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USO DE EXPOSIÇÕES PARA APROXIMAÇÃO DO PÚBLICO ESCOLAR DA FÍSICA MODERNA.

Por:   •  19/11/2018  •  Seminário  •  2.191 Palavras (9 Páginas)  •  133 Visualizações

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USO DE EXPOSIÇÕES PARA APROXIMAÇÃO DO PÚBLICO ESCOLAR DA FÍSICA MODERNA.

RESUMO. Introdução: A sociedade contemporânea faz uso das tecnologias, mas pouco esta familiarizada com a ciência que as rege. Este fato não difere quando se trata da Física Moderna, intensificando-se mediante a atualidade da área em questão. Desta forma, propõem-se o emprego das exposições como estratégia de desmistificação da Física Moderna, tornando possível a atribuição de significado aos recursos tecnológicos desvinculando-os tanto do senso comum como da dogmatização da ciência. Metodologia: A mostra temporária será organizada aos pares em três escolas simultaneamente, se revezando de dois em dois meses. Resultados: Espera-se que o público escolar seja imerso tanto no ambiente físico como em um ambiente subjetivo que o remeta ao microuniverso, tendo conhecimento de sua existência e da sua relação com a tecnologia. Conclusão: A escola e o museu de ciência desempenham funções vinculadas que resultam em sujeitos conscientes dos fenômenos físicos a sua volta e da sua relação com a tecnologia, desta forma as mostras temporárias são um excelente recurso para efetivar essa relação entre ambas às instituições.

Palavras-chave: Divulgação Científica. Popularização da Ciência. Física-Moderna.

1. INTRODUÇÃO

A Física Moderna pode ser compreendida como uma nova fase das investigações da ciência, contudo é uma área a qual o público não possui muito conhecimento tanto em relação à parte conceitual como em relação a sua aplicabilidade. Partículas subatômicas, Efeito Fotoelétrico, Efeito Compton, Saltos quânticos, dentre outras questões parecem tão confusas para o público leigo assim como imaginar que a Física Moderna contribuiu para o desenvolvimento de tecnologias.

A escola possui papel fundamental para letramento científico e cultura de mesmo cunho, pois é intermediário entre o conhecimento provindo na academia e a população leiga, enquanto o museu é local onde ocorre popularização da ciência e a alfabetização científica. (TEIXEIRA, 2015)[1]

Embora as duas instituições possuam funções distintas, quando articuladas promovem o desenvolvimento da autonomia intelectual e pensamento crítico, liberdade para continuidade de sua formação e acompanhamento das transformações inerentes à contemporaneidade conforme o estabelecido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) referentes ao Ensino Médio (BRASIL, 2000, p. 10)

Pautado nisso, propõem-se a transposição didática para abordagem dos conceitos de física moderna e a transposição museológica para a apresentação do material. Como o saber da academia é tratado de duas formas diferentes, ambas visando alcançar o público para inseri-lo dentro do universo científico, a apresentação desse conhecimento precisa atentar para o mesmo fim. Propõem-se, portanto o uso dos dioramas como objetos de aprendizagem uma vez que podem ser interpretados como fruto da transposição didática (OLIVEIRA, 2010, p. 44).

Os dioramas são montagens que permitem sensações tanto visível como emocional através da contemplação ou da imersão do ambiente representativo. O objetivo do uso desses recursos dentro de uma exposição de ciências é potencializar o aparato, faz com que o tempo de permanência do visitante seja maior assim como a compreensão do visitante. (TEIXEIRA, 2015)1

Em suma, a mostra temporária “Elementar minha cara Ciência: partículas, ionização e outras modernidades da física” é uma sugestão de estratégia para efetivar a relação entre escola e museu, além de própria popularização da ciência.

2. METODOLOGIA

A mostra temporária será organizada aos pares em três escolas simultaneamente, se revezando de dois em dois meses. Seguem-se os experimentos a serem utilizados:

Espectroscópio

O aparato trata-se de um instrumento óptico para decomposição da luz em comprimentos de onda diferentes, obtendo-se linhas espectrais que podem ser facilmente observadas a olho nu.

O próprio visitante pegaria o espectroscópio e o a uma fonte de luz (que estaria disposta em um aparato junto com algumas outras fontes, podendo ligar e desligar cada uma individualmente) e ver o espectro se formando. Seria necessário um mediador somente para explicar o fenômeno assim como uma sala semi iluminada contendo tomadas para ligar e desligar o aparato. O diorama empregado é o de contemplação, pois o visitante receberia um folheto explicativo do conceito e um roteiro de como fazer o experimento em casa com materiais de baixo custo e pressupõem-se um público de dez visitantes no máximo.

O micro universo da matéria

A exposição conta com uma sala semi-iluminada, com projeção de vídeos explicativos sobre a constituição da matéria, passando de moléculas a átomos e, por conseguinte a partículas subatômicas e as partículas elementares. A sessão é concluída com um vídeo explicativo referente à constituição das partículas elementares léptons (bárions e mésons) por quarks (up e down).

Em seguida, passa-se para outro ambiente com quatro mesas nas quais estão dispostos os materiais para realização da oficina. Esta, por sua vez, consiste em uma atividade na qual o visitante deverá colocar dentro de um frasco pequeno, miçangas que representam os quarks como partículas elementares. O frasco será etiquetado indicando a partícula que diz respeito: se próton, nêutron ou mésons (Pi+, Pi- e 0). Em cada mesa haverá um tablet fixado no qual o visitante lerá o roteiro e ao sair levará um folheto explicativo da composição da matéria por partículas elementares.

O diorama empregado será o de contemplação, pois se restringirá apenas as projeções não tomando proporções. Quanto ao público estimado tem-se no máximo oito visitantes por sessão.

Câmara de Wilson

Um monitor recepcionará o grupo de visitantes e o acompanhará até uma sala onde haverá uma televisão na qual será transmitido um vídeo com duração de 15 minutos sobre a história da física moderna. O grupo será encaminhado até outro ambiente onde haverá uma câmara de nuvens e o monitor fará a mediação entre o público e o experimento.

O aparato consiste em um eficiente método de identificação de partículas subatômicas, no qual se empregauma câmara com interior saturado de vapor d'água.

As partículas de raios X ou de raios ϒ ionizam o gás presente na câmara e ao se notar condensação é verificada a existência das partículas. Como a fonte de radiação especificada é de difícil obtenção o aparato utilizado nessa exposição possui estrutura diferente e a finalidade é focada na visualização dos raios cósmicos. Os raios cósmicos são constituídos da mesma forma por partículas, contudo essas são provenientes de altas camadas da atmosfera, do sistema solar ou da galáxia.

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