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RESENHA ACADEMICA DESCRITIVA FRANÇOIS LAPLANTINE

Por:   •  27/1/2023  •  Resenha  •  1.043 Palavras (5 Páginas)  •  62 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

AUTORIZAÇÃO N.º 9293/86 – RECONHECIMENTO: PORTARIA N.º 909/95,DOU 01.08.95

UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - UNEAD

GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA

UNEB DEDC CAMPUS XV- VALENÇA

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COMPONENTE CURRICULAR: ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO

DOCENTE ORIENTADOR: ANTÔNIO COSME

DISCENTE: JOANILSON SOUSA DE JESUS (MATRÍCULA: 11D220450)

EQUIPE: ANGÉLICA LOPES E JOANILSON SOUSA

DATA DE ENVIO (AVA): 14/ 01/ 2023                                      PERÍODO: 2022.2                                                 

 

RESENHA ACADEMICA DESCRITIVA

FRANÇOIS LAPLANTINE.

Aprender Antropologia.

 São Paulo, Brasiliense. 2003.

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Aprender Antropologia é uma obra de grande relevância de autoria de François Laplantine, professor de Etnologia da Universidade de Lyon II, acerca das principais características metodológicas e dos marcos históricos de construção da antropologia.

No Brasil, o escrito teve a sua primeira edição em 1988 pela Editora Brasiliense e se encontra organizado em prefácio, escrito pela professora Maria Isaura Pereira de Queiroz (São Paulo, 26 de agosto de 1918 – 29 de dezembro de 2018), e vinte capítulos que se dispõem em três partes temáticas, a saber: (I) Marcos para uma história do pensamento antropológico; (II) As principais tendências do pensamento antropológico contemporâneo e (III) A especificidade da prática antropológica.

Nesta resenha, fez- se a análise do primeiro capítulo intitulado como “A Pré-História Da Antropologia” que por sua vez encontra-se segmentado em três subcapítulos. Estes são:  Parte geral - a descoberta das diferenças pelos viajantes do século e a dupla resposta ideológica dada daquela época até nossos dias, 1.1 - A Figura Do Mau Selvagem e Do Bom Civilizado e o último é 1.2, A figura do Bom Selvagem e do Mal Civilizado.  

No subcapítulo “a descoberta das diferenças pelos viajantes do século e a dupla resposta ideológica dada daquela época até nossos dias”, Laplantine analisa o engendramento da antropologia numa ordem cronológica. Inicialmente, o autor parte do século XIV, período das Grandes Navegações, e busca avultar os frequentes choques de estranhamento entre os nativos americanos e os colonizadores europeus. O Escritor deixa ainda evidente o surgimento de ideologias dualistas e dicotômicas que permearam a Europa durante o século XVI e eram defendidas por Bartolomeu Las Casas e Juan Ginés de Sepúlveda. Laplantine destaca que enquanto Sepúlveda tinha uma visão de alteridade dos povos nativos como seres inferiores, Las Casas os reconhece como sujeitos de direitos, postura essa que lhe rendeu, a então época, o título de primeiro reformador social europeu. A partir das ideologias expostas, o autor do livro busca trazer à tona nos subcapítulos seguintes a visão estereotipada que foi construída pelos antropólogos espontâneos sobre a percepção de alteridade.

No excerto “A Figura Do Mau Selvagem e Do Bom Civilizado”, o escritor deixa claro que, de maneira geral, as diferenças existentes entre as sociedades nunca foram algo bem vistas entre elas, notadamente quando esse olhar se dava a partir de uma visão eurocentrista. Para exemplificar essa situação, Laplantine faz duas comparações: uma na idade antiga em que os povos gregos consideravam bárbaro (inferiores) tudo que fosse alheio a sociedade helenística e outra na Idade Moderna em que as sociedades pós-renascentistas consideram selvagem tudo que fosse exterior ao seu projeto de humanidade. É diante desse contexto que os nativos da América e mais posteriormente da África foram considerados como desprovidos de humanidade, pois eram compreendidos como os “sem religião”, “sem moral”, “sem linguagem inteligível” etc. Ainda nessa parte da obra, o autor evidencia que a concepção de inferiorização do outro não ficou apenas no passado e, infelizmente, permanece presente até os dias atuais.

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