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Resumo sobre o artigo científico “Incidência de Parricídio no Brasil”

Por:   •  24/8/2017  •  Resenha  •  688 Palavras (3 Páginas)  •  457 Visualizações

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Aluno: Diego Tyrka dos Santos (nº 236)

Disciplina: psicologia

Data: 4 out. 16

Resumo sobre o artigo científico “Incidência de Parricídio no Brasil”

O crime de parricídio, em que o filho mata seu pai ou mãe, é uma prática que causa extrema ojeriza e horror, justamente pelo fato de ser, em primeiro momento, uma prática incompreensível, pois o comum da natureza humana são os filhos amarem seus genitores de forma incondicional. Segundo artigo Incidência de Parricídio no Brasil, de Paula Inez Cunha Gomide, este tipo de homicídio compõe apenas uma média 2% dos homicídios ocorridos no Brasil (19 a cada 957 casos homicidas no Estado do Paraná) do ano de 2005 a 2011, e, a nível mundial, é cometido em sua grande maioria por homens, por exemplo, nos Estados Unidos, em que a cada 10 (dez) crimes deste tipo, 09 são cometidos por homens. Segundo o texto, o crime de parricídio é, em sua maioria, cometido por apenas uma pessoa, e, da mesma forma, contra uma única pessoa também; além disso, os parricidas são, na maioria dos casos, pessoas sem antecedentes criminais e que utilizam como arma do crime utensílios da própria casa. Heide (1992) constatou uma relação entre o abuso infantil, seja verbal, psicológico e ou sexual, por parte dos pais que resultam num jovem parricida no futuro, pois as crianças, vítimas dos abusos, se sentem indefesas e não vislumbram outra saída para acabar com tal cenário, a não ser acabar com a vida de seu pai ou mãe. Justamente por essa motivação que o parricida não se sente arrependido pelo que fez, pois na realidade ele se sente aliviado por não existir mais a possibilidade do sofrimento pretérito voltar para sua vida.

Ao ser feito um levantamento de dados referentes aos crimes de parricídio acontecidos no Brasil (2005 – 2011), através de buscas em documentos, reportagens e na internet com palavras chave que fazem referência ao parricídio, foi elaborado o artigo apresentado. O principal objetivo da pesquisa era buscar instrumentos como localidade do crime, idades e sexo da vítima e autor, local (cômodo) onde o crime foi executado, arma utilizada e motivos apresentados pelo autor. Os resultados do levantamento foram:

  • Dentro do período estabelecido foram registrados 246 casos do crime de parricídio no Brasil;
  • 86,2% dos parricidas eram do sexo masculino;
  • O alvo do crime na maioria dos casos é a figura do pai (71,1%), e apenas em 3,7% dos casos ambos os progenitores foram mortos;
  • 71,7% dos crimes foram cometidos com arma branca ou utensílios domésticos (a faca foi o instrumento mais utilizado: em 40,5% dos casos);
  •  O número de golpes, disparos ou outra forma de ataque contra a vítima foram repetidos inúmeras vezes – mais do que o suficiente para levar a morte –, o que demonstra a compulsividade e o estresse da vítima no momento do crime;
  • 95,5% dos crimes ocorreram dentro da casa dos envolvidos;
  • 47,88% dos casos o motivo crime foi divulgado (sem investigação aprofundada sobre o caso, bem como sobre histórico de abuso sexual ou psicológico sofrido pelo autor do crime) como sendo fútil: discussões, xingamentos, vingança, entre outros do gênero. De forma adversa ao que dizem os estudos supracitados, segundo a pesquisa no Brasil, apenas 8,9% dos casos acontecidos estavam relacionados a maus-tratos, abusos sexuais ou legítima defesa;
  • Apenas em 9,7% dos casos os parricidas esconderam o corpo da vítima;
  • 89% dos crimes o parricida cometeu o crime sozinho;
  • Dos 11% que não cometeram o crime sozinho, 71,4% tiveram auxílio de outro membro da própria família.

Por fim, ressalta-se a importância que tais características do crime de parricídio sejam de conhecimento dos órgãos do Judiciário e Ministério Público para que nos julgamentos e denúncias sobre este tipo de crime sejam analisadas conforme as peculiaridades que o compõem, pois os reais motivos para a consumação dos parricídios são obscuros e velados, necessitando de uma análise mais técnica e científica sobre o caso. Da mesma maneira, os jornalistas devem entender que, em raras as exceções, os parricidas lhes contarão o verdadeiro motivo do crime, pois é mais fácil para eles assumirem a futilidade do crime do que expor publicamente os abusos sofridos durante sua vida.

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