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A FUNÇÃO DO DOCENTE COMO INTERVENTOR, NA CONSTRUÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Por:   •  1/5/2018  •  Resenha  •  2.476 Palavras (10 Páginas)  •  339 Visualizações

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A FUNÇÃO DO DOCENTE COMO INTERVENTOR, NA CONSTRUÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Carmozina da Silveira Andrade Franco

RESUMO

O desenvolvimento da aprendizagem de crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental faz parte de um contexto amplo e complexo de construção de conhecimentos, devido à série de fatores que permitem o desenvolvimento sociocognitivo dos discentes em idade escolar e suas especificidades. A atuação do professor neste processo, é parte primordial no intermédio e planejamento da ação pedagógica. O desenvolvimento da linguagem escrita na criança se dá como um trabalho permanente ao levar em conta a importância que a escrita tem na sociedade. A metodologia utilizada foi a de pesquisa bibliográfica, sendo o principal procedimento a análise observativa. Considerando a particularidade da aprendizagem desses alunos, é essencial que o ensino seja estruturado de forma que a leitura e a escrita sejam abordADAS, a partir das necessidades e individualidade dos mesmos, ou seja, o processo ensino-aprendizagem deve desenvolver-se como elemento fundamental na vida, devendo ter significado e ser agregado à formação social do aluno. O trabalho permitirá a reflexão por parte dos docentes, para que enxerguem a Educação infantil com um olhar diferenciado, a fim de perceber que esta necessita de cuidados especiais, importa também aos acadêmicos, como fonte sobre o assunto, capazes de fundamentar seus conhecimentos com relação a problemática.

Palavras-chave: Docente, Alfabetização, Anos iniciais e intermédio.

Introdução

Como forma de entendimento sobre o processo de alfabetização, faz-se necessário saber o que é e como este é definido, visto que o mesmo tem sido confundido ao longo da história da educação, por isto, o Brasil tem enfrentado o insucesso escolar por vários anos, não mostrando, segundo Soares (2010, p.14) “nenhum progresso nas últimas décadas. Somos um país que vem reincidindo no fracasso em alfabetização. ”

Em razão deste fenômeno, tem-se estudado e feita várias pesquisas visando compreender os fatores que levam a isso, conceituar alfabetização também inclui buscar explicações, muitos tem sido os teóricos que, assim como, Soares (2010, p.14) “buscam a explicação do problema ora no aluno (questões de saúde, ou psicológicas ou de linguagem) [...] ora no professor (formação inadequada, incompetência profissional) ”.

Para que esse processo seja entendido, faz-se necessário um retrospecto sobre a alfabetização pois, o professor precisa procurar a cada dia novos meios para realizar suas práticas a partir das já existentes, práticas essas que foram assertivas por um tempo, mas que necessitaram de alteração com o objetivo de melhorar e adaptar-se ao momento vivido pela sociedade atual.

A alfabetização é um marco na escolaridade dos indivíduos e está no centro das avaliações estaduais e nacionais. Os dados comprovam que o insucesso escolar tem se agravado nos últimos anos no Brasil. Segundo Capovilla, Capovilla e Valle (2004, p. 23) “a cada ano, mais de um quarto de todas as crianças que ingressam na primeira série do ensino fundamental fracassa e não chega à segunda série. ”

O período de alfabetização demanda uma atividade significativa para o aluno, onde aconteçam interações com diferentes conhecimentos, reorganização e reformulação das maneiras de ensinar. É preciso que haja simultaneamente, interações entre os professores e os alunos, por meio do diálogo, de compreensão, em que o coletivo e o individual se relacionem. Desta forma, na prática pedagógica, o professor utiliza vários tipos de saberes, saberes estes, adquiridos a partir de suas experiências profissionais, pessoal e formação acadêmica.

Desenvolvimento

O docente que alfabetiza, é detentor de conhecimento e essência individual para ensinar. A sabedoria do professor está relacionada as habilidades, conhecimentos, aptidões e atitudes, formando assim uma cadeia de saberes que se relacionam- ao seu trabalho, saberes estes, adquiridos através de experiências escolares (estudos), profissionais (estágios, cursos, simpósios, palestras), programas e manuais escolares (ferramentas de trabalho) e aquelas oriundas da vivência no trabalho (com os alunos, colegas de profissão).

Borges (2004) ressalta, que os saberes são enraizados na experiência individual e coletiva. Na experiência individual, porque traz aspectos de cada professor, considerando o contexto, o lugar, sua formação, interpretação, experiência e sua história de vida. Na experiência coletiva, porque busca aspectos comuns os quais são partilhados entre os pares na docência, seja na troca de experiências, nos planejamentos seja nas normas institucionais.

A definição de alfabetização diz que esta é o ato de propagar o ensino ou difusão das primeiras letras, além do permitir que a pessoa possa aprender a ler e escrever, visando permitir a comunicação entre os seres humanos a um nível mais profundo e amplo. A alfabetização é relevante, pois é por intermédio dela, que o indivíduo pode desenvolver suas capacidades, o que não significa que uma pessoa analfabeta não tenha condições gerir sua vida. O ato de pensar e alfabetizar, como um fenômeno em massa de toda a sociedade, é muito recente. Ao analisar a história, é possível compreender que não muito longe, (em torno do século XIX) os que sabiam escrever e ler, eram na grande maioria das vezes, aqueles das classes mais nobres da sociedade, com o poder econômico e político para fazer submissa a população analfabeta. Porém, do século XIX em diante, com o surgimento de diferentes governos e sociedades cada vez mais complexas, a alfabetização começa a ser reconhecida como uma necessidade imprescindível.

Ao iniciar a aprendizagem, a conduta utilizada na maioria das vezes, é baseada na memorização de sons decifração e cópia e na junção de sílabas, de modo que estas práticas façam com que o aprendiz se torne um receptor mecânico ou ouvinte.

“(...) a leitura e escrita são sistemas construídos paulatinamente. As primeiras escritas feitas pelos educandos no início da aprendizagem devem ser consideradas como produções de grande valor, porque de alguma forma os seus esforços foram colocados nos papéis para representar algo. ”  (FERREIRO, 1995 p.40)

A definição de aprendizagem em sua grande maioria, relaciona-se à educação ou vice-versa. Deste modo, a aprendizagem social é vista como instrumento de desenvolvimento evolutivo, desempenhando importante papel na aprendizagem dos próprios indivíduos que constituem as sociedades (LONGHI, 2008).

O docente mediador deste processo deve estar apto e saber lidar com as diferenças no ambiente de trabalho, (sala de aula) considerando as mudanças e acontecimentos sociais no cotidiano e na escola, desta forma, é primordial que o professor esteja atento e envolvido a todo momento, no processo.

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