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Resenha do Livro Crítica da imagem Eurocêntrica de Ella Shohat e Robert Stam (Capítulo: Estereótipo realismo e luta por representação)

Por:   •  28/6/2019  •  Resenha  •  888 Palavras (4 Páginas)  •  909 Visualizações

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Estereótipo realismo e luta por representação

(Shohat, Ella; Stam, Robert)

O capítulo apresentado nessa resenha e intitulado: Estereótipo realismo e luta por representação, faz parte do livro Crítica da Imagem Eurocêntrica de Ella Shohat e Robert Stam (2006). Antes de tudo me propus a buscar o significado da palavra estereótipo: “Concepção baseada em ideias preconcebidas sobre algo ou alguém, sem o seu conhecimento real, geralmente de cunho preconceituoso ou repleta de afirmações gerais e inverdades" (DICIO, 2018). A partir da definição desse conceito é possível entender do que se trata o texto, que discute sobre as representações e ideias postas nos filmes, que tem o poder de influir na imagem que fazemos do outro. O assunto é abordado de maneira dinâmica, utilizando referências de filmes para exemplificar o assunto tratado. Logo no início do capítulo, os autores debatem sobre a questão do realismo, considerando que o universo cinematográfico traz à tona visões da vida real, tanto de tempo e espaço, quanto das relações sociais e culturais (p. 263). Assim, deve-se atentar não apenas para a fidelidade de uma verdade ou a realidade preexistente, mas para a imposição de discursos ideológicos e perspectivas coletivas. Outra questão a ser considerada, é “Que histórias são contadas? Por quem? Como elas são produzidas, disseminadas, recebidas? Quais são os mecanismos estruturais da indústria cinematográfica e dos meios de comunicação?” (p. 270). As respostas se dão através de argumentos, os quais, muitos de nós não paramos para analisar, como os enredos de filmes que são articulados e exibidos de maneira a expor culturas ou modo de agir que não representam a realidade e que resultam em uma estereotipagem de grupos inteiros. Além disso, é preciso considerar que os filmes, produzidos em Hollywood e em países de Primeiro Mundo, seguem a uma ordem “classista”, é preciso grande poder econômico, enquanto os países de Terceiro Mundo

sofrem com verbas reduzidas, segundo os autores o orçamento gasto em um filme de Hollywood é o que se gasta em décadas na produção de filmes em outros países. Ainda, existe a questão das vantagens que esses países tem sobre as mídias de notícias e informações, onde a publicidade dos filmes chega antes mesmo de serem lançados; e a discriminação e desvalorização por partes de muitos países de terceiro mundo de suas próprias produções. A escolha do elenco também reforça a questão da dominação, principalmente em relação aos negros, que por muito tempo eram representados no cinema por brancos pintados, outro exemplo são os papéis indígenas que por muito tempo não foram representados por índios. As mesmas questões de representação ocorrem em relação a língua, que é um símbolo importante da identidade, para Shohat e Stam “[...] as línguas estão no centro das hierarquias culturais do eurocentrismo” (p. 281), a exemplo, o inglês, é posto de maneira dominante, como uma língua universal. Shohat e Stam também discutem sobre a representação étnica/racial de comunidades oprimidas no cinema de Hollywood, apresentando um levantamento feito por David Bogle sobre as representações do negro no cinema, identificando cinco estereótipos principais: o empregado servil; o negro ingênuo; o “mulato trágico”: representado geralmente por uma mulher vítima de herança racial dupla; a “Mammy”: figura da empregada negra, gorda, falante e de bom coração que cuida da família como se fosse sua; e o negro brutal e hipersexualizado. Esse tipo

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