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Resenha do Livro “O Que é Ética”

Por:   •  3/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.173 Palavras (5 Páginas)  •  217 Visualizações

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Resenha do livro “O Que é Ética”

    Devido a dificuldade de definir a palavra ética, o autor se limita à seguinte definição:” a ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento”.

    A ética também pode ser definida como uma ciência especulativa que trata por exemplo da liberdade propriamente dita. O estudo da liberdade pela ética é composto de questionamentos tais como: se existe a liberdade, como ela deveria ser aplicada praticamente, bem como os problemas vinculados à liberdade. Como o conflito eterno entre o bem e o mal e moral contra lei.

   Didaticamente os problemas da ética são separados em: gerais e fundamentais (como liberdade, consciência e lei) e em problemas específicos como: ética profissional, ética política e etc.

    Nesse ponto podemos observar a diferença da ética para os outros ramos do saber, na medida em que a problemática da ética é apresentada mista de  vários aspectos sociais, não podendo ser estudada separadamente. Um exemplo disso é: subornar um policial seria um problema apenas ético, apenas econômico ou os dois?                

    Além do lado interdisciplinar da ética, há o lado específico que é absolutamente fundamental.

    No estudo dos costumes vemos que eles mudam constantemente e, que algo que é aceito em algum lugar pode ser extremamente rejeitado não muito longe dali. Sendo assim, “ a ética não seria uma simples listagem das convenções sociais provisórias? “

    Na verdade, um comportamento ético seria nada mais que algo convencional aceito moral e socialmente pelos costumes vigentes e, aquele que se comportasse de maneira discrepante indo contrariamente aos costumes aceitos estaria no erro sujeito a receber até mesmo o título de antiético.

   Mas além dos costumes, os próprios valores se modificam em função do tempo e espaço em que se inserem. Os votos das sociedades antigas não os mesmos das de hoje, por exemplo. Max Webber afirma que essa ética seria abstrata e não acessível à todos. E é justamente essa necessidade de conhecer  essa ética que leva pesquisadores a procurarem um contexto universal e claro de ética que se encaixe na mudança dos costumes e dos princípios mais diversos e universais como a igualdade de gênero.

   Pensadores como Sócrates e Kant questionaram a moral vigente em suas épocas , desde as leis absolutas até a criação da “ Fundamentação Metafísica  “ de costumes: eu devo proceder de maneira a tornar a minha moral universal. Nesse ponto é importante uma reflexão pessoal sobre os estudo da ética, se seria melhor criar uma moral provisória para cuidar das questões  práticas ( abrir mão da teoria e se preocupar com assuntos técnicos como: vida profissional, família), ou simplesmente seguir a maré que o sistemas nos propõe?

  Em uma breve análise da história, vemos que vários foram os pensadores e várias as respostas para essa pergunta, bem como para a definição de ética e moral propriamente ditas.

    Primeiramente, Platão afirma que todos os homens buscam a felicidade, e por isso, deveriam dedicar suas vidas na busca pelo mundo das idéias, onde estaria a verdade ( moral) e a felicidade.

    Pós Platão, Aristóteles, partindo da correlação entre bem e mal propõe que: há um bem para cada pessoa, e , o bem máximo é a somatória de vários bens como: amizade, saúde, riqueza, de maneira que sem esse conjunto de bens específicos baseados no indivíduo, não haveria felicidade.

   Quando estudamos a Grécia Antiga, vemos que os gregos procuravam ter uma vida baseada no bem, na virtude e na harmonia com a natureza. Isso seria na verdade, a tentativa do homem em se assemelhar aos deuses, uma vez que os deuses para os gregos eram personificações das forças da natureza.

   Por falar em deuses, o livro cita que, Jesus Cristo, em um” aperfeiçoamento das leis do Antigo Testamento “ trás o novo mandamento do amor. Mas esse mandamento trazia coisas muito difíceis de ouvir e praticar como o perdão. Aproveitando dessa dificuldade do homem em seguir o perfeito mandamento do amor, falsos moralistas utilizaram de religiões criadas por eles próprios para espalhar a sua própria definição de ser bom, ser virtuoso, bem como sua concepção infiel de ética.

   Em decorrência disso, surgem duas teorias que tentam correlacionar a religião com a filosofia: a concepção racionalista: que afirma que a ideia de liberdade do homem é uma ilusão, a concepção racionalista: que se preocupa em encontrar formas corretas de agir moral, ligadas aquela noção inicial de moral ( sinônimo de ética): aquilo socialmente aceito nos moldes da sociedade, geografia e tempo as quais estão inseridas e a concepção utilitarista: a qual diz que bem é o que traz vantagens a todos, adepta da visão pragmática ( ignorar a ética e apelar para resultados práticos e imediatos).

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