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Resumo O que Cinema - Jacques Bernardet

Por:   •  12/7/2017  •  Resenha  •  962 Palavras (4 Páginas)  •  175 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE[pic 1]

INSTITUTO DE ATES E COMUNICAÇÃO SOCIAL

DEPARTAMENTO DE CINEMA E AUDIOVISUAL

DISCIPLINA: PROCESSOS DE REALIZAÇÃO EM CINEMA E AUDIOVISUAL

DOCENTE: AIDA MARQUES

DISCENTE: VINICIUS DA SILVA ANDRADE

Resumo do capitulo “A luta pela linguagem”

Nascimento de uma Linguagem

        A construção do cinema como linguagem teve seu alicerce fundado ate o ano 1915, quando ainda os filmes não eram grandes produções e ainda não eram denominados filmes, mas sim “vistas”, e para os brasileiros “naturais”. Desde então, a linguagem cinematográfica começou a ganhar forma e estrutura.

        A popularização dos filmes se deu a partir da disseminação deles por Lumiere, quando ele saiu através da Europa gravando cenas, fazendo montagens destes filmes e os projetando, filmes estes que ainda eram feitos em câmera fixa e sem nenhuma linguagem muito complementar e especializada.

        As estruturas que basearam o cinema como uma linguagem estruturada com o fim de passar significados foi inicialmente idealizada pelos americanos quando estes as utilizavam com o fim único de contar histórias. Esta estrutura de linguagem era composta incialmente por estruturas narrativas com relação ao tempo/ espaço. A evolução dessa linguagem foi gradativa ao mesmo tempo em que seus expectadores iam entendendo a ideia passada por essas técnicas. Na evolução da linguagem cinematográfica, podemos elencar como start a movimentação da câmera, que antes estática, agora ganhavam movimento como o travelling, que desliza a câmera em trilhos e a panorâmica, que seria uma volta de trezentos e sessenta graus em torno do teu próprio eixo. O zoom e o recorte de imagens virou o principal elemento característico do cinema, quando pensado como uma linguagem. Os cortes de câmera e o uso do enquadramento - plano e ângulo – eram sinônimos de expressividade nesta linguagem.

        Ainda no cinema mudo, a linguagem que o mesmo utilizava, a partir das linguagens utilizadas por Griffith, era a seleção de imagem de filmagem - tomada - e a organização das imagens numa sequencia temporal - plano. Ainda em sua evolução, as escalas de planos - plano geral, plano conjunto, plano médio, plano americano, primeiro plano, primeiríssimo plano, plano detalhe - era usado como “gramaticas” dessa linguagem visual, cada um tendo o intuito de passar um significado, expressar uma emoção. Porem vale ressaltar que esta linguagem não tem sempre o mesmo significado, mas dependerá da construção dos elementos na cena para que o significado se faça. “A significação depende essencialmente da relação que se estabelece com outros elementos”.

        Ainda na evolução dessa linguagem e adequação dela com o publico, como forma de suavização da estranheza d montagem de um filme, visto que esse tem como intuito retratar algo de forma real, as formas de transição de uma cena e outra e os usos da câmera – variando sua altura e usando-a subjetivamente – também foram, utilizados na estruturação desta linguagem.

        Elementos como continuidade e a presença invisível de um narrador que tudo vê e não é visto por ninguém, assim como o conjunto de todos estes elementos, reproduzem a percepção natural das pessoas de forma que a ideia que se espera passar usando a linguagem cinematográfica aconteça.

        Com a inserção do som no cinema em 1928, essa linguagem se torna cada vez mais real: passos, sons ambientes e músicas, além da fala, inserem cada vez mais emoção e significado ao filme. A ambientação do expectador utilizando esse sentido chega a ser natural.

Outras linguagens - Os soviéticos

No caso do cinema soviético, a intenção não foi à retratação de uma realidade natural, mas sim o uso da técnica de montagem como linguagem para causar sentido. A partir da ideia de Ensenstein, a montagem de uma cena cuja uma mesma imagem as intercalam, podem-se perceber três sentimentos. Essa estrutura é pensada a partir de três fases: a tese, a antítese e a síntese. Nesta estrutura de cinema, nada se reproduz com o intuito de fidelidade, mas sim de produção de algo novo, a criação de um sentido antes não visto, sempre de forma crítica, com intuito de trazer uma nova construção sobre aquilo que é projetado.

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