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As Percepções Do Docente E Suas Limitações Na Diagnose Do Aluno Com TDAH

Por:   •  12/8/2023  •  Exam  •  1.968 Palavras (8 Páginas)  •  39 Visualizações

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FACULDADE JOAQUIM NABUCO

PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

METODOLOGIA DA PESQUISA I

CINTIA MICHELLE SILVA DE CARVALHO

KELIANE VITOR DA SILVA

PERCEPÇÕES DO DOCENTE E SUAS LIMITAÇÕES NA DIAGNOSE DO ALUNO COM TDAH

RECIFE-PE

2012

INDICE

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

METODOLOGIA........................................................................................................................8

CRONOGRAMA........................................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................10

   

  1. INTRODUÇÃO

As primeiras referências aos transtornos hipercinéticos na literatura médica aparecem na metade do século XIX. Entretanto, somente no início do século XX começou-se a descrever o quadro clínico de uma maneira mais sistemática. Na década de 1940, falava-se em lesão cerebral mínima. A partir de 1962, passou-se a utilizar o termo disfunção cerebral mínima, reconhecendo-se que as alterações características da patologia relacionam-se mais a disfunções em vias nervosas do que propriamente a lesões nas mesmas. (PETRY, Arlete Santos; DA SILVA, Cléber Ribeiro Álvares; TRAVI Marilene G. Gomes, pág.1, 1999). A causa também pode ser atribuída a um distúrbio bioquímico (decréscimo da produção e/ou liberação de catecolaminas), traumatismo de parto, doenças ou acidentes acontecidos no início do processo do desenvolvimento do sistema nervoso central. Entre outros fatores, pode-se mencionar uma severa privação sensorial e de estimulação no início do desenvolvimento da criança. (PINTO, Elaine da Fonseca, 2007, pág.10.)

O TDAH na infância em geral associa-se as dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. Um ponto essencial diz respeito a observar com clareza se o indivíduo é acometido do distúrbio de TDAH, pois o docente em geral por confrontar diariamente com a realidade de cada discente, sendo pelo histórico familiar e/ou econômico, a tendência é de classificar os estudantes que “não” se enquadram e/ou “não” acompanham com o que o professor “determina” como aprendizagem de indisciplinados, rebeldes, desinteressados ou ainda as crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou "ligados por um motor" (isto é, não param quietas por muito tempo). (DOS SANTOS, 2011). Taxações mais impactantes são comuns como descrito por GEROLIN, B.C.R; DINIZ, M.S. (2008, pág. 133) “capetinha”, “mal criado”, não entendia, não prestava atenção a detalhes e não ouvia quando era chamado.

Os pais dos indivíduos que são chamados frequentemente para conversar sobre algum transtorno ocorrido na escola, por vezes agem de forma impactante. Críticas excessivas e falta de paciência, perfeitamente compreensíveis sob a perspectiva dos pais ou cuidadores, muitas vezes fazem com que a criança retraia-se, apresente auto-estima diminuída ou manifeste comportamento agressivo e impulsivo (DESIDÉRIO, Rosimeire C. S.; MIYAZAKI, Maria Cristina de O. S., pág.165, 2007, apud Silva, 2003).

Os estudos nacionais e internacionais situam a prevalência do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) entre 3% e 6%, sendo realizados com crianças em idade escolar na sua maioria. (ROHDE, Luis Augusto et al). Conforme o DSM-IV, (Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais) caracteriza-se por uma persistente desatenção e/ou por uma impulsividade-hiperatividade que é mais frequente e mais intensa do que a observada em pessoas com nível de desenvolvimento semelhante. Dados da Associação Americana de Psiquiatria, em 1980, nos fazem acreditar que 50% dos casos de TDAH ocorrem antes dos 4 anos de idade. (PETRY, Arlete Santos; DA SILVA, Cléber Ribeiro Álvares; TRAVI Marilene G. Gomes, pág.1, 1999). Em relação ao gênero, o sexo masculino tem mais índices de transtorno que o sexo feminino, Para Nass, a TDAH ocorre na proporção de 3 meninos para 1 menina. constatações variévis ao longo dos anos. Segundo Kaplan ET al, essa proporção pode variar de 3:1 a 5:1. De acordo com Cantwell e Biederman et al, as meninas seriam sub-diagnosticadas porque têm poucos sintomas de agressividade/impulsividade e baixas taxas de transtorno de conduta, desse modo, a idade diagnóstica tende a ser mais avançada em relação aos meninos. (CARDOSO, Fernando Luiz., SABBAG, Samantha., BELTRAME, Thais Silva, 2007, pág.51).

As características do aluno com TDAH são divididas em 3 tipos de sintomas:                  a) TDAH com predomínio de sintomas de desatenção, o qual na visão do professor leigo é classificado como aparentemente não está interessado no aprendizado; b) TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade, sendo classificado como bagunceiro; c) TDAH combinado que é classificado como caso perdido pelo professor. (ROHDE, L. A. et al.)

Relatos de pais e professores com frequência divergem quanto a classificação do TDAH por subtipos. Estudo com amostra clinica de crianças com TDAH demonstrou que taxas de concordância entre pais e professores eram melhores para sintomas de desatenção, transtorno de oposição e desafio (TOD) e transtorno de conduta (TC) do que para sintomas de hiperatividade. Discordância entre as diferentes fontes de informação também foi demonstrada em um estudo com amostra não clínica, no qual mães relataram maior número de sintomas de hiperatividade, ao passo que professores referiram mais sintomas de desatenção e de comportamento disruptivo. (COUTINHO G. et al, 2009, Pág. 98.)

É muito importante salientar o cuidado que se deve ter com a banalização do diagnóstico, assim como, com as rotulações equivocadas por desinformação ou comodismo, que definem indevidamente uma criança TDAH, o que comumente se evidencia nas instituições de ensino, pois devido ao desconhecimento de alguns profissionais da educação. O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico e só deve ser realizado por um profissional de saúde, seja ele médico ou psicólogo. (GOMES, Solange Matassoli, 2011, pág. 1). 

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