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Resenha do Filme: O show de truman

Por:   •  12/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  558 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O show de Truman (O show da vida), é um filme que conta a história de Truman, um homem que teve sua vida, desde o nascimento, filmada e transmitida em um programa ao vivo exibido vinte e quatro horas por dia sem intervalos comerciais. Sem que soubesse, todos os seus movimentos eram controlados por câmeras, assim como o clima, em um enorme cenário, onde vivia cercado por atores e figurantes. Para não sair do cenário e impossibilitá-lo de viajar, o diretor fazia notícias falsas cercando-o, dizendo sobre péssimas condições no clima impedindo viagens, entre outras. A direção tinha total controle sobre a vida de Truman fazia pessoas entrar e sair dela facilmente, procurando controlar suas emoções, provocar traumas, escolhas pessoais e outros para conseguir audiência. Conhecendo a história do filme iremos relacionar com as teorias da comunicação e contextualiza-las com partes de textos dos seus principais autores.

Show de Truman provoca questionamentos com relação ao telespectador à mídia e o poder que pode exercer sobre a vida de uma pessoa.  Na história Truman tinha todos os dias muito iguais, encontrava as mesmas pessoas, que faziam as mesmas coisas, usavam as mesmas roupas, acessórios e faziam a mesma interpretação, dessa forma podemos analisar a presença do “Modelo da agulha hipodérmica'' que  ''punha em extrema vantagem a fonte emissora, relegando o receptor a uma condição de integral passividade” (Modelos Teóricos da Comunicação, pág. 84) onde os emissores, no caso do filme o produtor, passava todos os dias a mesma mensagem de forma uniforme levando em conta que ele não teria uma reação adversa. E nesse mesmo sentido também temos a percepção dos telespectadores que eram presos a televisão pelo programa ser exibido 24 horas por dia sem intervalos, eram viciados no programa, deixavam muitas atividades diárias de lado, perdendo o contato mútuo, a busca pelos seus ideais e conhecimentos profissionais, estudantis, sociais e outros, como por exemplo as duas mulheres deixam o bebe chorando para assistir ao programa, como também o homem que não sai da banheira nem para dormir, todos assistiam e eram manipulados por ele.

Ainda analisando a história de Truman, diariamente ele comprava seu jornal e ouvia rádio, que eram dois meios de comunicação utilizados para se informar, e assim podemos perceber partes da teoria Funcionalista.

  “Os meios de comunicação dispersavam mensagens cujos teores, forma geral e simbologia era preciso conhecer, até porque tais meios poderiam ser funcionalmente utilizados para a correção de “disfunções” sociais. Além disso, como o sucesso da psicologia behaviorista e a tradição do pragmatismo filosófico, haviam recobrado ânimo as ideias de que o ser humano pode ser “condicionado” pelo uso recorrente de estímulos, como imagens fortes, opiniões enfaticamente expressas, narrativas míticas, anedotas bem contadas etc. Para tanto, basta codificá-las bem e canalizá-las de maneira adequada. Os efeitos são previsíveis” (Modelos Teóricos da Comunicação. Pág. 87)

Conforme diz também o paradigma de Lasswell o ato de comunicação pode ser descrito com; Quem diz o quê, por que meio, a quem e com que efeito?

Tendo conhecimento de todas as interrogativas do paradigma o produtor sabia o que dizer, qual meio usar, e qual efeito a mensagem causaria, dessa forma manipulando a vida de Truman que tinha uma função muito importante que era manter uma boa história para aumentar a audiência.

Analisando pela perspectiva de quem assistia ao programa, as marcas usando o paradigma de Lasswell aproveitavam a grande audiência e influência dos personagens para atingir seus públicos com diversos anúncios, quase tudo que estava em cena era comercializado, imóveis, roupas, produtos, os próprios atores faziam os anúncios como Marlon que era o amigo de Truman sempre levava a cerveja em diversas situações, Meryl sua esposa mostrando o aparelho multi-funcional, e até mesmo o próprio Truman era utilizado para vender quando consumia algum dos produtos ofertados, e eram essas propagandas que mantinham o programa.

Como foi conversado em sala de aula havia essa dependência de quem está recebendo a informação, assistindo ao programa para mantê-lo na programação, conseguimos perceber também outras formas de anúncios que eram  os cartazes que apareceram nas cenas de entrada do trabalho, quando dois ‘’clientes’’ paravam Truman diariamente em frente a eles, esses que já fazem parte de outros modelos de comunicação além do rádio, televisão, e eram estudados principalmente pela Escola Sociológica Europeia.

A Escola de Frankfurt é representada no momento em que primeiro duas garçonetes do bar estão abraçadas e emocionadas, assistindo ao programa de costas para os clientes do bar. Neste ponto, nota-se que as duas garçonetes estão ali paradas “consumindo” um produto da indústria cultural, No mesmo sentido, vêem-se as duas senhoras em casa, onde uma delas está abraçada com uma almofada que traz a estampa do rosto de Truman. Nesta cena mostra como a indústria cultural lucra a partir de outros produtos, fora o merchandising do programa. Neste caso foi a almofada com o rosto de Truman.

Por uma outra perspectiva o próprio programa em si faz parte dessa escola, já que visa total lucro financeiro e alcança toda a massa.

Como explica o texto ‘’O conceito de ‘’indústria da cultura’’ se destinava a análise crítica da produção de bens simbólicos, em escala industrial. A produção em série, e a produção publicitaria acarretaram a homogeneização dos padrões de gosto, proporcionando uma deterioração da Kultur genuína. A racionalidade técnica havia subordinado os fatos de cultura a um princípio de serialização e a uma padronização, ‘’massificando-os’’. Criava, formentava e obtinha uma expressiva aceitação para ‘’produtos culturais’’.  Conceito-chave da proposição frankfurtiana, a ‘’ Industria da Cultura’’ era viva ilustração e ardorosa denúncia do processo capitalista mercantilização de artefatos culturais. (Modelos Teóricos da Comunicação, pág. 112.)

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