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Trabalho sobre Autismo

Por:   •  11/5/2022  •  Projeto de pesquisa  •  2.302 Palavras (10 Páginas)  •  177 Visualizações

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1. Definição

Os transtornos do Espectro Autista (TEA) são transtornos do neurodesenvolvimento que apresentam prevalência de aumento de casos constatados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os sintomas manifestam-se precocemente e seguem o curso de vida do indivíduo gerando conjuntos de sintomas, sendo eles: déficits na sociabilidade e padrões restritos, estereotipados e rígidos de interesses, comportamentos ou atividades (American Psychiatric Association – APA, 2013). Estes sintomas podem se manifestar através a presença de alterações no desenvolvimento da linguagem, déficits na comunicação verbal, não verbal e prejuízos na habilidade social, possível déficit intelectual, déficits cognitivos e dificuldades motoras.

As manifestações do TEA são múltiplas e a combinação dos sintomas característicos do autismo junto a outras comorbidades, perfis cognitivos, comportamentais e funcionais, resulta em um dos transtornos mais heterogêneos associados ao neurodesenvolvimento. Dessa forma, indivíduos com a mesma condição nosológica podem apresentar sintomas que variam em termos de quantidade, intensidade e, consequentemente, prejuízos.

A Síndrome de Asperger e o Autismo de alto funcionamento compreendem as manifestações mais leves dentro do espectro autista, sendo que a partir da 5° Edição do Manual Diagnóstico e Estatístico transtorno pertence ao espectro autista.

Os indivíduos com essa síndrome apresentam os sintomas comuns aos demais indivíduos com TEA, porém não possuem deficiência intelectual ou na linguagem, autismo clássico. Embora apresentem mais dificuldades se capazes de exercer atividades laborais e intelectuais com bom desempenho. (Hurbutt & Chalmers, 2004). Estes aspectos lhes conferem melhor qualidade de vida, e por consequência, melhora do quadro clínico. Apesar disso, esses indivíduos relatam prejuízos relacionados principalmente a interação social, como dificuldades ou manter relacionamentos afetivos, compartilhar interesses, compreender, e descrever expressões faciais e sentimentos próprios de outras pessoas. Esses prejuízos são observados principalmente quando é exigido deles habilidade social e flexibilidade cognitiva.

Segundo a classificação Internacional de Doenças (CID), a versão, as TEA enquadram-se na categoria das chamadas perturbações persuasivas do desenvolvimento. Esta denominação resulta do fato destas patologias afetarem a aquisição de múltiplas competências durante o desenvolvimento, desde os primeiros anos de vida, mas com repercussões duradouras. As patologias que pertencem à comunicação e a presença de um repertório restrito, estereotipado e repetitivo de interesses e atividades. As principais perturbações desta categoria são Asperger e o autismo de elevado funcionamento e foco de controvérsia.

2. Sintomas

Alteração da Interação Social

Défices na utilização da linguagem não verbal (p. ex., Evitamento no contato visual ou olhar fixo durante longos períodos).

Incapacidade de estabelecer relações sociais adequadas ao nível do desenvolvimento.

Incapacidade de partilhar interesses ou atividades (exemplo: crianças sempre sozinhas, não compartilhando brincadeiras com outras).

Ausência de reciprocidade social ou emocional (desconhecer gostos de familiares).

Alterações da Comunicação ∕Linguagem

Atraso ou ausência no desenvolvimento da linguagem;

Incapacidade em iniciar ou manter um dialogo;

Uso estenotipado ou idiossincrático da linguagem trocar pronomes ao invés de nós de eu, ecolalia que é repetições de diálogos de filmes ou ´series de televisão de forma descontextualizada.

Comportamentos Restritivos e Repetitivos.

Interesses restritos e anormais quanto ao foco e intensidade (capacidade para falar de temas muitas específicos ( aspiradores durante longos períodos , independentemente do interesse do interlocutor.

Adesão inflexível as rotinas e rituais com a sua interrupção a desencadear marcada irritabilidade.

Maneirismos motores, exemplo: balanceamento do tronco, andar nas pontas dos pés, andar em círculos, e bater palmas.

Preocupação persistente com partes de objetos, exemplo: gostar de ver a roda de um carro de brincar a girar do que brincar com o carro em si.

É importante não perder de vista que existem vários desafios no diagnostico de PEA no adulto. O diagnostico no adulto frequentemente e feito quando o individuo tem um filho que recebe o diagnostico de autismo, ou de outra perturbação do espectro e as manifestações clinicas são reconhecidas como, semelhantes as que ele próprio apresentou a infância. Alternativamente, adultos com historia arrastada de dificuldades sociais e comportamentos “problemáticos”, podem vir a receber este diagnostico, após uma avaliação correta. Contudo, o diagnostico torna-se difícil quando não é possível apurar adequadamente a historia pessoal do desenvolvimento e os padrões sintomáticos precoces. A ausência de informação colateral (relato dos pais inacessível ou registos médicos indisponíveis) ou as limitações inerentes a memória são também dificuldades adicionais a realização do diagnostico de TEA no adulto. As dificuldades na linguagem e comunicação ou a debilidade mental (comorbidade relativamente frequente) são outros fatores que podem dificultar o fornecimento de dados da historia pessoal. Nazeer e Ghaziudin afirmam que o diagnostico do autismo “se baseia na obtenção de uma história detalhada do desenvolvimento e em uma observação sistemática”. Escalas ou entrevistas estruturadas são comumente usadas para reforçar o processo diagnostico.

3. Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGDs) e Transtornos do Espectro do Autismo (TEA)

Epidemiologia das TEA nos adultos não tem recebido particular atenção. Sublinha-se com exceção o recente o estudo de Brugha e colaboradores, em que foram pesquisadas prevalência destas patologias numa larga amostra da população inglesa com idade igual ou superior a 16 anos. Os autores verificam que a prevalência nos adultos ( 9,8 por 1000 habitantes) não só era semelhante a encontrada nos últimos anos nas crianças, mas também que não existia evidencia para uma diminuição estaticamente significativa

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