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ÉTICA PROFISSIONAL

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Por:   •  1/12/2014  •  2.224 Palavras (9 Páginas)  •  2.570 Visualizações

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A segunda parte deste livro trás consigo a definição da ética profissional mas antes aborda a questão da profissão, e diz que a expressão profissão provém do Latim professione, do substantivo professio, que teve diversas acepções naquele idioma, mas foi empregado por Cícero como “ação de fazer profissão de” (Cícero, Marco Túlio. De oratore. 1, 21. Bolonha:Zanichelli,1992.). O conceito de profissão, na atualidade, aquele que se aceita, representa:” trabalho que se pratica com habitualidade a serviço de terceiros”, ou seja, “prática constante de um ofício. A profissão tem, pois, além de sua utilidade para o indivíduo, uma rara expressão social e moral.

Basta lembrar os pontos que Cuvillier, com rara felicidade e oportunidade, destaca:

- É pela profissão que o indivíduo se destaca e se realiza plenamente, provando sua capacidade, habilidade, sabedoria e inteligência, comprovando sua personalidade para vencer obstáculos.

- Através do exercício profissional, consegue o homem elevar seu nível moral.

- É na profissão que o homem pode ser útil a sua comunidade e nela se eleva e destaca, na prática dessa solidariedade orgânica. ( Cuvillier, Manuel de philosophie. 9 ed. Paris: Armand Colin, 1947. P.358-359.).

De fato, se acompanharmos a vida de um profissional, desde a sua formação escolar até seu êxito final, vamos observar o quanto ele produz e recebe de utilidade.

Dando exemplo da profissão em contabilidade, sendo uma das profissões mais antigas do homem, evoluiu com a sociedade e hoje se situa entre as mais requeridas (não há, praticamente, crise em seu mercado de trabalho) e as mais difundidas, pois toda empresa e toda instituição precisam, obrigatoriamente, de tais serviços.

A profissão contábil consiste em um trabalho exercido habitualmente nas células sociais, com o objetivo de prestar informações e orientações baseadas na explicação dos fenómenos patrimonial, ensejando o cumprimento de deveres sociais, legais, econômicos, tão como a tomada de decisões administrativas, além de servir de instrumentação histórica da vida da riqueza.

Os deveres profissionais que ela impõe, por conseguinte, são os da utilidade, em relação à explicação dos fenómenos da natureza que as células sociais utilizam para suprirem suas necessidades de existência, tão como de informes (função técnica, de nível médio, da contabilidade) e opiniões sobre tudo o que se relaciona ao património das pessoas naturais ou jurídicas.

O trabalho é um dever social (Aristóteles A política cap.2 parágrafos 2), mas, além de tudo, algo que realiza quem o faz, se, realmente, no exercício de suas tarefas, emprega o amor como guia de suas ações.

A profissão permite que o indivíduo exerça sua função de solidariedade para com seus semelhantes, recebendo, em troca, não só dignidades, mas compensações que permitem, inclusive, o enriquecimento material. Ao exercer sua profissão, o contabilista pratica uma função nitidamente social como um autêntico médico de empresas e instituições, e ao mantê-las sadias cuida, também, da riqueza social (que é uma concepção abstrata, decorrente da somatória dos patrimónios celulares).

O trabalho nessa área não serve apenas ao profissional e a sua família, mas, quando de qualidade, tem condições de dignificar sua classe e cumprir a finalidade abrangente das organizações humanas.

ÉTICA E PROFISSÃO

Neste capítulo é observada em tese, em seu sentido geral, a profissão, como exercício habitual de uma tarefa, a serviço de outras pessoas, insere-se no complexo da sociedade como uma atividade específica.

Trazendo tal prática benefícios recíprocos a quem a quem pratica e a quem recebe o fruto do trabalho, também exigi, nessas relações, a preservação de uma conduta condizente com os princípios éticos específicos.

O grupo de profissionais que exercem o mesmo ofício termina por criar as distintas classes profissionais e também a conduta pertinente.

Existem aspectos claros de observação do comportamento, nas diversas esferas em que ele se processa: perante o conhecimento, perante o cliente, perante o colega, perante a classe, perante a sociedade , perante a pátria, perante a própria humanidade como conceito global.

A consideração ética, sendo relativa, também hoje se analisa do ponto de vista da necessidade de uma conduta de efeitos amplos, globais, mesmo diante de povos que possuem tradições e costumes diferentes.

A profissão, como prática habitual de um trabalho, oferece uma relação entre a necessidade e utilidade, no âmbito humano, que exige uma conduta específica para o sucesso de todas as partes envolvidas – quer sejam os indivíduos diretamente ligados ao trabalho, quer sejam os grupos, maiores ou menores, onde tal relação se insere.

Quem pratica a profissão dela se beneficia, assim como o utente dos serviços também desfruta de tal utilidade. Isto não significa, entretanto, que tudo o que é útil entre duas partes o seja para terceiros e para a sociedade. Um empresário que precisa estar informado e orientado sobre seus negócios, em face do que vai ocorrendo com seu capital, necessita de um profissional especializado em contabilidade. Em reciprocidade, o diplomado em contabilidade necessita do trabalho e de oportunidade que o empresário vai lhe oferecer. Estas são relações diretas entre quem presta o serviço e o que deste se beneficia.

Na oportunidade oferecida, tem os contabilistas meios de mostrar todas as suas capacidades e, em decorrência, construir seu conceito profissional. O conceito profissional é a evidência, perante terceiros, das capacidades e virtudes de um ser no exercício de um trabalho habitual de qualidade superior.

Não se constrói um conceito pleno, todavia, sem que se pratique uma conduta também qualificada. O valor profissional deve acompanhar-se de um valor ético para que exista uma integral imagem de qualidade. Quando só existe a competência técnica e científica e não existe uma conduta virtuosa, a tendência é de que o conceito, no campo do trabalho, possa abalar-se, notadamente em profissões que lidam com maiores riscos.

Um advogado por exemplo, que defenda o réu e sirva também ao autor, quebra um princípio ético e se desmerece, conceitualmente, como profissional.

No exemplo que citamos, o advogado serviu, sendo útil a uma das partes, mas, eticamente, praticou conduta condenável.

DEVERES PROFISSIONAIS

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