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Um Toque de Clássico - Karl Marx

Por:   •  28/3/2016  •  Resenha  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  487 Visualizações

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Um Toque de Clássico - Karl Marx

Karl Marx tem uma visão sobre a sociedade capitalista que provoca impacto nos meios intelectuais, de forma que a sociologia ocidental torna-se uma tentativa incessante de robustecer as questões por ele verificadas. Devido a suas heranças iluministas, acreditava que a razão era um instrumento de construção para uma sociedade mais justa.

Devido a perda do autocontrole dos seres humanos referente a riqueza da vida material, sobretudo no século 18, Marx afirma que a propriedade privada fez dos homens seres unilaterais e estúpidos, que um objeto só é seu quando lhes pertence, quando é utilizado por eles, isto é, quando existe como capital deles.

Com influências de Georg W. F. Hegel, Marx mantém seus pensamentos em debate com o idealismo hegeliano, que teve como figura chave Ludwigh Feuerbach, que sustentava que alienação fundamental tem suas raízes no fenômeno religioso do qual é concebido por ele como uma projeção fantástica da mente humana, por isto, alienada. Marx via tal crítica religiosa como “luta contra frases” e questionava o materialismo feuerbachiano que se limitava a captar o mundo como objeto de contemplação e não como resultado da ação humana, não sendo capaz de vê-lo como passível de transformação através da atividade revolucionária.

Outro ponto visto por Marx é o de que na sociedade capitalista a alienação se associa às condições materiais de vida e que o proletariado (sujeito que realiza as potencialidades da história), liberta essas consciências alienadas dando a realidade histórica uma aparência mágica. Sendo que a análise da vida social deve ser realizada de uma perspectiva dialética para que procurem estabelecer as leis de mudança que regem os fenômenos e que haja uma exposição do movimento do real em seu conjunto. Para que isso aconteça Marx afirma que o ponto de partida deve ser o simples fato da “existência humana”, método de abordagem da vida social que foi chamado de “materialismo histórico” que descreve que as relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as relações.

Conforme essa perspectiva materialista e dialética, todo fenômenos social ou cultural é momentâneo, fazendo com que a evolução dos processos econômicos e a produção de conceitos para estruturar sua compreensão devem partir da ideia que as formas econômicas que os homens produzem, consomem e trocam são históricas e transitórias. Como justificativa Marx descreve que ao adquirir novas forças produtivas, há uma mudança nos modos de produção e com isto mudam-se as relações econômicas pois já não são mais necessárias para aquele modo de produção.

Com o intuito de atender as necessidades de suas gerações atuais e futuras, os seres humanos produzem seus meios de vida, de acordo com Marx esta interação entre os humanos com natureza e outros indivíduos é que dão origem a sua vida material. Além disso, para ele, o processo de produção e reprodução da vida através do trabalho é a atividade humana básica.         As relações sociais de produção referem-se às formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto, e o tipo de divisão social do trabalho numa dada sociedade e em um período histórico determinado. Desta forma, elas expressarão o modo como os homens se organizam entre si para produzir, visando nessa produção uma cooperação e uma atitude coletiva. Há também a distribuição que visa distribuir, não só as riquezas, mas também os instrumentos de produção e os membros da sociedade pelos gêneros de produção. A quantidade de produtos a que distintos membros de sociedades têm acesso é o resultado desta distribuição, que é parte da estrutura do próprio processo produtivo.

A estrutura da sociedade é o conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção, que é o fundamento que constitui as instituições políticas e sociais. O surgimento de produtos não materiais (as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos e etc.) dão origem a superestrutura ou supra-estrutura. A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência encontra-se na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens estão organizados no processo produtivo.

A existência das classes sociais não é uma teoria sintetizada por Marx, porém sua existência esta ligada a circunstâncias históricas específicas quais sejam, aquelas em que a criação de um excedente possibilita a apropriação privada das condições de produção. Desta forma, o materialismo histórico rejeita as interpretações que atribuem um caráter natural, a esse tipo particular de desigualdade, pois, isso tornaria a distribuição das riquezas a própria causa da desigualdade.

A sociedade capitalista baseia-se na ideologia da igualdade, cujo parâmetro é o mercado. De um lado, está o trabalhador que oferece no mercado sua força de trabalho, de outro, o empregador que a adquire por um salário. A ideia de equivalência na troca é crucial para a estabilidade da sociedade capitalista.

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