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(Resenha) O Show De Truman

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Por:   •  20/3/2015  •  1.214 Palavras (5 Páginas)  •  1.463 Visualizações

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Show de Truman e o Comercialismo

Introdução

O Show de Truman é um filme de Peter Weir dirigido em 1998, e conta a história de Truman, um vendedor que descobre que sua vida é um programa televisivo. Vivendo em Seahaven, um gigantesto estúdio imitando uma cidade, Truman convive diariamente com 5.000 câmeras, sem saber de 4f83ewsuas existências. Guy Debord é um escritor francês e escreveu o livro A Sociedade do Espetáculo em 1967, que trata sobre a realidade como espetáculo. Através desse trabalho, analisarei diversos aspectos do filme em comparação à realidade e procurar fazer um pararelo entre o pensamento do comercialismo atual e o livro de Debord.

Truman e a Realidade

Nossas realidades não são muito diferentes da de Truman: ambas são baseadas em rotinas. Aliás, poderiamos afirmar que a vida de Truman em Seahaven é muito boa: uma mulher amorosa e perfeita, vizinhos simpáticos, uma bela casa e uma vida financeira controlada. Mas na vida de Truman não existia autencidade. Christof, criador do programa (cuja analogia a Deus é claramente vista pelo seu nome), controlava a vida de Truman nos mais diversos aspectos, em que sua utopia, Seahaven, era o lugar perfeito para pessoas perfeitas. Mas Truman não compartilhava a visão de perfeição de “seu criador”, o que transformava esse paraíso em uma distopia. Da mesma forma, vivemos em um mundo controlado por autoridades, em que o progresso é mostrado de forma inválida (através de dados mentirosos) e somos obrigados a seguir um modelo de vida imposto pela nação com o maior poder. Afinal, nos utilizamos de sistemas ou vivemos em sua função? Langdon Winner , pesquisador sobre tecnologias, observa que, após a introdução de um sistema ao mundo, é a sociedade que se adapta a ele, e se você não enquadra a esse sistema, consequências serão sofridas. Truman, ao tentar fugir do sistema, quase foi afogado. Da mesma forma, nossa sociedade atual está presa em sistemas únicos que sofrerão consequências. A internet, por exemplo, é uma obrigação ser do conhecimento de todo ser humano economicamente ativo na sociedade. Aqueles que negam esse conhecimento são isolados da sociedade e estarão sujeitos a uma vida sem progresso econômico e social.

É importante afirmar que o padrão imposto às nossas vidas gera em torno do lucro financeiro. O comercialismo, então, se mostra como recurso importante para esse controle. Em certo momento do filme, Christof explica que o universo de “O Show de Truman” teve suas origens na venda de produtos, portanto, é um universo ilusório. Em pararelo com nossas vidas, somos apresentados à dezenas de promessas todos os dias, a maioria exacerbadas ou mentirosas. É aquele produto que tem o poder de deixar nossa pele perfeita ou a torradeira que transforma uma torrada em um manjar dos deuses e anima o seu dia. Somos levados a acreditar que nossas vidas são perfeitas, e essa é a maneira de controle mais eficiente que existe.

Assim, podemos concluir que Truman viveu em uma constante rebelião. Truman sempre quis ir além de Seaheven, mas a morte do pai o afastou desse caminho. Quando Truman retorna a seu sonho, Christof o confronta e mostra à Truman a “realidade” que ele criou. Truman responde: “Você nunca teve uma câmera em minha cabeça”. A produção dos bens de consumo na atualidade é feita para os consumidores e em consequência deles - Eles são determinados por seu caráter industrial de um lado e seu caráter de consumação diário de outro. O conhecimento do público é uma importante ferramenta para a venda de produtos, e Christof conhecia Truman. Mas o criador não era um ser sobrenatural - Seu limite era as câmeras. Os sonhos, emoções e pensamentos de Truman eram desconhecidos em sua totalidade, e Christof baseava o universo à Truman através de seu conhecimento dos seres humanos. Igualmente, muitas vezes somos tratados como massas pelo comercialismo, o que é chamado de indústria cultural (e a produção dessa indústria não são apenas produtos físicos, mas ideologias). Mas junto com esse processo, a despersonalização da produção cultural surge, fazendo com que a indústria cultural necessite sempre de unidades individualizadas. Quanto mais a indústria cultural se desenvolve, mais ela apela para a individualização, mas tende também a padronizar essa individualização (lembrando que a padronização não causa, necessariamente, a desindividualização). Ao mesmo tempo, ela não é estável nem parada, mas se modifica a cada obra nova, segundo relações de forças singulares e detalhadas. Mas a modificação

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