Resenha - Design Para um Mundo Complexo

Design Para um Mundo Complexo – 1° Capitulo

Cardoso dá início ao primeiro capítulo dando ressalte à diferença entre objeto e artefato. Segundo ele, "Artefato é um objeto feito pela inocência da ação humana sobre a matéria prima: em outras palavras, por meio da fabricação", em sequência, lança ao leitor a questão reflexiva "Será que existem mesmo artefatos imóveis?. O autor abrilhanta o tema usando como exemplo os Arcos da Lapa, e argumenta contra sua falta de mobilidade no tempo, desde quando foi construído no Brasil colônia e admitia a função de aqueduto, permanecendo com a mesma até hoje, sendo símbolo turístico da Lapa e por onde passa o bondinho. Sendo um "artefato imóvel", seu significado e conceito mudaram ao longo do tempo, pois variam conforme as experiências das pessoas com ele. Exemplo disso, no tempo colonial todo seu estrutural era tida como enorme e se sobressaía à paisagem no seu entorno. Hoje sua percepção "sofreu encolhinento" diante dos enormes e inúmeros prédios e avenidas. Este exemplo de Cardoso foi feliz, porque discorre ao longo de várias páginas e prova ao leitor como o significado e o conceito desses artefatos mudam com o tempo, contexto histórico e cultural. Se defendendo com base nos 6 fatores que dão condição ao significado: uso, entorno, duração, ponto de vista, discurso e experiência.

 Passando agora para uma esfera mais centrada no design e criação de identidades visuais, o autor inicia discussão sobre como a memória influencia na tão aclamada experiência do usuário pois "a maioria das experiências que temos ao nosso dispor não é acessada a qualquer momento pelos sentidos, mas por meio da memória". Segundo ele a memória é mais reconstruída, remodulada do que acessada, afirma que nossa capacidade cerebral é falha "a memória é um processo de reconstituição do passado pelo confronto com o presente e pela comparação com outras experiências paralelas".

 Ao reconstruir uma memória as pessoas recobram experiências, valores, medos... isso reflete em como elas se comportam e interagem como os artefatos nfluenciam na experiência atual. Por esse motivo que muitas grandes marcas, mesmo quando atualizam suas identidades, procuram preservar seus elementos primordiais a sua identificação, mantendo sua familiaridade e valores com o usuário.

Design Para um Mundo Complexo – 2° Capitulo

Nesse segundo capitulo o autor distingue alguns significados que são por muitos confundidos, como é o caso de Função, Funcionamento, Funcional e Operacional.

Ele da alguns exemplos de marcas de relógio de pulso como Cássio, Rolex e Swatch.

Todos tem a mesma funcionalidade, porém a aquisição dos objetos se resume por uma questão de Prestígio, Status, Poder e Luxo, pois isso que chamamos de valor agregado.

Os Objetos que adquirirmos cria uma imagem visual e marcamos uma posição na sociedade em que vivemos.

O autor menciona que a aparência dos objetos nunca é neutra, pois ela sempre está agregada a um significado que pode variar de indivíduo para indivíduo. Reforça também que os objetos tem a vivência no caso de determinado objeto ter pertencido a alguém que estimamos e, por isso mesmo, termos vontade de adquiri-lo.