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Pratica Pedagogica

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Por:   •  24/10/2013  •  1.536 Palavras (7 Páginas)  •  287 Visualizações

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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ALTERNATIVAS

A ESCOLHA PELA GINÁSTICA RÍTMICA COMO CONTEÚDO ALTERNATIVO PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Em um projeto maior foi apresentado a três professores de Educação Física o desafio de aplicarem uma proposta alternativa de conteúdo para as aulas de Educação Física. Este estudo que foi desenvolvido como dissertação de Mestrado intitulada “Ginástica Rítmica: um contributo pedagógico para as aulas de Educação Física”, do programa de Pós Graduação do Centro de Desportos da UFSC. As análises deste estudo objetivavam o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, a reação destes em relação a aulas aplicadas e as ações dos professores durante o planejamento, elaboração e aplicação de cada proposta. Aqui nos deteremos as análises extraídas das ações docentes no decorrer de todo o desenvolvimento da pesquisa.

A Ginástica Rítmica (GR), através de sua estrutura trifásica de elementos corporais, manejo de aparelhos e acompanhamento musical, privilegia o desenvolvimento global do aluno, já que todos os domínios do desenvolvimento humano são trabalhados. Estudiosos do esporte acreditam que a partir de uma prática contínua da

GR, o aluno vem a ser beneficiado, já que esta modalidade enriquece a formação da criança nos aspectos físico, emocional, intelectual e social.

Nas instituições de ensino, principalmente nas públicas, a prática da GR pode ser dificultada pela falta de material e espaço físico ideal, realidade encontrada para as aulas de EF em geral. Contudo, não se deixa de dar aula, se buscas alternativas, instigando mais uma justificativa que reforce a ideia de inserção do esporte no contexto escolar.

A interferência das variáveis dos quadrantes administrativo, pedagógico e motivacional, que norteiam as ações pedagógicas das professoras, também foi considerada nas analises das propostas estudadas.

Os procedimentos adotados seguiram uma linha única, onde as professoras comungavam dos princípios pré-estabelecidos a partir de um marco referencial, que indicava estratégias, possibilidades, e aplicabilidades da GR em aulas de Educação Física, apresentados pela pesquisadora, e após individualmente construíram as próximas etapas, de planejamento, elaboração de atividades e aplicação das aulas.

Foram envolvidos neste estudo três professoras de EF e os alunos de seis turmas (quatro de 4.ª série e duas de 3.ª série) do Ensino Fundamental de três escolas (uma escola particular e duas escolas estaduais) de Florianópolis

– SC. Estas instituições foram selecionadas por apresentarem características diferentes, isto é, neste grupo de estudo, foram reunidas uma escola que possui as condições ideais para a prática da GR (ginásio, materiais, entre outros), outra que dispõe de materiais e estrutura física alternativa, e ainda uma escola pequena com restrições para a prática da própria disciplina de EF.

Levou-se em consideração também, a disponibilidade e a concordância das escolas, além da disponibilidade dos professores para a participação no estudo, já que, a determinação e a conscientização de que este envolvimento com a pesquisa fundamenta a base de todo o processo.

A influência dos quadrantes administrativos, motivacionais e pedagógicos nas propostas aplicadas.

Ao se debruçar nos indicativos evidenciados pelos quadrantes administrativo, caracterizado pelas instalações físicas e materiais móveis e fixos disponíveis para a prática da Educação Física na escola, percebeu-se que há relação entre condições de trabalho, valorização e motivação na aplicação de novas técnicas ou conteúdos, mas, se houver empenho no que se pretende realizar, os atalhos se tornam estradas, fazendo das dificuldades as soluções para a tarefa docente.

O quadrante administrativo mostrou os espaços físicos e materiais disponibilizados às professoras para suas práticas, bem como o apoio da direção para a disciplina de EF. A relação do que se tem para com o que se precisa, referendando a iniciação da GR, prioriza a necessidade das intervenções docentes no sentido de adaptações da realidade do contexto escolar. Isto é, as condições ideais exigidas pelo esporte não são aquelas encontradas nas escolas, entretanto não impediram nestas propostas a utilização da modalidade nos conteúdos das aulas.

Os objetivos e conteúdos evidenciados para a disciplina de EF foram estabelecidos a partir do quadrante pedagógico, revelando que nestes objetivos há espaço para ser trabalhada a GR. Contudo, ela não fazia parte das possibilidades esportivas apresentadas pelas professoras. Nesta lista estavam o futebol, o handebol, o basquetebol, entre outras.

Talvez esta situação se apresentou pela falta de conhecimento específico, embora todas as professoras tenham demonstrado dominar o conhecimento mínimo necessário para a inserção da modalidade em suas aulas ou ainda por este esporte não ter-lhes sido apresentado como uma atividade para ser desenvolvida nas aulas, mas sim como uma modalidade de alto nível.

Neste contexto, um simples resgate da modalidade e a troca de experiências entre a pesquisadora e as professoras, através dos encontros de elaboração e apresentação do estudo, e do material didático/pedagógico preparado para estes momentos, permitiram um novo olhar sobre o esporte, fazendo com que o entendimento de que os fundamentos corporais da GR são as habilidades básicas do desenvolvimento motor.

Os aspectos evidenciados pelo o quadrante motivacional estabelecido pelo processo de formação continuada do professor, ações para a conquista de melhores condições de trabalho, como se dá o projeto político pedagógico do docente, isto é, se procura conhecer e aplicar novas técnicas e ou procedimentos metodológicos e se há diversificação dos conteúdos programáticos com frequência, reafirmaram a importância do processo da formação continuada no desenvolvimento profissional do professor, bem como alertaram para as fases relativas a cada momento da carreira docente. Contudo, não se apresentou como um fator interventor nas propostas aplicadas.

As três propostas de trabalho foram fundamentadas na utilização da ludicidade em prol da prática da GR, e cada professora estabeleceu seus próprios critérios nas escolhas das atividades, levando em conta a realidade da escola e dos alunos e os objetivos determinados. Os alunos aprenderam os elementos brincando, jogando, experimentando novas vivências.

Todos os elementos corporais pré-estabelecidos para serem desenvolvidos no estudo

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