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Resumo Filme Nill

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Por:   •  26/8/2014  •  2.560 Palavras (11 Páginas)  •  439 Visualizações

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RESUMO SOBRE O FILME NELL

O filme trata de uma mulher de cerca de 30 anos que foi criada na floresta longe de toda sociedade e civilização, tendo contato somente com a sua genitora e sua irmã gêmea falecida entre 6 a 10 anos de idade. A mãe de Nell sofreu derrame e por isso não possuía uma dicção adequada, era afásica, e se escondia do “mundo” provavelmente por ter sido foi vítima de estupro e não possuía parentes para lhe amparar.

Sendo assim, Nell viveu por trinta anos uma vida simples, e possuía um dialeto próprio inspirado nas dificuldades da fala da mãe e da própria vivência da moça, até ser descoberta pelo Dr Lovell no momento em que ele foi constatar a morte de sua mãe.

Daí, Nell se tornou um caso curioso e interessante para este doutor e tantos outros que ele solicitou ajuda e o filme concentra-se na decisão: - O que fazer com Nell ? Ela era capaz de viver sozinha na floresta? Deveria ser internada num hospital? Era autista, deficiente mental, louca?... A trama gira em torno desta decisão e os médicos Dr Lovell e Drª Paula (pisocóloga) tentam defender suas opniões, inicialmente antagônicas, mas durante a observação mudaram de opnião e tentaram um consenso.

A aproximação de Nell, provocou no médico e na psicóloga uma imersão para si mesmos, quando eles passaram a vislumbrar as possibilidades diferentes que eles próprios poderiam ter em relação a sua própria vida.

Na penúltima cena, os personagens estão no tribunal decidindo o que fazer da vida da “Mulher Selvagem” é quando Nell decide se expressar em seu dialeto e o Dr Lovell serve de interpréte, neste momento fica clara a desenvoltura, a maturidade e a autonomia dela. Sendo assim, a personagem principal consegue provar que é capaz de viver sozinha e na cena final, ela já está em sua casa na floresta comemorando seu aniversário com os amigos.

ANÁLISE DO FILME:

O filme abre um leque para uma diversidade de questões da Educação:

- Nell representa a essência da humanidade, desprovida de qualquer tipo de educação civilizada (se é que existe), com autonomia nas suas decisões e sem as “máscaras” que a sociedade, de certa maneira, nos obriga a usar.

- A jovem construiu sua própria cultura, baseada na vivência com sua mãe e irmã, sendo assim, é possível analisar o que faz parte de nossa cultura e o que é realmente inato ao ser humano. Isto foi bastante revelador no filme, já que demonstrou uma possibilidade de, em contato com uma cultura diferente, as pessoas passarem a ter uma noção mais coerente de sua própria cultura.

- A trama do filme também propõe uma reflexão sobre o homem com ser social, para a configuração ou caracterização humana das pessoas. Não basta para tal a herança genética acumulada em nossos bancos de dados internalizados, passados dos pais para os filhos (o que, a princípio, não descarta a importância dessa informação transmitida. nos diz apenas que ela não é suficiente para que estejamos preparados para enfrentar o mundo em que viveremos).

- É possível fazer uma análise da linguagem, segundo Vygotsky, unificando o dueto pensamento linguagem, à questão cultural no processo de construção de significados pelos indivíduos. No filme, Nell expressava seu pensamento através de uma linguagem própria trazendo a forma para o seu pensamento, baseada nos símbolos que a rodeia e na linguagem da mãe.

- Destaca, também, a questão investigativa: os dois médicos partem de bases diferentes para pesquisar o problema de Nell. Ele, mais humano, têm métodos distintos e ela, mais experimental, usa outros. A dimensão qualitativa se manifesta quando os dois reinventam seus métodos de observação e aproximação, chegando, até certo ponto, a um denominador comum.

- É possível, ainda, citar Piaget quando se percebe que a criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas. Essa interação com o ambiente faz com que construa estrutura mentais e adquira maneiras de fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a interação organismo-meio e essa interação acontece através de dois processos simultâneos:a organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo organismo ao longo da vida. No caso de Nell, apesar do seu círculo de relacionamentos sociais ser restrito, ainda assim resguardou sua capacidade humana de reflexão e organização interna.

- Apesar da possibilidade de relembrar estes estudiosos e tantos outros, o que mais sintetiza a coração da trama é o filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau, ao defender que todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem. Para Rousseau, a liberdade natural caracteriza-se por ações tomadas pelo indivíduo com o objetivo de satisfazer seus instintos, isto é, com o objetivo de satisfazer suas necessidades. O homem neste estado de natureza desconsidera as conseqüências de suas ações para com os demais, ou seja, não tem a vontade e nem a obrigação de manter o vínculo das relações sociais. Outra característica é a sua total liberdade, desde que tenha forças para colocá-la em prática, obtendo as satisfações de suas necessidades, moldando a natureza. Visto que Nell nunca teve a acesso a educação formal nem a sociedade, corrobora a natureza benigna do ser humano já predita pelo filósofo. Ninguém que viva no mundo moderno é mais livre que a personagem Nell, a seguir transcrevo uma frase de Rousseau que resume a cena do tribunal, quando a protagonista expressa seu pensamento de maneira tão eloqüente e intensa:

"A maioria de nossos males é obra nossa e os evitaríamos, quase todos, conservando uma forma de viver simples, uniforme e solitária que nos era prescrita pela natureza" Jacques Rousseau

desescolarização: art. 24,11, c; art. 1°.; art. 42; art. 38, § 2°.

O contraponto da flexibilidade é dado pela regulamentação a cargo dos órgãos normativos e das instâncias competentes pela interpretação dos artigos. A lei prevê campos e setores de regulamentação mínima indispensável abaixo da qual não se pode falar nem em lei e muito menos em lei nacional. É o caso dos duzentos dias letivos mínimos e as oitocentas horas. Essa regulamentação, tal como se pode ver, por exemplo, nos art. 4°, 5°,24,26, 27, 46, 55, além de todo o título VII (recursos financeiros). Essa regulamentação não se opõe à desregulamentação burocrática acima citada. Mas a lei repousa em uma vaguidão genérica, exigindo um competente apoio jurídico como intérprete da lei e a ousadia da autonomia. A flexibilidade não pode ser confundida nem como desregulamentação

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