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Sínteses do Livro Para Entender a Terra

Por:   •  24/1/2017  •  Resenha  •  11.248 Palavras (45 Páginas)  •  1.913 Visualizações

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UFMT - Universidade Federal do Mato Grosso

Curso de Geologia

Sínteses do Livro Para Entender a Terra – 4ª Ed.
Capítulos: 19, 20, 21, 22 e 23

Cuiabá – MT

Abril de 2012

19 - Os Terremotos

O que é um terremoto

        Tremor do solo causado por ondas sísmicas, o terremoto, causado por movimentos das placas tectônicas que geram forças em zonas estreitas nos limites entre as mesmas, que deixam localizadamente suas marcas por processos que podem ser descritos pelos conceitos de tensão, deformação e resistência.

  • A tensão é a força exercida por unidade de área, que causa a deformação das rochas;
  • A deformação é uma medida da quantidade de modificação na forma.

As rochas são rompidas quando são tensionadas além de um valor crítico chamado de existência. Comumente as rochas são rompidas em forma de falhas, quando são tensionadas além do limite de sua resistência, ocasionando os terremotos. Quando a falha desliza, a tensão é reduzida em um ciclo repetitivo.

        As principais consequências e causas de grandes perdas é o colapso de construções, que causa a maior perda de vítimas, que é agravada pelo fogo, deslizamentos de terra, rompimentos de represas e etc.

        Em escala global, a maioria dos terremotos ocorre em limites de placas, em zonas altamente deformadas, onde as placas convergentes afastam-se umas das outras ou deslizam em relação à outra.

O rompimento de falhas durante os terremotos

        O foco é o ponto onde começa o deslocamento, o epicentro é o ponto geográfico na superfície da terra diretamente sobre o foco.

        A maioria dos terremotos ocorre na crosta continental com profundidades focais que variam de 2 a 20 km e os abaixo de 20 km são raros porque a crosta deforma-se como material dúctil.

        A ruptura da falha não ocorre toda de uma vez, ela começa no foco e espalha-se para fora no plano de falhas com velocidade média de 2 a 3 km/s. A ruptura para onde os esforços tornam-se insuficientes para continuar rompendo a falha ou onde a ruptura entra em material dúctil.

        A energia de deformação elástica, tensão, que lentamente é acumulada ao longo de décadas, quando dois blocos são empurrados em direções opostas, quando liberada em um terremoto gera uma reação violenta de ondas sísmicas em poucos minutos.

Abalos precursores e abalos secundários

        Um abalo secundário é um terremoto que ocorreu após um abalo sísmico anterior de maior magnitude. Os abalos secundários seguem o terremoto principal em sequência e seus focos são distribuídos no plano da falha do abalo sísmico principal e em torno dele. A sequencia de abalos de um terremoto de magnitude 5 pode durar apenas poucas semanas, enquanto para um terremoto de magnitude 7 pode durar vários anos. O tamanho do maior abalo secundário é normalmente em torno de uma unidade de magnitude menor que a do abalo sísmico principal.

        Um abalo precursor é um pequeno terremoto que ocorre próximo, porém antes de um abalo sísmico principal.

O estudo dos terremotos

Os sismógrafos

        O sismógrafo moderno, que registra as ondas sísmicas, é uma ferramenta importante para o estudo dos abalos sísmicos e para a investigação do interior da terra.

As ondas sísmicas

        Movimentos verticais e horizontais que abalam o solo. Os sismógrafos registram os movimentos do solo e em qualquer lugar e registrará a passagem de ondas sísmicas geradas por um terremoto em algum lugar da terra. Essas ondas se deslocam do foco do terremoto através da terra e chegam aos sismógrafos em três grupos distintos: as ondas primárias ou ondas P e as ondas secundárias ou ondas S. Tanto uma como a outra deslocam-se através do interior da terra. Por ultimo, chegaram às ondas de superfície, que se desloca na superfície terrestre.

        Os movimentos verticais e horizontais são registrados pelos sismógrafos que por serem fixados à terra com certa folga, por meio de uma mola ou de um eixo e por causa de sua inércia, o peso não acompanha o movimento do solo.

Como localizar o epicentro

        Para determinar a distância aproximada de um epicentro, os sismólogos leem de um sismograma a quantidade de tempo que se passou entre a chegada das primeiras ondas P e as chegadas posteriores das ondas S. Então eles usam uma tabela ou um gráfico para determinar a distância do sismógrafo até o epicentro.

Como medir o tamanho de um terremoto

        Localizar um terremoto é apenas um passo para descrevê-lo. Os sismólogos precisam também determinar seu tamanho ou sua magnitude. Sendo as outras variáveis iguais a magnitude de um terremoto é o principal fator determinante da intensidade das ondas sísmicas e, assim, do seu potencial de destruição.

Magnitude Richter

        Em 1935, Charles Richter, um sismólogo da Califórnia, desenvolveu um procedimento simples para determinar o tamanho de um terremoto.

Momento sísmico

        Medida do tamanho dos terremotos mais diretamente relacionada com as propriedades físicas do falhamento que causa terremoto. Essa medida, chamada de momento sísmico, é aproximadamente proporcional ao logaritmo da área do rompimento da falha. Embora tanto o método Richter como o do momento sísmico produzem aproximadamente os mesmos valores numéricos, o segundo pode ser quantificado com mais precisão a partir de medições do falhamento no campo.

        No mundo, a cada ano ocorrem aproximadamente 1 milhão de terremotos com magnitude superiores a 2, e essa quantidade decresce segundo um fator de 10 para cada unidade de magnitude.

Intensidade do tremor

        A magnitude de um tremor não descreve o seu poder de destruição. Um terremoto de magnitude 8, em uma área remota longe da cidade mais próxima, pode não causar perdas humanas ou econômicas, enquanto um terremoto de magnitude 6 imediatamente sob uma cidade causará, provavelmente, sérios danos.

A determinação dos mecanismos de falhamento a partir de dados de terremotos

        O padrão de um tremor de terra também depende da orientação de ruptura de falha e da direção do deslocamento, que, justa especificam o mecanismo de falhamento de um terremoto que nos diz se a ruptura se deu em uma falha normal, de empurrão ou transcorrente, se o sentido do movimento foi lateral direito (ou dextral) ou lateral esquerdo (mistral).

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