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Resumo Do Filme Orquestra

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Por:   •  24/4/2013  •  471 Palavras (2 Páginas)  •  643 Visualizações

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O filme inicia com a demonstração exaltada dos egos dos instrumentos musicais incorporados nos personagens. Encontramos todos os tipos que habitam as organizações contemporâneas com as máscaras e alegorias musicais. O louco, a fútil, o autoritário, o saudosista... Cada músico fala do seu instrumento e da sua experiência e enfatiza a importância de sua participação na realização do concerto. Todos são protagonistas.

O cenário é perfeito para a representação do espetáculo. Uma capela centenária com túmulos e o ensaio do que estar por vir com as ruínas do que fora outrora. A morte contracena com a vida na afinação dos instrumentos. Fellini dirige a possibilidade de ensaio diante da apresentação única do viver.

A batuta rígida do maestro duela com as determinações sindicais. Os músicos desafiam os direitos quando almejam o estrelato e seguem rigorosamente o convencionado ao contrariar as determinações do regente. O maestro exaspera suas frustrações em palavras ríspidas e desnecessárias, a orquestra atravessa a regência com descaso e ironia, o sindicalista aproveita o tablado para representar sua autoridade, os antigos copistas.

Intervalo. O maestro confessa como se sente ridículo: “me sinto um fantasma”... Contudo, logo reassume o personagem, com soberba, diante das câmeras de televisão para afirmar que a música é o mundo e ele, quando está na regência, sente-se dono do mundo... Não! Sente-se um sargento sem autoridade... O olhar apático denuncia o espectro do morto.

Retorno sem luz. À sombra das velas, as paredes assumem o horror dos insultos e ressentimentos, expressos nas máculas da construção monástica, contra qualquer autoridade. Estrondos fragilizam os sons, mas os músicos estão contagiados numa rebelião desordenada e não percebem nada além do que a orquestrada revolta. O chão de todos está abalado. O que esperam? Qual o objetivo almejado com tanta agressividade?

Uma revolução, um golpe... Alguns músicos colocam um enorme metrônomo no lugar do regente, a automação da arte, a minimização do homem... Outros protestam contra qualquer tipo de disciplina. A morte do encanto da música, a subestimação do dom, o andamento impessoal dos marcadores de tempo...

Antigos copistas falam saudosos sobre os “áureos” antigos tempos de autoridade dos maestros e de decoro da orquestra. Tentam em vão resgatar a história enterrada nos túmulos construídos pelos novos tempos.

As paredes racham e parte da estrutura do prédio secular cai com o choque da bola de demolição. Opinião pública? O monastério está sendo demolido pela realidade externa, enquanto o interior de cada um se abre como uma ameaça.

Os músicos assustados voltam para os instrumentos. Submissos, colocam-se em forma na orquestra sobre o que restou. Entregam-se à música de forma sublime, enquanto a harpista solitária, atingida pelos escombros, é separada para sempre de seu instrumento, a gaiola dourada em que aprisionou os sonhos e abrigou as lembranças infantis. O maestro reassume a regência e o mesmo tom ditatorial durante a apresentação, esconde-se nos mesmos impropérios.

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