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Por:   •  20/3/2015  •  3.376 Palavras (14 Páginas)  •  210 Visualizações

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As principais contribuições dos educadores e filósofos do pensamento pedagógico iluminista

PONTAROLO, Regina Sviech ¹

COLLARES, Solange Apª de O.²

NASCIMENTO, Maria Isabel Moura ³

Resumo: O presente trabalho tem por finalidade analisar o século XIX que foi marcado pelo triunfo ativo das ciências biológicas. Novos conceitos da natureza e do desenvolvimento do homem dominam no palco científico e precipitam a guerra entre as crenças que sombreou o espírito ocidental. Entre eles os filósofos e educadores como: Rousseau, Pestalozzi, Herbat, Froebel, que viveram neste período, contribuindo com novas perspectivas para a educação, entre elas o trabalho educativo em torno do espírito da criança.

Palavras-chave: natureza, desenvolvimento humano, governo, Estado e educação.

Abstract: The present work has for purpose to analyze century XIX that it was marked by active triumph of biological sciences. New concepts of the nature and the development of the man dominate in palco scientific and precipitate the war between the beliefs that the philosophers and educators as : Rousseau, Pestalozzi, herbart, Froebel that they had lived in this period, contributing with new perspectives for the education, between them the educative work around the spirit of the child.

Key - Words: nature, human development, government, State and education.

Introdução:

O presente estudo tem por finalidade analisar a contribuição de alguns filósofos e educadores como: Rousseau, Pestalozzi, Herbart, Froebel, que viveram num período histórico marcado por profundas transformações: o século XIX. Nesse período, a Europa estava vivendo o grande desenvolvimento das forças produtivas e avanços tecnológicos, bem como da consolidação da ideologia e da divisão social. Nesse processo, a educação tomou seu lugar de destaque na busca de transformação social.

O artigo procura apresentar as principais diferenças entre os filósofos e educadores citados acima, ou seja, Pestalozzi possui um caráter prático e empírico, já Herbart e Froebel apresentam uma feição sistemática melhor estruturada e uma penetração filosófica mais profunda, além das diferenças apresentam-se também as principais contribuições dos mesmos � teoria educacional ao longo do tempo e também algumas conclusões acerca de suas teorias e métodos.

Jean-Jacques Rousseau:

Rousseau é conhecido, com razão, como o maior filósofo da soberania democrática, por seu notável conceito de vontade geral como única força de poder legítimo na sociedade, deve ser também considerado parte da tradição intelectual na Europa Ocidental que viria a culminar com o Estado do século XX.

Nasceu em Genebra, a 28 de junho de 1712, filho de Isaac Rousseau e Suzanne Bernard, filha do pastor da localidade. Abandonada por seu esposo que parte para Constantinopla, Suzanne implora ao marido que retorne para a sua casa, pois se sente sozinha. Após o retorno de seu esposo, nasce Jean-Jacques Rousseau, um menino fraco, doente e que causara o falecimento da sua mãe.

Durante muito tempo, pai e filho viveram do culto a Suzanne e os dois leram uma grande coleção de romances que ela deixara. Liam sem parar após a ceia e assim passavam a noite. Jean-Jacques Rousseau tornou-se um amante apaixonado da leitura, mas totalmente incapaz de adquirir os hábitos e atitudes convencionais da vida normal.

Quando tinha dez anos, o seu pai o abandonou e ele foi enviado para a escola de Bossey junto com o seu primo. A estada em Bossey estendeu-se até 1724, quando Rousseau completou doze anos de idade. Seus estudos serviram para familiarizá-lo com os problemas sociais e filosóficos comuns que agitavam os espíritos dos homens,. Montaigne, Leibniz, Locke, Pope e Voltaire causaram-lhe a mais profunda impressão (EBY, 1978, p.279).

Influenciado por inúmeros pensadores, Rousseau acreditava que o governo e a educação poderiam surtir efeito na sociedade independente das mudanças políticas.

Para Rousseau:

Cada cidadão seria, então, completamente independente, de todos os seus semelhantes, e completamente dependente do Estado, o que sempre ocorre pelos mesmos métodos; porque é apenas pela força do estado que a liberdade de seus membros podem ser assegurada.(NISBET, 1982, p.157).

Na obra O Contrato Social, Rousseau formula a teoria do Estado da natureza como condição da liberdade e da igualdade e com a afirmação da pessoa humana como sujeito de todo direito e, portanto, fonte e norma de toda lei. O Estado é o libertador do indivíduo das dificuldades da sociedade. Rousseau salienta que o homem no estágio inicial encontra-se puro e livre para a sua escolha, entende que o que realmente modifica o homem é a sociedade, moral fundada na liberdade. Quando está surge, muda e transforma o homem. Para Rousseau, a civilização é vista como responsável pela degeneração das exigências morais mais profundas da natureza humana e sua substituição pela cultura intelectual.

Assim, o Contrato Social seria a única base legítima para uma comunidade que deseja viver de acordo com os pressupostos da liberdade humana. (ROUSSEAU, 1978, p.XX). Privilegiando, na obra do contrato social: a relação entre a natureza e a sociedade, moral fundada na liberdade, primazia do sentimento sobre a razão, teoria da bondade natural do homem. O objetivo primordial do Contrato Social está em assentar as bases sobre as quais legitimamente se possa efetuar a passagem da liberdade natural � liberdade convencional como mais adiante se verá(4) .

Outra contribuição relevante de Rousseau seria Emílio, um ensaio pedagógico, no qual procurou traçar em linhas gerais, o que deveriam fazer e seguir para tornar a criança um adulto bom.

Nesta obra, o autor mostra que diferentes etapas a educação do Homem deve seguir para que os indivíduos humanos se tornem cada vez mais livres e soberanos, mais autênticos e autônomos. A inspiração, como é fácil perceber, é a mesma que move Rousseau no plano da política. (FORTES, 1987, p.69).

Segundo Fortes (1987), em Emílio, o principal objetivo é imunizá-lo a todos os males que a sociedade pode manifestar, tentando desta forma, preveni-lo dos malefícios sociais. Mostrando para os outros a importância da escolha, ou seja, do livre arbítrio, e o respeito para com o desenvolvimento

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