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Projeto De Prevenção Ao Uso De Substâncias Psicoativas Em Uma Unidade Escolar

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Por:   •  23/3/2014  •  1.352 Palavras (6 Páginas)  •  822 Visualizações

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FACULDADES FACEL

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA / DEPENDÊNCIA QUÍMICA

NOME DO ALUNO: SILVIA BEATRIZ USSYK MANZARRA

POLO: CURITIBA

DATA INÍCIO: 17/09/2011

DISCIPLINA: PROJETOS DE PREVENÇÃO

DATA ENTREGA:

PROJETO DE PREVENÇÃO AO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM UMA UNIDADE ESCOLAR PÚBLICA

1 INTRODUÇÃO

As conseqüências nocivas do efeito de drogas, tanto lícitas, quanto ilícitas sobre o indivíduo e a sociedade tem sido explicitadas de forma intensiva pela literatura ( BALLÃO, BATISTA, PIETROBON; 2012)

Há cerca de 40 anos, quando do surgimento da estratégia de diminuir o uso indevido de drogas, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) passou a enfatizar a abordagem preventiva ao abuso de drogas, tendo a escola como um espaço principal para este processo, pois parte significativa da população passa por esta instituição. (ANDREOLI, MOREIRA, SILVEIRA, 2006)

Em relação a ações preventivas ao uso de drogas, existem três níveis de classificação: 1) prevenção primária: tem o intuito de evitar a experimentação, ou seja, é voltada a todas as pessoas que ainda não fizeram uso de drogas; 2) prevenção secundária: voltada aos indivíduos que já são usuários de drogas, com uso eventual ou recreativo. Busca evitar a progressão do consumo e minimizar os prejuízos relacionados ao uso; e 3) prevenção terciária: destinada às pessoas que são dependentes de drogas, buscando conscientizá-las, para se manterem no tratamento e assim, poderem reduzir as conseqüências adversas da dependência (SANTOS, 1997 apud BALLÃO, BATISTA, PIETROBON; 2012).

Os autores supracitados acreditam que trabalhos de prevenção primária e secundária podem ocorrer na escola.

Entretanto, não é na escola que a prevenção atingirá os jovens de maior risco, pois é sabido que jovens com problemas de conduta, geralmente, abandonam a escola. Isto posto, surge a necessidade de se desenvolver ações na comunidade. Mas, considerando-se que escola é vista como uma importante instituição da região e, a partir dela, com o envolvimento de alunos, familiares, professores e funcionários, pode-se expandir as ações para a comunidade ao seu redor, envolvendo líderes comunitários, religiosos e grupos de jovens, buscando a integração de diferentes áreas sociais, a escola pode ser a instituição propulsora e articuladora de ações de prevenção (OBID, 2012).

2 DESENVOLVIMENTO

Segundo dados do 1º Primeiro Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2006, a média ( em anos) do início do consumo de álcool entre jovens de até 17 anos é de 13,9 e para consumo regular é de 14,6. Já para a população de jovens adultos ( 18-25 anos) a idade média para início do consumo é de 15,3 e para o consumo regular é de 17,3 ( OBID, 2012).

Assim sendo a escola é entendida como uma referência social pelo seu papel no processo de desenvolvimento da criança e do adolescente e também precisa ser vista como uma instituição ao mesmo tempo que é unidade de outras redes sociais ( COSTA; JACOBINA; SUDBRACK; 2005).

Corroborando com o acima exposto, uma pesquisa realizada pelo Grupo de pesquisa Relações Interpessoais e habilidades Sociais ( RIHS-UFSCar) com crianças moradoras de rua, verificou que as crianças que recusavam drogas eram aquelas que mantinham contato com instituições e adultos que as apoiavam de alguma maneira ( demonstrando a importância das redes de apoio social) e que possuíam melhores repertórios de habilidades sociais de enfrentamento (DUBUGRAS, 2012).

Sendo assim, proposta do presente projeto de prevenção ao uso indevido de drogas tem como população alvo alunos da quinta a oitava série do ensino fundamental e alunos do ensino médio da Escola Estadual Papa João XXIII, município de Colombo / PR, seus familiares e comunidade.

O objetivo geral deste trabalho é contribuir para o fortalecimento de fatores protetivos tanto individuais quanto coletivos em relação ao uso indevido de drogas lícitas e ilícitas, tendo como objetivos específicos: 1- Contribuir para o fortalecimento de redes sociais na comunidade com o intuito de implantar / implementar uma cultura de prevenção e de promoção à saúde; 2- promover uma maior participação dos jovens na comunidade em torno da cultura de prevenção e de promoção à saúde; 3- colaborar para a construção de valores e atitudes saudáveis visando a promoção do desenvolvimento da autonomia e do senso de responsabilidade individual e coletivo.

Para tanto o projeto preconiza uma metodologia participativo-construtivista, com relevância ao protagonismo infanto-juvenil (Portal Saúde, s/d).

Costa, Jacobina, Sudbrack (2005) destacam que o modelo sistêmico de educação para a saúde e das redes sociais tem a preocupação em reduzir a procura por drogas ( redução da demanda), busca a valorização da conscientização do usuário sobre o uso indevido de drogas, e trabalha a prevenção do uso da droga pelo conhecimento da realidade e quebra de tabus.

Como estratégias de ação, tem-se as seguintes propostas:1- formar um grupo de trabalho ( grupo gestor) com representantes de vários setores da comunidade como escola, saúde, jovem, associação de pais, associação de bairro, comércio visando buscar o apoio de toda a comunidade; 2- fazer um documentário em relação ao uso indevido de drogas através de entrevistas na própria comunidade; para esta ação propõem-se que em pequenos grupos, os alunos debatam acerca do tema e formulem perguntas a serem utilizadas nas entrevistas. Este material é a base da atividade de dramatização entre os alunos; 3- outra ação proposta envolve atividades esportivas como gincanas e composição e apresentação de músicas envolvendo a temática promoção da vida e uso indevido de drogas;

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente projeto visa, essencialmente a implantação / implementação de articulações e parcerias, com setores sócias, governamentais ou não, que, atuando com seus conhecimentos e qualificações formem uma rede de cooperação em torno da proposta de promoção à vida, abordando, necessariamente, o uso indevido de drogas, tendo a escola como referência social e a participação ativa de seu corpo docente e discente e familiares.

REFERÊNCIAS

ANDREOLLI, S. B.; MOREIRA, F. G.; SILVEIRA, D. X.; Redução de danos do uso indevido de drogas no contexto da escola promotora de saúde; Revista Ciência e Saúde Coletiva, vol. 11, n 3 Rio de Janeiro, 2006.

BALLÃO, C. M.; BATISTA, A. P.;PIETROBON, S.R.G.; Programa de Prevenção ao uso de drogas no Contexto Escolar ; disponível em www.ava.facel.com.br; acessado em 23/02/2012.

COSTA, L. F.;JACOBINA, O. M. P.; SUDBRACK, M. F. O.; Redes sociais como estratégias de prevenção do uso indevido de drogas no contexto da escola. An. 1 Simpósio Internacional do Adolescente, maio 2005; disponível em related:http://www.proceedings.scielo.br/scielo, acessado em 02 março 2012.

DUBUGRAS, M. T. B.; Prevenção em saúde Mental; Revista Psique Ciência e Vida; ano VI. n. 74, fevereiro 2012.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual de Prevenção das DST/ HIV/ Aids/ em Comunidades Populares, Brasília/ DF, 2008.

OBID – Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas, disponível em www.obid.senad.gov.br, acessado em 23/02/2012.

PORTAL SAÚDE; Ações de Promoção da saúde e Prevenção de doenças e Agravos. Disponível em www.portal.saude.gov.br/saude/profissional/vizualizar_texto; acessado em 22/02/2012.

SOARES, C. B.; JACOBI, P. R.; Adolescentes, Drogas e Aids: Avaliação de um Programa de Prevenção Escolar; Cadernos de Pesquisa, n 109 , março 2000.

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