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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (5ª A 8ª SÉRIES)

Por:   •  3/5/2016  •  Monografia  •  5.443 Palavras (22 Páginas)  •  354 Visualizações

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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (5ª A 8ª SÉRIES)

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, refletem sobre as transformações nas propostas curriculares para o ensino fundamental e médio na disciplina de História, especificamente o item História do Brasil, nas últimas décadas, essas mudanças podem ser analisadas e identificadas a partir dos documentos disponibilizados pelo Governo Federal. Como metodologia para essa analise, faremos uma reflexão sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs. Criado no mesmo ano que o Colégio D. Pedro II, o Instituto Histórico e geográfico Brasileiro elaborou a sua primeira proposta de ensino de história do Brasil, essa proposta enfatizava a miscigenação (branco/negro/índio), mas defendia a hierarquização destacando a superioridade da raça branca, privilegiava o Estado como principal agente da História e enfatizava fatos essenciais na constituição do processo histórico nacional como as grandes navegações, as façanhas marítimas comerciais e guerreiras dos portugueses, a transferência e o desenvolvimento das instituições municipais portuguesas no Brasil, o papel dos jesuítas na catequese e as relações entre a Igreja e o Estado. A história é relatada como uma verdade indiscutível e estruturada como um processo continuo, linear que determinava a vida social do presente. As reformas curriculares realizadas no final do século XIX evidenciaram projetos que defendiam o currículo humanístico, com ênfase para as disciplinas literárias, destinadas a formação do espírito, outros desejavam introduzir um currículo mais científico, mais técnico e prático,  adequado a modernização  que se propunha para o país. Os dois projetos idealizados pensavam a história como disciplina escolar voltada para a formação da nacionalidade.

A proposta de História para o ensino fundamental reflete o estimulo o para o debate da área, levando os educadores a pensarem sobre a presença da História no currículo e a debaterem a contribuição do estudo da História na formação dos estudantes, este documento de âmbito nacional contempla a pluralidade de posturas teórico-epistemológicas do campo do conhecimento histórico.  Os Parâmetros Curriculares Nacionais devem fazer parte do dia a dia da prática pedagógica, sendo transformados continuamente pelo professor. Por tanto, cabe aos PCNs a tarefa de rever objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento das atividades, expectativas de aprendizagem, maneiras de avaliar, além da orientação dos professores para estes elaborarem um planejamento que possa, de fato, orientar seu o trabalho em sala de aula. Tudo para posicionar os educadores como agentes essenciais nesse grande trabalho.

OBJETIVO

Orientar os educadores por meio da normatização de alguns fatores fundamentais relacionada a cada disciplina, esses parâmetros envolvem tanto a rede pública, quanto a rede privada de ensino, conforme o nível de escolaridade dos alunos, usufruindo dos conhecimentos necessários para o exercício da cidadania. Os PCNs servem como orientadores para professores, coordenadores e diretores, que podem adaptá-los às peculiaridades locais.  Os PCNs nada mais são do que uma referência para a transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino. Alguns dos Parâmetros Curriculares Nacionais que indicam o objetivo do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de:

CONTEÚDOS DE HISTÓRIA: CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO

      Na escolha dos conteúdos, a preocupação principal desta proposta é oferecer aos alunos o dimensionamento de si mesmos e de outros indivíduos e grupos em temporalidades históricas, estes conteúdos procuram sensibilizar e fundamentar a compreensão de que os problemas atuais e cotidianos não podem ser explicados unicamente a partir de acontecimentos limitados ao presente. Requerem questionamentos ao passado, análises e identificação de relações entre vivências sociais no tempo. Isto significa que os conteúdos a serem trabalhados com os alunos não se restringem unicamente ao estudo de acontecimentos e conceituações históricas. É preciso ensinar procedimentos e incentivar atitudes nos estudantes que sejam coerentes com os objetivos da História. Entre os procedimentos é importante que aprendam a coletar informações em bibliografias e fontes documentais diversas; selecionar eventos e sujeitos históricos e estabelecer relações entre eles no tempo; observar e perceber transformações, permanências, semelhanças e diferenças; identificar ritmos e durações temporais; reconhecer autorias nas obras e distinguir diferentes versões históricas; diferenciar conceitos históricos e suas relações com contextos; e elaborar trabalhos individuais e coletivos (textos, murais, desenhos, quadros cronológicos e maquetes) que organizem estudos, pesquisas e reflexões. Os conteúdos expressam três grandes intenções:

  • Contribuir para a formação intelectual e cultural dos estudantes;
  •  Favorecer o conhecimento de diversas sociedades historicamente constituídas, por meio de estudos que considerem múltiplas temporalidades;
  • Propiciar a compreensão de que as histórias individuais e coletivas se integram e fazem parte da História.

      A proposta sugere que o professor problematize o mundo social em que ele e o estudante estão imersos e construa relações entre as problemáticas identificadas e questões sociais, políticas, econômicas e culturais de outros tempos e de outros espaços a elas pertinentes, prevalecendo a História do Brasil e suas relações com a História da América e com diferentes sociedades e culturas do mundo.

      Na escolha dos conteúdos, os docentes devem considerar para a formação social e intelectual do aluno:

  • A importância da construção de relações de transformação, permanência, semelhança e diferença entre o presente, o passado e os espaços local, regional, nacional e mundial;
  •  A construção de articulações históricas como decorrência das problemáticas selecionadas;
  •  O estudo de contextos específicos e de processos sejam eles contínuos ou descontínuos.

     O trabalho com eixos temáticos não esgota verticalmente os subtemas. A apresentação de um amplo leque de conteúdos nos quais se pode identificar acontecimentos, conceitos, procedimentos e atitudes é uma sugestão para o professor fazer escolhas de acordo com:

  • O diagnóstico que realiza dos domínios conquistados pelos alunos para estudarem e refletirem sobre questões históricas;
  • Aquilo que avalia como sendo importante para ser ensinado e que irá repercutir na formação histórica, social e intelectual do estudante;
  •  As problemáticas contemporâneas pertinentes à realidade social, econômica, política e cultural da localidade onde leciona, de sua própria região, do seu país e do mundo.

TERCEIRO CICLO: ENSINO E APRENDIZAGEM

      No terceiro ciclo, os alunos já adquiriram tanto na escolaridade anterior quanto no convívio social um conjunto de informações e reflexões de caráter histórico. Assim, no processo de ensino e de aprendizagem, os professores devem considerar a importância de investigar o que é de domínio dos alunos e quais são as suas hipóteses explicativas para os temas estudados. É preciso considerar que hoje em dia os alunos recebem um grande número de informações sobre as relações interpessoais e coletivas por intermédio dos meios de comunicação. Muitos têm a oportunidade de conhecer em seu próprio ambiente familiar memórias de outras épocas. Alguns lêem jornais, revistas e livros, vão ao cinema e ao teatro. Muitos assistem a televisão, ouvem rádio, apreciam música, conversam e trocam idéias com parentes e amigos, vão sozinhos à escola, utilizam transportes coletivos, circulam pelos espaços físicos e sociais. Todas essas são vivências que lhes fornecem informações valiosas, porém fragmentadas, sobre as quais o professor, por meio do diálogo, do debate e da crítica, inerentes à sua prática docente, pode atuar como agregador e catalisador. Cabe ao professor identificar seus conhecimentos e desenvolver trabalhos mais aprofundados sobre padrões de medida de tempo e respectivas histórias, para que possam, de modo autônomo, localizar fatos e sujeitos nas devidas épocas e, dessa forma, ao longo da escolaridade, aprenderem a discerni-los por critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade. Cabe ao professor, em diferentes momentos de estudo, incentivar a construção de relações entre eventos, para que os estudantes possam caracterizar contextos históricos e dimensionar suas durações, identificar indícios e ritmos das suas transformações e das suas permanências no tempo.

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