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Resenha O Nobre Deputado

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Por:   •  23/11/2014  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  1.298 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

O Nobre Deputado

Marlon Reis

A obra é de Marlon Reis que faz um relato chocante a respeito do nascimento, crescimento e perpetuação de corrupto na política brasileira. Está dividida em duas partes:

A parte I é intitulada “De onde vem o dinheiro”, composta de seis itens.

O primeiro item é: “O político, um incompreendido?” expõe as entranhas da política, as visões distorcidas, disseminadas para bajular os que pensam que elegeram alguém, que na verdade é funcionário do partido e presta serviços à nação, devendo obediência às suas lideranças partidárias, às quais definem os rumos de sua carreira.

Conta que os líderes do partido são os chefes dos políticos não o povo. Os políticos não devem obediência os cidadãos, mas o povo não entende isto. O trabalho do político é pautado por interesses do povo: país, Estado, cidade, amigos, família, interesses próprios.

Explica que na política não há lugar para ingênuos e sonhadores; que ela é movida a dinheiro e poder. Nas eleições o poder arrecada o dinheiro que alça os candidatos ao poder. Vence quem paga mais. Quem ingressa com ilusões de mudança são cuspidos pelo sistema.

O item dois é intitulado: “O assalto ao orçamento” onde mostra que a política é uma arte que desafia a ciência. Os deputados tem a prerrogativa de alterar o conteúdo da União. Um único parlamentar pode injetar alguns milhões de reais no orçamento e designar o destino da aplicação da verba. As emendas são a chave da próxima eleição, o financiamento público de campanhas e ao definir o orçamento já fixa as verbas que irão parar nas entidades e prefeituras amigas e parte significativa do dinheiro das emendas retornam para a campanha eleitoral. As emendas são úteis para quem está do lado do poder.As pessoas veem esta prática como algo de correto e os recursos são canalizados. Esse é o padrão da política brasileira. Era assim e vai continuar sendo.

Na política também há calote, pois alguns prefeitos não pagam a parcela do deputado e isto é declaração de rompimento político. Quem leva um calote o compensa cm desvio total do dinheiro destinado a outra obra.

O item três “Convênios inconvenientes” informa a existência de bilhões de reais espalhados por ministérios, governos estaduais e outros órgãos estatais. Para chegar a esse dinheiro, usam os convênios, destinando para entidades e prestadores de serviço e muitas vezes, esses destinatários nem existem e quando existe, não recebe a totalidade desses recursos. Também não se aprovam projetos para não gastar o dinheiro e o deputado deve ir atrás desses recursos financeiros e desviar toda a verba e até fotos de obras fictícias aparecem.

No item quatro “As licitações viciadas” apresenta como ocorre esse negócio das licitações que nunca conduzem de forma a contratar o melhor projeto e os resultados são combinados entre as partes interessadas. As obras das empresas que venceram as licitações públicas não terminam a obra e não fazem do jeito combinado. O projeto é modificado para reduzir custos. Fazem tudo pela metade e até menos. Muitas vezes a obra nem sai do papel, mas o dinheiro sempre sai dos cofres públicos e para nas contas bancárias dos deputados.

A participação das empresas no processo licitatório é só pantomima. A empresa que perde uma licitação ganha a próxima, pois o trabalho é um esquema de rodízio. O mesmo grupo de empresas participa das licitações. Outras empresas não vencem licitações. A Lei das Licitações é boa, mas a realidade não é tão boa quanto a Lei.

O item cinco “Um assunto privado” destaca que por detrás de emendas, convênios e licitações, existe relação de vaivém, vínculo de troca com as empresas. As empreiteiras são s maiores aliadas dos políticos, sendo as grandes doadoras, mas o montante entregue ao político na campanha volta multiplicado quando ele se apossar do cargo público como compensação pelos riscos apostando no candidato.

Alerta que a comunidade política não inspira credibilidade e não merece que alguém mexa no próprio bolso para ajudá-la. Usam o tal caixa três para tornar o dinheiro invisível, pois este nem passa pela conta do candidato ou de alguém ligado a ele.

O último item da primeira parte é “Agiota, o mal necessário” é aquele que oferece o dinheiro para a campanha, ficando sócio do dinheiro público como um parasita sugando a administração durante o mandato do político hospedeiro. Na agiotagem política o lucro é desproporcional. A taxa de juros varia de 10% a 20%. Quem comanda a agiotagem é gente graúda e tem agiota que é deputado. O sujeito que opera agiotagem política, não quer que o cliente pague a dívida de uma vez, exigindo

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