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RESENHA - ABORDAGEM BUROCRATA

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Por:   •  7/5/2014  •  995 Palavras (4 Páginas)  •  324 Visualizações

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A teoria da burocracia, de modo amplo, busca, em síntese, uma doutrina aplicável a todos os modelos de organizações, analisando o crescimento do tamanho e da complexidade das empresas. Tem como pressupostos: a racionalidade, adequação dos meios aos fins, além de buscar a máxima eficiência.

E por que é relevante estudar a teoria da burocracia? Primeiramente, porque pode-se considerar a fragilidade e parcialidade da teoria clássica e das relações humanas; depois pelo crescimento acelerado no tamanho e complexidade das organizações; pela necessidade de um modelo de organização racional; e, finalmente, pelo ressurgimento da sociologia da burocracia de Max Weber.

A teoria Weberiana se assemelha à teoria clássica, tento em vista que enfatiza a eficiência técnica e a hierarquia estruturada da organização, pois superioridade técnica – em termos de eficiência – do tipo burocrático de administração serviu como uma força autônoma para impor sua prevalência.

Segundo Ramos (1983, p. 192), “Max Weber fundou uma tradição de estudos sociológicos sobre burocracia e burocratização que até o presente se pode reconhecer, entre outros, em trabalhos de Talcott Parsons, Reinhard Bendix, Peter Blau, Seymour Lipset, Alvin Gouldner, Amitai Etzioni, Fred Riggs, S. N. Eisenstadt”. Ressaltando ainda que todos os citados autores perfilham um conceito positivo de burocracia, de inspiração weberiana.

Weber (1982) descreve as organizações burocráticas de uma perspectiva dimensional, enumerando uma série de atributos organizacionais que, reunidos, constituem a forma burocrática da organização. Essas dimensões são: divisão do trabalho, hierarquia de autoridade, normas extensivas, separação entre administração e propriedade e salário e promoção baseados na competência técnica.

Pugh e Hickson (2004) consideram que a principal contribuição de Max Weber para os estudos organizacionais foi a sua teoria sobre as estruturas de autoridade, a qual apresenta três tipos de autoridade e de sociedade, que são: (1) tradicional; (2) carismática; e (3) legal, racional ou burocrática.

Weber (1982) apresenta vantagens técnicas da organização burocrática, para o mesmo, categoricamente, a razão para o progresso da organização burocrática foi está centrada na superioridade puramente técnica sobre qualquer outro modelo de organização. Enfatizando pontos como “a precisão, velocidade, clareza, conhecimento dos arquivos, continuidade, discrição, unidade, subordinação rigorosa, redução do atrito e dos custos de material e pessoal” atingem o ponto ótimo quando uma administração é baseada rigorosamente modelo burocrático (WEBER, 1982, p. 249).

Ramos (1983, p. 37) recorre a Weber para definir a ação administrativa, uma vez que o autor considera que o conceito weberiano ganhou a categoria de verdadeiro modelo, ao lado, por exemplo, de Mooney e Reiley, e “na sua perspectiva, são levados a efeitos levantamentos, pesquisas, indagações e análises, cujos resultados servem para orientar concretamente o trabalho de organização e administração”.

Os processos administrativos estão contidos nos princípios da burocracia e são considerados decisórios, uma vez que consistem no isolamento de certos elementos nas decisões dos membros da organização. Simon (1965, p. 8) exemplifica que “se a tarefa do grupo consiste em construir um barco, começa-se pela preparação do desenho, o qual uma vez aprovado pela organização, passa a limitar e guiar as atividades das pessoas que efetivamente o constroem”.

Simon (1965, p. 9) acrescenta ainda que “as decisões que a organização toma pelo indivíduo consistem na especificação de suas funções, na distribuição da autoridade e no estabelecimento de tantos limites à sua faculdade de agir quantos sejam necessários para coordenar as atividades de numerosos indivíduos nas organizações”.

Mesmo com suas incontestáveis contribuições, a burocracia sofreu críticas de alguns estudiosos. Crozier (1981, p.260), que citou que “March e Simon afirmaram que o pensamento de Weber sobre a burocracia correspondia, no fundo, às ilusões racionalistas de primeira época da organização científica do trabalho”, afirmando ainda que esta afirmação é um pouco “forçada pelo próprio Weber, mas pode ser perfeitamente também aplicada a Michels e aos analistas revolucionários da burocracia”.

Crozier (1981, p. 260) acrescentou ainda

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