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A ARTETERAPIA COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO E INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Por:   •  21/11/2022  •  Monografia  •  2.249 Palavras (9 Páginas)  •  73 Visualizações

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1.0 INTRODUÇÃO

No contexto social um tema que tem sido muito discutido é a inclusão da pessoa com deficiência intelectual nas instituições de ensino da educação básica.

Atualmente o uso da arteterapia como fator terapêutico para os portadores de deficiência intelectual vem ganhando espaço no contexto escolar, deixando de ser uma prática presente apenas nas clinicas de reabilitação. Ela é usada como um recurso expressivo com o objetivo de conectar os mundos internos e externos do individuo, através do uso da simbologia. É uma arte livre que é unida a todo o processo terapêutico transformando-a em uma técnica especial, facilitando a adaptação do aluno em todo o contexto escolar.

É de extrema importância compreender a importância do fazer artística como manifestação da atividade criativa do homem no mundo, para então podermos compreender a importância da Arte na escola, seja ela especial ou não. O homem usa a arte para interagir com o mundo e compreender os seus próprios sentidos, através disso ele vai dando forma a seus próprios valores e consegue contribuir para a evolução da historia.

Optou-se focar neste estudo, a arteterapia como fator de desenvolvimento e inclusão, por ser este, um tema de grande relevância cientifica e social, pois atualmente se discute muito sobre as melhores maneiras de acompanhar o desenvolvimento cognitivo de uma pessoa com deficiência intelectual. Mostrando desta forma a importância desta prática como fator de inclusão, seja ela na sociedade ou no âmbito escolar.

O estudo tem como objetivo Pesquisar no contexto da Educação especial, a deficiência intelectual, analisando sua origem, dificuldades, características, destacando o estudo sobre como a arteterapia pode ser usada como método de desenvolvimento e inclusão dos alunos portadores de deficiência intelectual.

Para o desenvolvimento do trabalho optou-se por realizá-lo em quatro capítulos, conhecer a Deficiência Intelectual e o processo de aprendizagem , conhecer a educação especial e a educação inclusiva, mostrar como a arteterapia pode ser utilizada a favor da terapia e do desenvolvimento no processo ensino-aprendizagem e expor a importância do uso da arte no cotidiano escolar.

O trabalho está desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e participativa, visando um aprofundamento teórico sobre a arteterapia que possibilite enquanto professores de arte, buscar o desenvolvimento e a inclusão da criança com deficiência intelectual.

Assim, o estudo parte, de um referencial teórico que explicite as questões levantadas para o presente estudo, buscando respostas para os objetivos específicos deste trabalho que se caracteriza com pesquisa participativa com os alunos da Apae de Apucarana. Espera-se que o presente trabalho possa ser traduzido em um artigo científico e venha a subsidiar a ação docente de outros profissionais na área de arteterapia com Deficientes Intelectuais.

2.0 EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

Sobre a Educação Especial Ferreira (1998) diz que:

“A Educação Especial surgiu com a finalidade básica de atender às pessoas portadoras de algum tipo de excepcionalidade. Seu objetivo geral é o mesmo estabelecido para a educação comum, conforme previsto no artigo 1º da Lei 5692/71: “estabelecer ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento da auto-realização, qualificação para o trabalho e preparo para o exercício consciente da cidadania”.”

Durante muito tempo as pessoas com necessidades especiais foram consideradas seres distintos e à margem de grupos sociais, nas sociedades antigas era normal o infaticídio em crianças que apresentavam alguma condição de vida diferente do padrão dito pela sociedade, durante a Idade Média a Igreja condenou-se esta prática e começou a defender a idéia de que estas anormalidades eram causadas por fenômenos sobrenaturais, dizendo que as crianças eram possuídas por demônios e espíritos do mal ou até mesmo ligando o ocorrido ao fato de um castigo de Deus, submetendo as mesmas ao exorcismo.

Durante os séculos XVI e XVII os deficientes começaram a ser tratados como loucos e marginais , sendo internados em manicômios e cadeias, já no final do século XIX começaram a desenvolver-se pesquisas científicas na área da medicina buscando concepções clinicas que se encarregassem de tratar e curar estas deficiências iniciando o período de institucionalização especializada de pessoas com deficiências, neste período podemos destacar Philipp Pinnel médico francês que sistematizou os primeiros estudos sobre a mente fazendo uma classificação das doenças mentais e Itard, que foi considerado o percursor da Educação Especial. Educação esta que acontecia fora do convívio da sociedade, geralmente em escolas fora da povoação, com o argumento que o campo lhes proporcionaria uma vida mais saudável e alegre.

Com o desenvolvimento científico foi possível dispor de métodos de avaliação e tratamento para o trabalhar a educação especial, surgindo a necessidade de métodos terapêuticos trabalhador por Montessori (1870 – 1952) e Decroly (1871-1932). Nesta época foram surgindo cada vez mais centros de tratamento para cegos, surdos, deficientes intelectuais, deficientes físicos, etc, sempre separados do ensino regular, utilizando-se de técnicas especializadas, com programas próprios constituindo um sistema de educação especial dentro do sistema educativo geral, no mundo todo esta iniciativa foi e é até hoje de caráter privado. Em meados de 1950, após o fim da segunda Guerra Mundial as insatisfações sociais foram sintetizadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, este foi o principal ponto na história da Educação Especial, onde as pessoas com necessidades especiais passaram a ser vistas como cidadãos, embora persistisse a visão assistencial e de caridade e o fato de medicalização em sua educação.

De acordo com Bieler: “Os portadores de deficiência, no campo da Ética, requerem uma abordagem própria pois constituem um segmento que possui suas “diferenças” físicas, sensoriais e mentais, aparentes. Estas diferenças não podem ser escondidas, disfarçadas ou negadas... O que ocorre normalmente é que suas características como indivíduos são anuladas frente às suas deficiências. E assim, o que resta no contato interpessoal é o estigma. Ele é passado de geração em geração, criando-se um abismo de desinformação onde residem a piedade, a repulsa, a omissão.

Em 1959 as associações de pais passaram

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