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Karl Marx - Um Toque De Classicos

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Por:   •  18/10/2014  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  1.615 Visualizações

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QUINTANEIRO, Tânia; et al. Karl Marx. In: QUINTANEIRO, Tânia; et al. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.

Brígida de Araújo

Franciele da Silva Bulla

Josiane Pereira Santos

Layane de Jesus Souza

Mirian Akiko Ishizuka dos Santos

As autoras Tânia Quintaneiro, Maria Lígia de Oliveira Barbosa e Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira em sua obra “Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber”, abordam tópicos fundamentais sobre o pensamento desses três teóricos importantíssimos da Sociologia. Porém, a presente resenha descreve apenas o primeiro capítulo da obra: Karl Marx e suas teorias a respeito das relações de trabalho na sociedade capitalista do século XIX.

Para entender a doutrina de Karl Marx, é necessário compreender o contexto histórico em que ele viveu, período em que as condições de trabalho eram desumanas e desprezíveis. Karl Heinrich Marx nasceu em Tréveris na antiga Prússia, hoje Alemanha, em 05 de maio de 1818, o momento era de intenso processo de industrialização e Marx pôde viver no contexto do surgimento das grandes indústrias, da economia e também da formação de uma classe social responsável pela produção, que mais tarde ele chamou de classe proletária, composta por trabalhadores que vendiam sua força de trabalho aos donos dos meios de produção, os burgueses.

Marx analisa o capitalismo empregando como ferramenta o método dialético em que se utiliza o oposto das coisas para chegar ao objeto de estudo como, por exemplo, quando se pretende entender o efeito do preto, deve-se estudar o branco, pois somente compreendendo o seu oposto se pode chegar a uma conclusão. Para Marx o fenômeno social deveria passar por algumas críticas para que pudesse evoluir e demonstrar todas as suas potencialidades.

O materialismo histórico utilizado por Marx em suas teorias contribuía para entender a sociedade do ponto de vista material, ou seja, as relações que os homens estabelecem entre si. De acordo com o materialismo, tudo o que os homens produzem são coisas históricas, sendo a produção da vida material o primeiro fato social.

Falando de produção e reprodução, Marx da ênfase na necessidade dos seres humanos suprirem suas carências produzindo meios de vida, se recriando a si próprios e reproduzindo sua espécie. Marx faz uma comparação dos seres humanos com os animais, afirmando que os seres humanos agem com a natureza de forma consciente já os animais de forma imediata. E na busca de controlar as forças naturais, os seres humanos descobrem e inventam novos objetos que passam de geração em geração.

As forças produtivas tratam das relações do homem com a natureza, demonstrando o modo como os homens obtêm em determinados momentos os bens de que necessitam e, para isto em que grau desenvolveram sua tecnologia, processos e modos de cooperação, a divisão técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos utilizados na produção, a qualidade dos instrumentos e a matéria-prima de que dispõe.

Já as relações sociais de produção trata das relações dos homens entre si, refere-se às formas de distribuição dos meios de produção, bem como a divisão social do trabalho, expressando como os homens se organizam entre si para produzir, de que forma apropriam-se de ferramentas, tecnologia, terras, matérias-prima e energia, ou seja, as diversas maneiras como os membros da sociedade produzem e repartem o produto e se cooperam.

Dessa forma, o conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção de uma sociedade forma sua base ou estrutura que é o fundamento pelos quais se constituem as instituições políticas e sociais. Na produção da vida os homens geram outros produtos que não tem forma material, são: as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais de ensino e comunicação, conhecimento filosófico e científico, as ilusões, modo de pensar e concepções de vida. Esses produtos não materiais derivam-se de bases materiais e das relações sociais, formando a superestrutura da sociedade.

Para Marx a sociedade é dividida entre duas grandes classes sociais, a burguesia e o proletariado, em que os primeiros detêm o poder e a riqueza e o segundo oferecem o seu trabalho como força produtiva. Historicamente sempre houve disputas entre essas duas classes, já que os burgueses detentores do poder e do dinheiro, mesmo sendo minoria, subjugam a classe proletária que não possui riqueza e oferece em troco da sua mão-de-obra um mísero salário que mal dá para suprir os bens necessários à sua sobrevivência.

Essa forma de divisão de classe e de formação da necessidade de consumo é denominada de capitalismo por Marx, que defende a extinção desse sistema e da divisão de classes, afirmando que o proletariado de todo o mundo deveria se unir e protestar contra essa sociedade capitalista, tornando assim todos iguais e com direitos a todos os meios de produção igualmente, produzindo o necessário às suas necessidades e repartindo para todos de maneira igual, formando o que ele chama de estado ideal, o socialismo.

Na economia capitalista, a riqueza é medida pela mercadoria, forma assumida pelos produtos e pela própria força de trabalho, que segundo Marx, é composta por dois fatores: valor de uso e valor de troca. Como valor de uso, a mercadoria satisfaz as necessidades humanas, servindo como meio de subsistência e se efetivando no próprio consumo. Já como valor de troca, a mercadoria é calculada medindo-se o tempo de trabalho gasto na produção e a sua capacidade de ser trocada por diferentes valores de uso por meio da moeda. E devido à divisão do trabalho, o trabalhador não produz tudo o que necessita para o seu próprio consumo, precisando obter o produto da atividade de outros para compor o seu sustento.

Na sociedade capitalista o trabalhador é livre, mas vende-se a si mesmo como um escravo, transformando sua

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