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A RESENHA ACADÊMICA

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Por:   •  23/9/2013  •  Seminário  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  393 Visualizações

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A RESENHA ACADÊMICA

Em consonância com o resumo, a resenha também se caracteriza como texto que

apresenta informações selecionadas e resumidas sobre o conteúdo do texto, entretanto

acrescentam a elas comentários e avaliações. Por conta disso, alguns a nomeiam como

resenha crítica.

A condição de produção da resenha acadêmica considera o aluno como o

escritor/resenhista, endereçando o texto a um professor que, por conhecer a obra, avaliará a

capacidade de o estudante ler, compreender e resumir a obra, além de opinar sobre ela.

Nesse sentido, é importante que o resenhista reconheça o plano geral de uma resenha,

apresentado da seguinte forma por estas autoras:

No início de uma resenha, encontramos informações sobre o contexto e o

tema do livro resenhado. Em seguida, o (s) objetivo (s) da obra resenhada.

Antes de apontar os comentários do resenhista sobre a obra, é importante

apresentar a descrição estrutural da obra resenhada. Isso pode ser feito por

capítulos ou agrupamento de capítulos. Depois, encontramos a apreciação

do resenhista sobre a obra. Aliás, é importante que haja tanto comentários

positivos quanto negativos. Finalmente, a conclusão, em que o autor deverá

explicitar/reafirmar sua posição sobre a obra resenhada. (MACHADO;

LOUSADA e ABREUTARDELLI, 2004, p.114)

Os organizadores textuais (conectivos) também são fundamentais para a clareza e a

coerência desse tipo de texto, contribuindo para relacionar as idéias da obra e destacar o

posicionamento do resenhista quanto ao escrito. A seguir vai uma lista com alguns conectivos e

as relações que eles podem estabelecer entre uma ideia e outra:

1. adição: e, nem, também, não só... mas também.

2. alternância: ou...ou, quer... quer, seja... seja.

3. causa: porque, já que, visto que, graças a, em virtude de, por (+ infinitivo).

4. conclusão: logo, portanto, pois.5. condição: se, caso, desde que, a não ser que, a menos que.

6. comparação: como, assim como.

7. conformidade: conforme, segundo.

8. conseqüência: tão...que, tanto...que, de modo que, de sorte que, de maneira que.

9. explicação: pois, porque, porquanto.

10. finalidade: para que, a fim de que, para (+infinitivo).

11. oposição: mas, porém, entretanto, embora, mesmo que.

12. proporção: à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos.

13. tempo: quando, logo que, assim que toda vez que, enquanto.

Ao apresentar a opinião sobre a obra, não é necessário fazê-lo com expressões

explícitas do tipo “eu acho que”, “na minha opinião”, “eu penso que”, pois isso deve ser feito de

modo indireto. Veja como a subjetividade dos resenhistas se manifesta nestes trechos de

maneira implícita:

É um livrete didático, de expressões simples (adequadas a qualquer leitor), carregadas

de intuições e emoções pessoais.

Além de ser resultado de uma acurada pesquisa (...) o livro de Paulo Fontes aponta para

aspectos fundamentais da possibilidade...

Recomenda-se, ainda, que a manifestação da subjetividade do resenhista considere

algumas regras de polidez de modo a não agredir o autor da obra.

Como numa resenha podem ser feitas referências a diferentes vozes no texto, alguns

procedimentos são necessários para realizá-las a fim de distinguir o que é dito pelo autor da

obra do que é dito pelo resenhista, entre os quais destacamos:

a) Expressões que introduzem a voz do autor da obra como “no dizer do autor”, “o livro

se centra”, “a obra tem por objetivo”;

b) Verbos para mencionar o que autor faz ao longo do texto como estruturar, dividir -

para referir-se ao modo como o autor estrutura e organiza a obra; apresentar, desenvolver,

descrever - para referir-se à indicação do conteúdo geral da obra; objetivar, propor-se a – para

indicar os objetivos da obra; sustentar, contrapor, confrontar – para referir-se ao

posicionamento do autor quanto à tese por ele defendida.c) Aspas como recurso gráfico para demarcar reprodução tal e qual da fala do autor do

texto de modo que o resenhista demarque tom irônico em sua afirmação, justificativa de

assertiva ou ainda prova de que baseia a sua fala em trechos da obra resenhada. Esse recurso

ainda pode ser usado para trazer ao texto vozes de outros autores para dialogar com o autor

do texto original, contrapondo idéias.

Em suma, a produção de uma resenha requer de seu escritor a compreensão global do

texto, por isso uma leitura atenta e crítica do texto deve levar em consideração a identificação

dos conteúdos colocados como centrais e secundários pelo autor; o reconhecimento da forma

de organização do texto,

...

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