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A Educação Sexual Infantil: Um Passo A Mais Para A Prevenção E Combate Ao Abuso Na Infância.

Por:   •  18/11/2023  •  Projeto de pesquisa  •  3.166 Palavras (13 Páginas)  •  23 Visualizações

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Faculdade Metropolitana São Carlos[pic 1]

 

Projeto de Pesquisa

Jéssiane Schitini Cabral

Educação Sexual Infantil: um passo a mais para a prevenção e combate ao abuso na infância.

Bom Jesus de Itabapoana-RJ

Maio-2023

Sumário[pic 2]

I – INTRODUÇÃO        3

1.1 – Problema        4

1.2 – Hipótese        4

II – JUSTIFICATIVA        5

III – OBJETIVOS        6

3.1 – Geral        6

3.2 – Específicos        6

IV – MARCO TEÓRICO        7

V – METODOLOGIA        10

VI – CRONOGRAMA DA PESQUISA        11

VII – REFERÊNCIAS        12

I – INTRODUÇÃO

Preambularmente, cumpre esclarecer o que seria a violência sexual infantil. Tal modalidade de violência pode ser compreendida como atos de cunho sexual que envolvem a participação de criança, qual é submetida a participar, por força física ou de indução emocional, praticada por pessoa que possui o desenvolvimento psicossexual mais adiantado que o da criança, portanto, evidencia-se uma relação de poder para que os próprios desejos sejam atendidos em detrimento do sacrifício multilateral de uma criança. Tal ação, se caracteriza, portanto, como uma grave violação de direitos que atinge a dignidade humana da vítima, bem como sua integridade física e mental.

Tal sacrifício se dá de modo multifacetado, uma vez que os prejuízos de uma violência ocorrida na infância exibem seus reflexos ao transcorrer de toda a vida do indivíduo, afetando-o fisicamente, emocionalmente e psicologicamente. Portanto, nítido é o fato de que várias vertentes da vida se encontram obstruídas em se tratando de abuso sofrido na infância, podendo serem observadas características como introspecção, dificuldade de se relacionar com as pessoas e obter relações de confiança, dificuldade de cognição em atividades escolares, dificuldades em se envolver em um relacionamento amoroso sadio e dificuldades nas relações de trabalho, ao chegar o indivíduo na fase adulta.

Portanto, ao abordar tal temática, não invoca-se apenas a atenção devida à classe infantil, mas sim a sociedade como um todo. Isto pois, além das crianças virem a ser os adultos do futuro, os danos não se restringem apenas à vítima, mas a toda a estrutura da família e da sociedade de maneira ampla. Ademais, a criança vítima de abuso, acaba por expressar, muitas vezes,  comportamentos que tendem a propagar tal ação, como na hipótese em que a criança reproduz com os amigos a violência sofrida, assemelhando-se a uma típica propagação viral.

As manifestações da criança quanto à violação sexual sofrida podem ser de difícil identificação, o que se dá por diversos fatores. Inicialmente, alguns deles podem ser especialmente destacados, como a hipótese em que a criança sofre o abuso dentro de casa, por algum familiar ou alguém que lhe devia prestar cuidado e zelo, portanto, observa-se a ruptura de um elo de confiança ou a ausência de um elo que deveria ter se desenvolvido, culminando na formação de um obstáculo para que a criança possa contar a alguém acerca do ocorrido.

Outro fenômeno muito comum, diz respeito a ausência de compreensão do caráter de violação que tal violência expressa. Isso porque, culturalmente, assuntos voltados à temática sexual, em modo algum, são direcionados às crianças, portanto elas terão dificuldade em formar uma opinião ou pensamento acerca de violações sexuais sofridas. Consequentemente, o sentimento de violação, inerente à tal prática, subsistirá na criança, ao passo que, a comunicação acerca do fato dificilmente será direcionada ou demonstrada a alguém que possa lhe oferecer ajuda.

A ausência de informação e educação adequada não atinge somente às crianças, podendo-se observar que este problema é consequência da ausência de informação dos pais e educadores, que muitas das vezes não possuem conhecimento ou informação acerca de como abordar tal temática com as crianças, deixando o assunto se restar como um tabu ou uma restrição às crianças, omitindo-se os pais e educadores de prestar o devido cuidado e zelo quanto ao assunto.

1.1 – Problema

        Comumente, a expressão “educação sexual infantil” é interpretada como uma metodologia de erotização ou sexualização na infância, o que é erroneamente deduzido, posto em nada se convergem, ao contrário, a educação sexual infantil tem como objetivo justamente a coibição de atos que possam adultizar, erotizar ou sexualizar as crianças, tendo como principal objetivo, levar informações capazes de conferir à criança capacidade para identificar e se defender de atos que se caracterizem como violação sexual de qualquer espécie, servindo como método de prevenção ao abuso sexual infantil.

        A educação sexual, quando aplicada de maneira inequívoca e cautelosa, pode se demonstrar uma ferramenta essencial à contribuição do desenvolvimento sadio e integral das crianças, não podendo, jamais, ser interpretada como uma ferramenta capaz de produzir qualquer efeito de sexualização infantil.

1.2 – Hipótese

        Especialmente em virtude de interpretações errôneas, como as supramencionadas, acerca da educação sexual direcionada às crianças, a adoção de tal medida passa a ser omitida por parte do Estado, da família, dos educadores e da sociedade de modo geral. Contudo, evidente é a necessidade de se adotar medidas eficazes para a prevenção ao abuso sexual infantil, uma vez ser este um acontecimento constante e crescente em nossa sociedade. Portanto, indaga-se: em que sentido seria possível agir para que a educação sexual viesse a se dar de maneira efetiva? Qual a importância da família, em especial, na atuação ativa para o combate à violência sexual infantil?

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