PRIMO BASÍLIO - SÁTIRA
Por: In Cena Grupo In Cena • 29/1/2019 • Ensaio • 1.769 Palavras (8 Páginas) • 9 Visualizações
[pic 1] | Grupo de Teatro “Metamorphos” |
[pic 2]
Cuidadosa Mente!!!
Texto: mamute Teixeira
Personagens:
- Teófilo
- Rosália
- Paula
Rosália e Paula entram em cena resmungando, falando mal uma da outra com a plateia!
Paula – Vocês estão vendo aquela ali? É a maior fuxiqueira da empresa. Cuidado com o que vocês fazem. Se derem o menor vacilo, ela vai correndo falar pro chefão!
Rosália – Estão vendo aquela ali? É uma preguiçosa de marca maior! O prédio tá todo empoeirado graças a ela! Oh mulher que não faz nada!
As duas correm para o palco e começam a brigar entre si!
Rosália – O que você tava falando de mim ali, hein? Sua monga!
Paula – E você! O que tava falando de mim, hein? Sua Arara vermelha!
Rosália – Veja lá como você fala comigo! Se eu quiser, todo mundo aqui da empresa fica sabendo que você foge do trabalho pra ficar paquerando no Tinder!
Paula – Veja você como fala comigo! Pensa que esqueci que semana passada peguei você na sala de limpeza se agarrando com o FRANCISCO?
Rosália – (balbuciando) Mas, mas, mas eu já expliquei que ele estava passando mal!
Paula – E para que era o beijo?
Rosália – Respiração boca a boca!
Paula – De língua?
Rosália – Ai, ai, ai! Vamos mudar de assunto? Você já acabou o seu serviço?
Paula – Problema meu!
Rosália – O serviço vai acumular!
Paula – Problema meu!
Rosália – Os funcionários vão reclamar!
Paula – Problema seu!
Rosália – Então esse é o seu planinho aqui neh? Você quer fazer corpo mole, para que depois o chefão fique me cobrando, me pressionando, me consumindo a paciência!
Paula – Tadinha dela! Parece que só ela tem problemas na vida! Acha que é limpar uma empresa como essa!
Rosália – Mas você tem o pessoal que te ajuda! Eu, tenho um palavra infernal na minha mente que se chama Meta! Oh palavrinha dos infernos é essa!
Paula – Tem nada haver! Meta é uma palavra como outra qualquer! Você chega, mete e pronto! Acabou o sofrimento! Muito pelo contrário é só alegria!
Rosália – Oh sua anta desvairada! Não é meta do verbo meter não! É meta do sentido traçar um objetivo, completar aquela missão, chegar ao que foi mandando!
Paula – Entendi! Também não sou avoada assim! E você não pode pedir ajudar aos seus companheiros de trabalhos não?
Rosália – Queridinha do meu coração! Poder eu posso! Mas como eu vou pedir ajuda a alguém aqui. O povo aqui é ocupado! E fora que se eu for pedir, capaz até de rirem de mim e me chamarem de brôca!
Paula – Nisso iriam acertar!
Rosália – Você está dizendo que eu sou brôca?
Paula – E se eu estiver? Não vai ter nada!
Rosália – Ora sua preguiçosa!
Paula – Veja lá como fala, sua fuxiqueira!!
As duas começam a discutir, a brigar uma com a outra, e param quando escutam a voz do médico que vem lá do fundo do palco!
Teófilo – SILÊNCIO!!! Mas que bagunça da molestia é essa aqui? Se querem agir dessa forma, vão para um galinheiro! Aqui não é lugar para este de comportamento!
Rosália – Essa mulher aí que não deixa eu fazer meu trabalho direito!
Teófilo – NÃO QUERO SABER! AQUI É UM AMBIENTE TRABALHO! NÃO PODEMOS TER ESTRESSE! NÃO PODEMOS TER BRIGAS! PRECISAMOS ESTAR CALMOS! VEJAM COMO EU ESTOU CALMO!
Paula – Ah é! Calmo ligado no modo Fabio Assunção!
Teófilo – Pois bem! Agora que as duas se acalmaram, já poderemos conversar! Primeiramente bom dia! Meu nome Teófilo Antonio Almeida Garcez. Sou o psicólogo contratado por essa empresa para analisar o quadro clínico dos funcionários!
Rosália – Prazer Doutor! Sou Rosália Campos Pinto! Recebi esse nome Rosália porque minha mãe amava cheirar rosas!
Paula – Pois é doutor! Me chamo Paula Rego de Jesus! Recebi esse nome Paula porque minha mãe amava cheirar...
Teófilo – Palmito! Eu já entendi! Sua mãe adorava cheirar palmito! Eu percebi, ela percebeu, toda a plateia percebeu que você iria falar palmito!
Paula – Mas afinal Seu Teófilo! Pra que o senhor veio aqui?
Teófilo – Muito boa pergunta minha cara Paula!
Rosália – Cara? Essa aí é mais barata que banana vendida em penca na feira!
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