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A ARTE DE SE EDUCAR COM A ARTE

Por:   •  18/7/2020  •  Artigo  •  4.595 Palavras (19 Páginas)  •  227 Visualizações

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A ARTE DE SE EDUCAR COM A ARTE

Paulo de Tarso da Silva Júnior[1]

RESUMO

Palavras-chave: Arte e educação. Didática. Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Entendemos que é preciso conhecer a própria história para compreender a história do outro, conhecer a história, sumamente, parece fácil,  dizer sobre “conhecer a própria a história” não é. É um caminho aplicável e em nada complicado quando nesse caminho se está sozinho. Não é solitariamente que se conhece ao contrário que se pensa. Os espiritualistas nos encaminha diariamente para refletir sobre nossas ações em um espaço solitário e vazio. Controlado das interferências externas.

Como pensar sobre si sem a visão do outro e as interferências externas? Fica bem complicado quando se pensa na conjunção de elementos sociais e psicológicos emanados da convivência. Essas combinações de fatores externos aderem-se ao nosso corpo, numa metáfora, e vão criando as marcas que nos elevam como pessoas sociais e históricas que nos tornamos ao longo da vida.

A maior tratativa sobre como seremos nesse presente e no futuro é a revelação do passado e suas inferências, misturados ao processo cognitivo o ser “eu” é mais sobre “nós” e onde viemos que se pensa. É preciso pensar em nós como unos nesse espaço social, sem dúvidas, mas é mais ponderado pensar que há reflexos de muitos em nesse “uno” a ponto de nos equacionar e formar para a existência em sociedade que no pensamento individualista sobre o ser “eu”. Uma unidade formada por conjuntos.

A leitura que se segue está dividida em duas partes elaboradas a partir da ideia de Arte/Educação e os dois teóricos referências no Brasil sobre o assunto, Paulo Freire, que pensa educação como um ato político e Ana Mae Barbosa a comungar com Freire, mas adianta-se no imagético como esse elemento político da educação. As obras bases são textos reunidos por ambos ao longo dos 1980 aos 2000. Contemporâneos e atuantes em áreas distintas é o assunto mais tocado ao que pensar sobre como arte pode reposicionar o ensino e a educação em qualquer circunstância, desde que o princípio ativo seja a inter-relação entre a obra comentada e a realidade contextualizada.

A primeira parte chamada de “Educação como conceito social e político” é onde vagueio nas teorias deles para entender esse contexto político apontado por ambos no processo despolarizador da educação. A segunda parte, “Arte, uma sedimentação improvável”, análise sob a ótica ainda deles como lidar com o ensino/aprendizagem partindo do elemento sua história, individual e coletivo. Além da busca em entender mais sobre esse emocional na arte/educação. Tirar a ideia do espetacular para compreender mais sobre qualquer assunto ou obra a ser discutida em sala de aula.

METODOLOGIA

A pesquisa aqui exposta é de cunho qualitativo, pois segundo Lakatos e Marconi (2009) a pesquisa qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, fornecendo análises mais detalhadas sobre investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento. Outrossim, o estudo é do tipo bibliográfico, descrito por Gil (2008) como sendo a pesquisa que é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

A pesquisa está fundamentada a partir da ideia de Arte/Educação, e  didática de ensino de Paulo Freire, que trabalha a educação como um ato político e Ana Mae Barbosa a comungar com Freire, mas adianta-se no imagético como esse elemento político da educação. As obras bases são textos reunidos por ambos ao longo dos 1980 aos 2000

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Partir do conceito sobre educação no mais estrito da palavra haverá um levante muito abrangente sobre o que essa palavra significa na vida de todos nós, professores/as e alunos/as. Comumente se chama educação o ato de ensinar algo a alguém. O aprendizado fica intrínseco. Até que ponto se aprende com o sistema educacional que leva mais o aluno/a e o professor/a para o processo de repetição sem análise do real envolvido? O derredor às matérias escolares e universitárias é descartado? É possível dissociar o conhecimento vivenciado das práticas em sala de aula?

Bastos em sua análise “arte/educação baseada na comunidade” nos chama atenção ao método de Paulo Freire: “Baseada na noção de que o ato de ler e escrever a palavra inicia na leitura do mundo. Esse processo de busca do significado do mundo é algo que os seres humanos naturalmente almejam mesmo antes de conhecer palavras” (Freire, 1987).

Por esse motivo evidenciar a educação pelo conceito social e político abarca melhor o sentido de se educar? Conceitualmente sim! Enfatizado por Bastos ao afirmar sobre Freire: “O conceito de alfabetização de Paulo Freire, intrinsicamente, conecta o ato de ler e escrever com a tomada de consciência de nossa historicidade e a possibilidade de questionar e de transformar o mundo em que vivemos” (Bastos, 1999).

Como sabido a influência de Paulo Freire no sistema educacional brasileiro aparou parte das arestas sobre o questionamento envolvendo o que é ensinar e o aprendizado a partir do mundo. Um fato refinado pela visão de Barbosa ao sugerir em 1992 “que a alfabetização visual promove a identidade cultural e a integração social”.

Nesta sugestão Ana Mae Barbosa aborda o sistema de imagens aproximadas à realidade sujeita a alterações partindo da visão do aprendente. Nele o “derredor” exposto por Freire assume um papel de protagonista no processo ensino/aprendizagem. Aprimora o ato de educação usando elementos da arte, usualmente as visuais, como fator de desenvolvimento da cognição e não só do letramento.

Com essa visão mais aproximada do visual como elemento de abordagem para o ensino/aprendizagem o seguimento “arte/educação” ganha mais vigor e “adeptos” pelo país. Criando uma geração pós-Ditatura ambientada no entendimento sobre como elaborar mais a ideia de realidade e conceitos apostilados e dos livros. Uma maneira aplicada do conhecimento. Com toda a prerrogativa assinalada por um dos métodos de Freire, “círculos de cultura” que são grupos de adultos que estão se alfabetizando. Essencial na pedagogia freiniana, a roda marca o relacionamento horizontal entre aluno e professor.

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