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Produção de Diagnósticos em Segurança Pública

Por:   •  26/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  181 Visualizações

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Nas duas primeiras aulas tratamos de algumas mudanças ocorridas em nível federal que conferiram aos municípios algumas ações em segurança pública. Quais foram as medidas adotadas pelos governos federais à época? Por que razão algumas dessas medidas como as ações das guardas municipais foram tão polêmicas? Apresente argumentos com base nos textos das aulas e textos complementares sugeridos.

     No intuito de adequar a atuação das instituições de segurança pública às sociedades democráticas uma das principais medidas adotadas pelo governo federal foi a criação do Fundo Nacional de Segurança Pública em 2001. Além da criação do FNSP outras medidas foram a criação de novas guardas municipais, sugestões de mudanças curriculares na formação policial e dos próprios Guardas (com proposta de uma matriz curricular nacional), a criação da Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública que reúne diversos cursos de especialização e instituições de ensino , a participação da sociedade civil (por exemplo, com a criação dos conselhos comunitários de segurança); Como condição para obtenção de recursos do FNSP exigiu-se, em particular às gestões municipais, a produção de diagnósticos que indicassem onde os recursos precisariam ser utilizados. Os diagnósticos tinham como propósito produzir conhecimento que servisse de base para a elaboração de planos de segurança pública e de novas políticas capazes de reduzir os problemas relacionados à violência e à criminalidade.

     Com a possibilidade de contribuição dos gestores municipais na segurança pública as Guardas Municipais em razão de serem o órgão municipal criadas constitucionalmente para a segurança de bens, serviços e propriedades públicas, se tornaram uma peça importante para as discussões sobre segurança pública no âmbito municipal.

Nota-se a presença cada vez maior das guardas municipais, com mudanças de suas atribuições, porém legalmente não possuem poder de polícia e não está claro e nem é consensual o papel que a guarda municipal deve desempenhar, há uma lacuna que gera uma crise identitária em seus membros uma vez que grande parte das guardas municipais é comandada por policiais militares reformados ou na ativa, isso ajuda a compreender porque muitos guardas operam com os códigos simbólicos característicos do “ethos policial militar” que, em geral, são internalizados no processo de formação e aperfeiçoamento profissional dos guardas.. Por outro lado, no momento em que interagem com policiais militares nas ruas da cidade, esta possível “aderência” a uma identidade policial desmorona, já que nesta relação assimétrica, estabelece-se a dualidade nós (policiais) versus outros (guardas municipais). Os (as) guardas vivem, portanto, numa permanente negociação de suas identidades. Ora são “quase-policiais”, ora não sabem o que são.

     O que pode ou não pode, o que é prioritário ou não, é determinado de modo personalista e, por isso, é difícil defini-las como guardas profissionais. Seus arranjos  organizacionais, plano de carreira, formação e aperfeiçoamento profissional, gestão e critérios de avaliação de desempenho são fluidos, inconstantes e pouco estruturados.

Há pouco debate público em torno do conteúdo da lei, seus avanços e limites. Entretanto, há que se considerar que os projetos de emenda constitucional já demonstram uma inquietude com a letra atual da lei, que mais engessa do que permite avançar.

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