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PÓLIS - Revitalização De Centros Urbanos

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Por:   •  9/7/2014  •  4.722 Palavras (19 Páginas)  •  654 Visualizações

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TÍTULO: PÓLIS - Revitalização de Centros Urbanos

Autor - José Geraldo Simões Junior

1. SITUAÇÃO GERAL

1.1 A QUESTÃO DA DETERIORAÇÃO DE ÁREAS URBANAS CENTRAIS

Com o surgimento da cidade industrial, aparece à deterioração de áreas urbanas, que se intensificou desde meados do século passado nas grandes cidades, que tem uma maior atuação com a relação direta dos grandes processos dinâmicos de produção e consumo.

O mercado imobiliário está sobre influência de tendência centrípeta e centrifuga que fazem parte do crescimento urbano.

Centrífuga, processo de urbanização extensiva é aquele que segue o movimento natural de crescimento da cidade em direção à periferia. Conforme o crescimento acontece nessa direção, provoca uma alteração nos padrões de uso e ocupação do solo das áreas urbanas já consolidadas.

Centrípeta, processo renovador é a transformação do processo ocorrido na centrífuga com maior intensidade no sentido inverso, ou seja, aumenta de intensidade à medida que se aproxima das áreas mais centrais da cidade.

Surgem os ciclos que caracterizam o envolver dessas áreas centrais das cidades: os movimentos de apogeu, os de decadência e os de renovação. Entre esses períodos, surge o movimento de readequação funcional da recuperação e renovação das estruturas existentes, conhecidas hoje como revitalização urbana. Com isso, ressurge o interesse do mercado imobiliário pelas áreas centrais, conhecido como “operação retorno”.

O centro da cidade volta então a ser visto como uma área alternativa e atraente por esse mercado, dadas suas qualidades de acessibilidade e de infraestrutura implantadas.

A revitalização apresenta-se, assim, com a finalidade de produzir essa nova adequação funcional.

1.2 OS DIFERENTES ENFOQUES DE INTERVENÇÃO NA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS URBANAS DETERIORADAS

Está subdividido em três grandes momentos históricos – que corresponde a três marcos significativos da intervenção no espaço urbano – e que se relacionam aos conceitos de embelezamento urbano, renovação urbana e de revitalização urbana. O Primeiro se refere à implementação do Plano de Haussmann na Cidade de Paris na década de 1850; o segundo, aos paradigmas estabelecidos pela Carta de Atenas em 1933 e o terceiro à reação contra os ambientes modernistas ocorridos a partir de manifestações populares no início dos anos 70.

a) Embelezamento Urbano: Haussmann prevê a abertura de largas e extensas avenidas no centro de uma Paris medieval, considerado assertivo.

Embelezamento urbano de Haussmann visava implantar um novo padrão de estética urbana, mais de acordo com os valores de uma nova classe social ascendente, aonde a beleza e os melhoramentos técnicos em infraestrutura viriam representar não só o aburguesamento do espaço urbano, mas principalmente a instauração da modernidade.

b) Renovação Urbana: Inicia com a publicação da Carta de Atenas em 1933 e se encerra no início dos anos 70. Nesse momento, os conceitos e objetivos do Movimento Modernista surgem como uma resposta à crescente necessidade de expansão do capital financeiro, industrial e imobiliário e seu rebatimento nas esferas de produção e consumo urbanos.

c) Revitalização Urbana: É a busca de uma nova vitalidade para essas áreas, tanto do ponto de vista econômico quanto funcional, social e ambiental. Esse novo conceito, vem trazer a “reidentificação do passado no espaço do presente, ressuscitando a tradição, alvoroçando a memória coletiva, mas não inibindo a modernidade”.

Esse conceito de maior amplitude abrange assim ações como a reabilitação de áreas abandonadas, a restauração do patrimônio histórico e arquitetônico, a reciclagem de edificações e a requalificação urbana de setores degradados.

1.3 ALGUMAS EXPERIÊNCIAS DE REVITALIZAÇÃO DE ÁREAS CENTRAIS E HISTÓRICAS EM CIDADES BRASILEIRAS

Desde meados dos anos 60, inúmeras cidades têm desenvolvido projetos de recuperação de seus Centros Históricos, marcados pela ênfase na preservação do seu patrimônio arquitetônico, com vistas a um maior dinamismo nos setores de turismo, cultura e de lazer para a população.

As atividades voltadas ao lazer e ao turismo é que vieram servir de apoio para o sucesso dos projetos: bares, restaurantes típicos, galerias de arte, teatros, salas de cinema e vídeo, butiques, lojas de artesanato – lugares esses intermeados por pequenas praças e recantos de lazer. Busca-se assim recriar parte da história viva dessas cidades.

a) O PROJETO CORREDOR CULTURAL NO RIO DE JANEIRO

O Projeto busca a revitalização dessa área histórica, procurando compatibilizar o crescimento da cidade com a manutenção de espaços e modos de vidas tradicionais da capital carioca.

b) PROJETO REVIVER EM SÃO LUIS

O Centro Histórico de São Luis do Maranhão abriga um dos maiores acervos de arquitetura civil de origem portuguesa da América Latina, com cerca de 3.500 edificações, ocupando uma área urbana de 270 hectares.

Esse rico conjunto arquitetônico encontrava-se na década de 70 em profundo estado de deterioração e abando do. Em 1979, surge o PROJETO REVIVER.

O Projeto recuperou mais de 200 prédios, restabelecendo a implantação de atividades voltadas ao turismo e ao lazer cultural: teatros, cinemas, bares, restaurantes, hotéis. O projeto procurou intervir, também, nos espaços públicos.

c) A RECUPERAÇÃO DA ÁREA DO PELOURINHO EM SALVADOR

O Centro Histórico de Salvador, constituído pelo Pelourinho, é considerado um dos maiores conjuntos arquitetônicos da América Latina.

Em 1992, o governo estadual deu inicio a um grande projeto de recuperação de todo o Centro Histórico.

A recuperação de todo o bairro está sendo conduzida seguindo alguns critérios: por exemplo, os casarões não são restaurados enquanto unidades isoladas, mas sim fazendo parte do todo do quarteirão, onde as fachadas devem compor conjuntos arquitetônicos homogêneos e integrados ao entorno.

d) O PLANO DE REABILITAÇÃO DO BAIRRO DO RECIFE

A Cidade do Recife elaborou um Plano de Revitalização de sua área central que, numa fase inicial, está se concentrando na reabilitação

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