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A COMPETÊNCIA OU CAOS

Por:   •  2/9/2018  •  Artigo  •  496 Palavras (2 Páginas)  •  141 Visualizações

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COMPETÊNCIA OU CAOS

Ainda que se insista em dizer que vivemos em uma democracia e podemos mudar isso que aí está através do voto, nossos maiores problemas estariam apenas começando.

Primeiramente porque nossa herança cultural é a ignorância, o que faz com que parte significativa da população votante seja capaz de abanar o rabo por um pão com mortadela mais “trinta real”; por outro lado temos a imbatível urna eletrônica, imposição a que nos submetemos bovinamente para exercer a obrigação primária de cidadania, ou seja, o voto.

É tão fácil mudar esse cenário quanto acabar com a criminalidade dando abraços na Lagoa.

Aí temos um tripé maldito, minúcias das quais uma mudança eficaz não pode prescindir, como por exemplo uma nova legislação – algo inacessível com esse Congresso; uma abstinência total em relação a proveitos individuais – o que é impossível com esse Executivo e, talvez a mais importante delas, o entendimento não constitucional – mas prático, de que embora limitada por lei a magistratura sempre acredita estar acima dela.

Essa certeza infame faz com que alguns de seus membros usem de sua autoridade com tanta imprudência e indiscrição que conseguem impor uma injustiça social sem precedentes.

Com todo esse empenho “democrático”, mais a passividade habitual desse povo carnavalesco, enterra-se de vez a esperança de nos tornarmos uma sociedade civilizada e ativa, vigilante e dinâmica, insurgindo-se, de verdade, sempre que agredida por desmandos cometidos por autoridades ou representantes a quem eleitores desavisados confiaram voluntariamente seus mais dignos propósitos.

Não existe hoje figura pública que se habilite à prática dessa correção, e isso seria apenas um começo.

Diante da incompetência dos últimos governantes – e pelo que se vê, dos próximos, a única chance razoável de acerto nesse “tiro ao pato” estaria na escolha de profissionais com carta branca para encontrar soluções justas e moderadas para resolver os problemas do país.

Claro que sem o sofisma da necessidade da coalizão para garantir a governabilidade e outras bobagens domésticas. No Brasil isso se chama conluio; já foi feito e deu no que deu. Nas estatais, por exemplo, nossos grandes estrategistas e conselheiros – todos nascidos dessa coalizão, destruíram o que deveriam salvar.

Essa estratégia de gestão administrativa seria um passo de fundamental importância no árduo processo de reconstrução que teremos que enfrentar. É preciso desconstruir todo o funesto aparato montado nas últimas décadas para favorecer os barões da política e seus amigos de plantão.

De Sarney a Temer os discursos nunca se cumpriram e as mentiras sempre foram solenes e tradicionais. Uma história miserável que ficou registrada nos anais da demência. Pior, sem questionamentos!

Tudo o que se viu foi um exercício, sem a menor resistência, da mais pura e execrável traição – não mais ao eleitor, mas ao país – e ninguém, de nenhum partido ou instituição, de nenhuma organização ou credo, fez qualquer movimento no sentido de impor uma singular reação a esse massacre imposto à população.

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