma educação repressora e bancária, onde o professor deposita o conhecimento, que o aluno deve reproduzir ou como uma educação progressista e democratizadora, voltada para o pleno desenvolvimento do ser humano, de sua consciência crítica, de sua capacidade de ação e reação. Por isto, não há como avaliar a criança de acordo com expectativas preestabelecidas pelo adulto, onde preencher listas, formulários ou boletins, significa comparar e medir, classificando as crianças. Avaliar portanto, deve ser uma necessidade do educador, por isso, ele precisa abandonar listagens de comportamentos uniformes padronizados e buscar estratégias de acompanhamento da história que cada criança vai constituindo ao longo de sua descoberta do mundo, ou melhor, acompanhar, no sentido de mediar a sua ação, favorecendo-lhe desafios, tempo, espaço e segurança em suas experiências.

E, finalmente, concluindo assim aspectos referentes e importantes à educação infantil, não poderíamos nos esquecer de abordar sobre as especificidades dos métodos de alfabetização e sobre a sua importância no ambiente alfabetizador, tendo em mente que esse processo vai além da decodificação e codificação do sistema alfabético e da apropriação de suas regras ortográficas, pois não basta que a criança esteja convivendo com muito material escrito, é preciso orientá-la sistemática e progressivamente para que possa se apropriar do sistema de escrita. Diante desse pensamento, vemos que os métodos de alfabetização evoluíram fazendo o avanço do conhecimento de acordo com as necessidades sociais, onde quanto mais a sociedade evolui, mais vai se exigindo dela um tipo de letrado diferente. E com todas essas evoluções, surgiram vários métodos de alfabetização como: o método tradicional que incorpora o método sintético e analítico

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