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Relação Entre A Violência E O Mal Estar Na Civilização - Freud

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Por:   •  4/2/2015  •  993 Palavras (4 Páginas)  •  465 Visualizações

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Diante de uma atualidade em que a busca pelo bem estar social e pelo lucro se evidencia, a civilização atual se mostra eivada intensamente de problemas sociais. O indivíduo, desde os tempos mais remotos, preocupa-se com a sua imagem na sociedade, almejando se tornar o ser superior, alcançar a riqueza suprema por mais longe que ela possa estar e buscar, sem dúvidas, a proteção do seu seio, do seu âmbito familiar, o melhor desenvolvimento para os seus descendentes e companheiros.

Nesse sentido, ao passo em que nenhum indivíduo se conforma com a inferioridade no meio social, exsurge os mais variados conflitos dentro de uma mesma civilização, eis que apenas os bons se destacam e conseguem atingir o objetivo da riqueza, do bem estar e do sucesso. Os demais, mesmo lutando com todas as forças que lhe são possíveis, em certos momentos carecem de meios para se atingir o ápice social, restando o mundo da pobreza, do insucesso e do esquecimento nas margens da periferia.

O Estado, dessa forma, criado foi para figurar como uma espécie de “pai” em que, com suas determinações e leis, busca abarcar todas as classes sociais, tentando igualar os mais desamparados, mas concomitantemente, fazendo evidenciar uma maior disparidade na desigualdade, agindo assim de forma ambígua.

Pelo desejo abissal de um grande futuro cercado de riquezas, ao cidadão resta apenas trabalhar, se esforçar, se dedicar, suar. Nada caíra dos céus, nada virá de graça, e caso o indivíduo deseje sucesso, deverá passar por todas as etapas possíveis do chamado “desprazer”.

Sim, para Freud, no seu livro o “Mal Estar da Civilização”, em tudo que seja bom e prazeroso, sempre existirá uma contrapartida, que será o trabalho árduo, o sofrimento, o chamado desprazer. Nesta linha de raciocínio, em meio ao desenvolvimento extremo da sociedade e a busca incessante pelo lucro exacerbado, presumir-se-á sempre um desconforto social que consistirá no sacrifício que o sujeito terá que submeter-se para ter sucesso em sua jornada. Destarte, é perceptível que o verbo trabalhar não se mostra como sendo algo intrínseco do ser humano, mas sim como uma forma de dar uma resposta ao meio social, ou seja, a própria civilização impõe ao sujeito a repressão coletiva caso este não busque a notoriedade que lhe é esperada.

Segundo o raciocínio de Freud, o cidadão jamais estará confortável no meio em que vive, visto que sempre jazerá permeado pela pressão social. Vige um eterno conflito entre os impulsos do homem e os dizeres da sociedade que sempre o estará limitando. Mesmo assim, o sujeito de direitos busca a figura do Estado para que este possa amenizar essa situação de sofrimento constante, fornecendo meios que supram, ao menos em parte, a restrição aos seus instintos. De fato, não há que se discutir que a sociedade atual é detentora de muito menos problemas do que os tempos passados, pois que o Estado, de certa forma, se mostra mais preocupado com o indivíduo, buscando sempre garantir os direitos fundamentais que hoje são inerentes à maioria das civilizações e tipificados nos ordenamentos. Hoje, o mal estar social se amolda em um novo perfil do que o da época de Freud, mais associado ao modernismo, questões como o desemprego, a fome, a insuficiência de recursos, a falta de um lar, gerando a insegurança e até mesmo doenças psíquicas que assolam a sociedade, como síndrome do pânico, depressão, entre outras.

No entanto, atualmente, um problema social se destaca em meio aos demais: a violência. Este mal que assola todo o mundo é o responsável pela criação das tensões psíquicas atuais dos homens, causando intencionalmente a intimidação moral do ser vivo, invadindo,

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