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A aprendizagem do aluno com TDAH

Por:   •  27/9/2015  •  Artigo  •  986 Palavras (4 Páginas)  •  621 Visualizações

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A aprendizagem do aluno com TDAH.

Hemilio Hortolani Boldrin

Muitas são adaptações para os alunos portadores de deficiência física e mental leve ou não, nas escolas públicas e particulares, que devem ser executadas, temos leis bem especificas que regem e determinam essas adaptações. Todavia, os alunos portadores de TDAH (Transtorno com Déficit de Atenção/Hiperatividade) não estão amparados por lei que determinam o atendimento especial, como diagnóstico e tratamento.

O projeto de Lei 7081/2010, de autoria do Senador Gerson Camata (PMDB), cuja relatoria é da Deputada Federal Mara Gabrilli (PSDB - SP), que tem por objetivo instituir, no âmbito da educação básica, a obrigatoriedade da manutenção de programa de diagnóstico e tratamento do TDAH e da Dislexia. Assim, o projeto pode ajudar a assegurar aos alunos com TDAH e Dislexia acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento de sua aprendizagem, e que os sistemas de ensino garantam aos professores formação própria sobre a identificação e abordagem pedagógica.

Portanto, o aluno com TDAH é também, um aluno com necessidades especiais, e de acordo com a Declaração de Salamanca, é preciso

promover a Educação para Todos, analisando as mudanças fundamentais de políticas necessárias para favorecer o enfoque da educação integradora, capacitando realmente as escolas para atender todas as crianças, sobretudo as que têm necessidades especiais. (Brasil, Declaração de Salamanca,1994, p.5)

A inércia do professor diante deste contesto é inadmissível, o aprendizado do aluno com TDAH não pode ser penalizado de forma alguma, segundo VALLE e MAIA:

O professor deve desenvolver a prática da reflexão (ação/reflexão/ação), repensar sua prática e utilizar novas estratégias que oportunizem o aprendizado de todos os alunos, respeitando assim o estilo de aprendizagem de cada aluno, não gerando atitudes preconceituosas e não rotulando seus alunos com dificuldade de aprendizagem como “diferentes” ou especiais.

As crianças e adolescentes são seres ativos, que possuem importante papel na determinação do próprio processo desenvolvimento da aprendizagem, e seres passivos, cujo processo desenvolvimento da aprendizagem reflete em grande parte as influências de outras pessoas e de circunstâncias que não podem controlar. Portanto, segundo Vygotski (1978):

Para se estudar o desenvolvimento das crianças, deve-se começar com um entendimento da unidade dialética entre duas linhas radicalmente diferentes a biológica e a cultural. Para adequadamente estudar tal processo, é preciso conhecer estes dois componentes as leis que governam se entrelaçamento a cada estágio de desenvolvimento infantil.

O professor deve ter conhecimento de que os alunos portadores de TDAH não possuem problemas de aprendizagem e sim dificuldade de se adaptarem a um determinado sistema educacional. É comprovado que a capacidade de aprendizado é idêntica a uma criança normal e são bastante criativas. E de acordo com ANDRADE (2009, p.45),

para efetivar um verdadeiro processo educacional, é pressuposto empreender esforço por parte dos educadores para compreender as características subjetivas e as diferenças individuais de cada aluno, seu processo de construção de laços afetivos e sua dinâmica de participação em grupos, bem como estar atento aos aspectos cognitivos e psíquico, ao longo de processo de desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e psicossocial em cada faixa etária.

Portanto, é importante se informar para conhecer os sintomas e a forma de tratamento do TDAH, pois o professor é fundamental para o reconhecimento dos sintomas e no tratamento, e substancial para levar o aluno com TDAH a uma aprendizagem significativa na sua vida.

Lembrando o fato que os alunos com transtorno não atendam ao mesmo padrão temporal que os demais que a escola estabelece para o aprendizado, e devido ao fato de que o transtorno está ligado à desatenção, agitação (ou hiperatividade) e a impulsividade (ROHDE, 1999). Por isso que são necessárias adaptações para os alunos com TDAH, pois segundo MARQUES (1998, p.23):

As adaptações curriculares constituirão a construção das vias de acesso ao currículo, apontadas por Vygotsky como um meio de construção de caminhos alternativos que permitirão ao aluno ascender aos conhecimentos escolares. As adaptações curriculares podem desenvolver-se a vários níveis que vão desde o poder Central, ao local, ao Projecto Educativo de Escola, às programações de aulas e necessidades individuais de cada aluno.

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