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Relatorio Licenciatura de Educação Especial

Por:   •  5/7/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.669 Palavras (11 Páginas)  •  21 Visualizações

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 Extensão Curricular

Ano 20XX

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POLO DE PRODUÇÃO CULTURAL E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO MONTE SIÃO

Iris Bruna Rodrigues da Silva

RA 224835

Curso: Licenciatura de Educação Especial

  1. RESUMO – Vivemos uma realidade em que o jovem residente na periferia, além de não ter acesso à cultura e lazer e uma série de direitos, encontra dificuldades de se manter no mercado de trabalho. Frente a esse cenário, propomos a fundação de um Polo de Produção Cultural e Desenvolvimento Socioeconômico com o intuito de profissionalizar as diferentes formas de expressão que emerja do seio popular. Não obstante, o contato com a economia se daria por intermédio da Economia Solidária - uma economia de orientação não capitalista, com fundamentos na solidariedade e no senso de justiça social. Durante a execução do projeto encontramos impasses burocráticos que tiveram reflexos práticos, entretanto, avaliamos o projeto positivamente devido ao volume de adesão. Destacamos nossa preocupação com a realidade que se mostrou perante a juventude periférica, devido ao alto número de jovens com grandes preocupações econômicas que se aproximaram do projeto do polo nos mostra que há uma tendência de sufocar sua individualidade e criatividade por conta da dificuldade de acesso ao mercado de trabalho.
  1. APRESENTAÇÃO

Não é novidade, em nosso país, que os espaços periféricos apresentam grande deficiência nos serviços públicos necessários à vida social. Há precariedade com relação à saúde, educação, segurança, cultura, lazer, etc. (OLIVEIRA, SOARES, BATISTA, 2016).

Os jovens denunciam as várias deficiências no bairro. Sabe-se que o Estado não assume nos espaços periféricos o conjunto de encargos sociais ou serviços públicos necessários à reprodução da vida social, como a saúde, a educação, a moradia, os transportes públicos e etc. Com relação à saúde, especificamente, atribui-se a dificuldade de acesso dos jovens aos serviços de saúde privados ao fato de pertencerem a famílias que não podem pagar e aos serviços públicos as questões estruturais de funcionamento do SUS.

Os jovens têm questionado o governo, a polícia, a escola e o próprio Estado, pela ausência ou escassez de direitos sociais ou de atendimento aos direitos sociais existentes. Esses questionamentos desestabilizam as regras e as normas institucionais aceitas pelas gerações anteriores, confrontando-as e salientando as contradições, e de alguma forma ameaçando a ordem estabelecida (OLIVEIRA, SOARES, BATISTA, 2016).

Corroborando com esse raciocínio Aziz Ab'Sáber (2001) assevera que as populações periféricas tendem a ter péssimas oportunidades de lazer. O autor argumenta que a maior parte desta população não tem um emprego formal, também há escassez de dinheiro para participar dos espaços formais de lazer e cultura da metrópole e as periferias, embora sejam bastante dinâmicas, apresentam uma deficiência na infraestrutura para cultura e lazer do povo periférico (AB'SÁBER, 2001).

Nesse sentido, nossa proposta vislumbra a fundação de um polo cultural e de desenvolvimento socioeconômico com base na economia solidária. Pensado para as periferias brasileiras, especialmente em regiões metropolitanas.

A Economia Solidária é uma corrente de Pensamento e de Ação que visa recuperar o sentido social e ético da economia para enfrentar a desigualdade, a pobreza e a exclusão. Trata-se de um enfoque baseado na autonomia do indivíduo e de sua capacidade de realização. Nesse sentido, pretende incidir sobre as relações sociais consubstanciadas nos intercâmbios econômicos, garantido que estejam de acordo com os direitos e obrigações de todos os envolvidos. A lógica da Economia Solidária é a busca da satisfação das necessidades e não apenas o acumulo de lucros.

O Comércio Justo surge não só como uma alternativa de cooperação comercial para os produtores excluídos dos países do Sul, mas também como um conjunto de práticas que se inserem em uma concepção dos Intercâmbios, rompendo com o paradigma econômico e com a visão Neoliberal. Nesse sentido, apresenta um poder transformador que possibilita estabelecer outros tipos de relação entre produtores e consumidores, baseado na Equidade, na Cooperação, na Confiança e no Lucro Compartilhado.

Trata-se de uma experiência de Solidariedade na Economia, cujos eixos centrais são: a realização de novas formas de intercâmbios econômicos, baseada na Solidariedade, que visem ao desenvolvimento sustentável e justo dos territórios e de seus habitantes; a Cooperação como base e condição dos intercâmbios, o que implica o desenvolvimento da confiança, a transparência nas informações, a justiça e a durabilidade das relações; A sustentabilidade dos intercâmbios, o que pressupõe a incorporação dos custos sociais e ambientais, a serem assumidos de maneira consciente pelos produtores e consumidores; A definição de princípios de normas e de critérios que permitam maior igualdade nas transações comerciais entre os países do Norte e os países do Sul, modificando a convencional Divisão Internacional do Trabalho; O estabelecimento de uma relação mais direta e Solidária entre os produtores e os Consumidores, não só como mecanismo de “barateamento” do preço dos produtos, mas também como um processo de socialização visando a construir um mundo responsável e sustentável; A busca por uma maior Humanização do processo comercial, o que conduz a uma visão da economia centrada no ser humano e NÃO limitada ao Intercâmbio Mercantil e Monetário.

Entende-se por empreendimento econômico solidário aquela atividade de produção (material ou simbólica), distribuição, consumo, poupança e crédito, organizado sob a forma de autogestão. Os empreendimentos solidários distinguem-se dos empreendimentos capitalistas porque tem uma gestão democrática, relações intersubjetivas de trabalho, trabalho em rede, participação cidadã, mutualismo, respeito aos direitos sociais e trabalhistas e superação do trabalho alienado.

As atividades serão organizadas como ações sociais coletivas e/ou individuais a nível profissional, técnico e científico, conforme as necessidades e demandas da comunidade em que nos instalarmos; ações programadas e organizadas de forma continua, horizontal e democrática que se utiliza da arte como: Música, Pintura, Grafitte, Arquitetura, Artes Visuais, Teatro, Dança, Sarau Literário, Intercâmbios socioeducativos e Culturais, etc. no processo de instrumentalizar programas e atividades de fomentação, pesquisa, acesso, formação cultural e pedagógica, a cidadania e a solidariedade definitivamente como manifestação do desenvolvimento econômico, cultural e social.

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